A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) enviou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) um documento, solicitando que o processo de concessão do aeroporto Santos Dumont (SDU) seja realizado pelo governo fluminense. O texto, assinado pelo presidente da Alerj, André Ceciliano, defende a isonomia de tratamento em relação ao estado de Minas Gerais.
O documento dos parlamentares também critica a minuta do edital e pede que seja seguida a modelagem feita pela Anac para o aeroporto da Pampulha. Em 2020, o governo federal permitiu ao governo mineiro a organização do leilão do terminal. A vencedora foi a CCR, que administra o aeroporto internacional de Confins.
”Não somos contra a concessão do Santos Dumont. Agora, não podemos quebrar nosso aeroporto internacional e não ter o nosso hub. Precisamos usar o poder político do estado. Estão cometendo um crime ao transferir os voos do Galeão para aumentar a outorga no leilão do Santos Dumont. Não dá para viabilizar um aeroporto com uma pista de 1,3 mil metros quando temos pistas de 3,2 mil a 4 mil. Transferir voos para o Santos Dumont é quebrar o Galeão”, declara o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT).
Os parlamentares do Rio alegam a intenção de proteger o aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão) da “competição predatória” do Santos Dumont e fortalecê-lo como hub internacional. Há o receio do esvaziamento do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), que poderá perder voos se houver concorrência entre os dois principais terminais do Rio de Janeiro, especialmente em relação aos trajetos internacionais.