Congonhas

Juros altos e incerteza política podem esfriar leilão de aeroportos em agosto

Marcado para 18 de agosto, o leilão de 15 aeroportos no país, incluindo o de Congonhas, em São Paulo, pode atrair o interesse da iniciativa privada. No entanto, analistas já se preocupam com o cenário de economia instável e a incerteza política às vésperas das eleições. O leilão deve contar com a presença de grandes grupos, porém as dificuldades macroeconômicas e dúvidas sobre o rumo político do país devem limitar os lances.

A combinação com os juros altos, encarecendo os investimentos das empresas, e os impactos da pandemia, que ainda são sentidos pelo setor aeroportuário, fazem parte dos desafios no radar.

“Se fosse no pré-pandemia, haveria muita competição. As concessões são de longo prazo, mas há muita incerteza. O custo do capital aumentou. Está mais difícil financiar um projeto hoje”, comentou o economista Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria.

Para o coordenador do Comitê de Regulação de Infraestrutura Aeroportuária da FGV Direito Rio, Fernando Villela, os leilões de aeroportos estão ficando cada vez mais escassos.

“Naturalmente, isso tudo [quadro de incertezas] tem impacto, mas não no interesse do investidor, talvez no valor da outorga [quantia a ser paga pela concessão]”, avalia Fernando.

Os 15 terminais a serem leiloados estão divididos em três blocos – com destaque para o Aeroporto de Congonhas. O prazo previsto para os contratos é de 30 anos. Três aeroportos ficam em Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã), quatro no Pará (Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira) e três estão localizados em Minas Gerais (Uberlândia, Uberaba e Montes Claros).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *