Após protestos de parlamentares fluminenses, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que a concessão do aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio de Janeiro, à iniciativa privada, será concedido isoladamente, em um bloco separado.
O edital aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em dezembro de 2021 previa que o terminal fosse leiloado junto a um bloco com três aeroportos mineiros.
“O Santos Dumont vai a leilão isoladamente, isso foi um acerto junto com governo do Rio. A gente acha que assim a competição fica mais justa e a gente vai evoluir nessa modelagem”, disse o presidente Bolsonaro, ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
O Ministério da Infraestrutura montou um grupo de trabalho para debater ajustes na modelagem, com representantes do governo do Rio de Janeiro e da União. Participam das discussões representantes da Marinha e da Prefeitura do Rio de Janeiro. Com cinco cadeiras no colegiado, o governodo RJ destinou uma à Fecomércio, que tem como representante o ex-secretário estadual de Transporte e engenheiro Delmo Pinho.
“É uma mudança positiva, um primeiro passo. Agora, o Santos Dumont será concedido sozinho, não vai mais subsidiar aeroportos de Minas Gerais. Para o Galeão se desenvolver, é preciso colocar um limite operacional imediato para o Santos Dumont. Não podemos esperar até o ano que vem. O que queremos não é que haja um equilíbrio, mas uma complementariedade, que é bem diferente de equilíbrio. O que queremos é ter no Rio um hub aéreo, o que só pode ser feito no Galeão”, afirma o engenheiro Pinho.