Pandemia, 5 anos depois: como a ciência usou dados para mapear a Covid-19 no CE e buscar respostas na crise – Ceará

Quando se teve a certeza de que a Covid-19 havia chegado ao Ceará, há exatos cinco anos, o mundo ainda sabia pouco sobre a doença. Mas, olhando para fora do Brasil, especialmente para a Itália, já era possível compreender a rapidez com que o vírus se espalhava e o impacto que ele causaria na capacidade assistencial das redes de saúde. Para agravar as incertezas daquele momento, não era possível saber os números de casos de forma precisa devido à escassez de testes. Foi nesse cenário que cientistas utilizaram dados, modelagens e algoritmos para “antever o amanhã”.

Diversas pesquisas científicas foram realizadas no no Ceará para entender a dinâmica da pandemia. Uma delas foi realizada por uma equipe multidisciplinar que acompanhou a evolução da Covid-19 Estado e, a cada semana, fornecia dados, projeções e gráficos para atualizar as autoridades sobre a dinâmica da doença.

Liderada pelo atual cientista-chefe de Dados da Saúde do Governo do Estado — o professor José Soares, do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará (UFC) —, essa iniciativa ajudou a direcionar as ações para superar a crise sanitária. Foi ela, por exemplo, que alertou para a necessidade de tornar o isolamento social mais rígido, o que levou à adoção do lockdown em Fortaleza em maio de 2020.

Outro estudo levou à criação de um índice que permite identificar o surgimento de uma nova onda da doença a partir de sintomas relatados por pacientes das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Capital. O trabalho, que envolveu pesquisadores da UFC, da Universidade de Fortaleza (Unifor) e de Harvard, fornece uma alternativa para driblar cenários de subnotificação, em que os registros oficiais não correspondem à real situação da doença.

“Naquele momento (da chegada da Covid-19) já ficou claro que você não poderia trabalhar exclusivamente com o presente, com o dia a dia, ‘hoje está assim’. Você tinha que ter uma capacidade maior de, através de modelos matemáticos mais robustos, conseguir algum nível de previsibilidade. ‘Hoje está assim, daqui a uma semana estará como, se tudo permanecer como está nos últimos cinco dias?’”, explicou o secretário-executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, o médico epidemiologista Antonio Silva Lima Neto, conhecido como Tanta.

Quando não havia dados anteriores sobre o comportamento da pandemia, realizar projeções sobre o cenário que viria pela frente foi importante para a gestão dos insumos. Era preciso ter alguma base para programar o número de respiradores e de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que seriam necessários, assim como a quantidade de oxigênio, por exemplo.

“Hoje em dia temos uma série histórica que nos permite olhar para trás e projetar para frente, mas naquele momento era tudo muito rápido e muito dinâmico. Então, o que acontecia nessa semana já tinha que projetar para daqui a 15 dias”, contextualiza a professora Magda Almeida, do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da UFC, que à época era secretária-executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).

Saúde, Big Data e Comunicação

Coleta e análise de dados já fazem parte do cotidiano de epidemiologistas. Porém, quando se junta computadores de alta performance, disponibilidade de dados de alto nível em grande quantidade e inteligência artificial, atinge-se outro patamar. “Estamos em um ponto de virada que considero muito interessante. Quando junta tudo isso, tem uma capacidade analítica muito forte, se utilizar bem as técnicas disponíveis”, afirma o professor José Soares, cientista-chefe de Dados da Saúde do Ceará.

A chegada da Covid-19 exigiu algumas mudanças, conforme relata a professora Magda Almeida. Se antes os bancos de dados eram “completamente setorizados”, por exemplo, foi preciso reuni-los e tornar as informações mais transparentes tanto para outros gestores quanto para a população.

“Um grande avanço foi promover a integração de dados, juntar dados epidemiológicos de diferentes municípios, dados de internação, dados hospitalares, para gerar um cenário em que a gente pudesse projetar melhoras ou pioras”, conta a ex-secretária. Para isso, foi necessário trabalhar a transparência dessas informações, o que levou inclusive a uma melhoria dos registros.

Ficou bem clara a necessidade — e não é uma coisa futura, é de agora — de entender que precisamos tomar as decisões baseadas em dados. Acho que esse amadurecimento da gestão durante a pandemia é uma coisa que se mantém, é um ganho. Inclusive os órgãos de controle, hoje em dia, cobram do serviço público (a transparência e a tomada de decisão baseada em dados), porque viram que era possível ser feito.

De posse de todas essas informações, o desafio seguinte foi comunicá-las, traduzir a linguagem técnica e os gráficos para a população entender o cenário do Estado em meio à emergência sanitária. “Acompanhamos o amadurecimento da imprensa na interpretação dos dados de mortalidade, de infecção. Fomos trabalhando juntos a qualificação desses dados, acho que isso ajudou bastante. Traduzir o conhecimento científico para o público aumenta a segurança e a confiança do cidadão no serviço público”, conta ela.

Tanta também destaca a importância da divulgação dos dados sobre a Covid-19, com ferramentas como o IntegraSUS, que atualmente reúne indicadores de vigilância em saúde, rede assistencial, saúde mental e dados administrativos, entre outros. O gestor também lembra que semanalmente eram realizadas reuniões e as decisões eram informadas à população em transmissões ao vivo.

“Essa questão da transparência foi um gol de placa, você tanto deixar os dados disponíveis quanto apresentar, de maneira muito clara, as projeções para a sociedade civil não se posicionar contra ou a favor de qualquer medidas do governo sem ter acesso aos dados oficiais, às análises oficiais. Acho que foi uma política muito boa”, avalia o secretário-executivo.

Equipe multidisciplinar

Para todo esse trabalho, é importante contar com uma equipe multidisciplinar, unindo capacidades de profissionais de diferentes áreas do conhecimento. Para o professor Vasco Furtado, coordenador do Laboratório de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da Unifor, a proximidade entre cientistas e autoridades estaduais foi “fundamental” para a forma como o Estado gerenciou a pandemia, “olhando para os dados, com todas as dificuldades daquele momento, mas com o devido rigor científico”.

Hoje secretário-executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, o epidemiologista Antonio Silva Lima Neto estava à frente da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza no começo de 2020 e fez parte do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus. O grupo foi criado no dia 13 de março daquele ano e uma equipe liderada pelo professor José Soares foi convidada para integrá-lo.

O número, frio, pode não fazer sentido. Precisa ter especialistas que conheçam os temas variados para que possa dar concretude àquele número, que ele signifique alguma coisa em termos de saúde pública.

Semanalmente, físicos, matemáticos e cientistas de dados passaram a apresentar predições para o futuro cenário epidemiológico da pandemia no Ceará. “Evidentemente, você vai engatinhando no início, mas o modelo vai se adequando à realidade”, pontua o secretário.

No início, quando havia poucos testes e eles eram destinados aos pacientes em estado mais grave, não era possível tomar como base os números de casos para calcular a letalidade da doença por causa da subnotificação, por exemplo. Dessa forma, era necessário estimar a propagação da Covid-19 a partir da quantidade de mortes causadas pela doença.

Foi altamente desafiador, do ponto de vista epidemiológico, matemático e computacional. Eu estava trabalhando com o professor Humberto Carmona, que, juntamente comigo, analisava os dados, fazia a parte computacional. E, juntos, também produzimos apresentações para o Comitê.

Além da evolução temporal da contaminação e de sua distribuição geográfica, o professor José Soares pontua que a equipe estava constantemente tentando caracterizar o índice de propagação da doença, a partir do fator de reprodução do vírus. Representado pela variável “R”, esse indicador mostra, em média, quantas pessoas cada paciente infectado pode contagiar em determinado momento.

Todos indicadores eram discutidos em conjunto pelos integrantes do Comitê e apresentados ao então governador e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT). A pluralidade do grupo foi um aspecto destacado por Soares, com ênfase para a presença de representantes do poder judiciário.

“Era muito importante que a gente tivesse o apoio da lei. Tudo isso foi feito nesse Comitê no âmbito legal e científico, é uma combinação que não tem precedente. E levando em conta as instituições, o comércio e todas as outras organizações importantes da sociedade”, afirma.

Lockdown em Fortaleza

Também foi um estudo da equipe liderada por Soares que embasou a adoção do lockdown em Fortaleza, no dia 8 de maio de 2020. Foi a partir da pesquisa publicada na revista científica PLOS Computational Biology em abril de 2022 que se percebeu uma mobilidade dentro dos bairros não identificada nas grandes vias da cidade, dando continuidade à transmissão da Covid-19 mesmo com regras de isolamento social.

“Você percorria as grandes avenidas — a Sargento Hermínio, a Bezerra de Menezes, Leste Oeste — você não via carro, mas dentro dos bairros havia uma grande mobilidade, muitas vezes ainda sem o EPI (equipamento de proteção individual) principal, que era a máscara. Estávamos em uma situação limite. E com essa decisão, que eu acho que foi muito acertada, logo percebemos a queda da transmissão”, explica Tanta.

Um dos autores do estudo, o físico Saulo Reis, professor e pesquisador do Departamento de Física da UFC, explica que o objetivo era identificar rapidamente pessoas expostas ao vírus. Para isso, eles utilizaram dados anonimizados de GPS de celulares e aplicaram a Teoria de Redes, que analisa as interações entre os diversos atores envolvidos em uma situação — nesse caso, as pessoas da Capital.

“Pudemos identificar quem teve maior risco de contato com pessoas infectadas, destacando pontos críticos onde a transmissão era mais intensa e indicando como intervenções estratégicas poderiam ser feitas para frear a pandemia”, explica o coordenador do curso de Bacharelado em Física da UFC.

A ideia era encontrar os “superdisseminadores” — pessoas que não só tinham um grande número de contatos como ocupavam uma “posição estratégica na rede”. Eles atuavam como uma ponte entre diferentes grupos “altamente conectados”, como era o caso de profissionais de saúde, entregadores e funcionários de grandes centrais de distribuição.

“As pontes entres esses grupos, como profissionais de saúde que trabalhavam em diferentes hospitais, foram instrumento de continuidade de transmissão”, explica. A partir desses achados, a equipe propôs uma estratégia para isolar essas pontes e cortar a transmissão. Parte dos resultados continuou sendo utilizada pela Sesa ao longo de dois anos para orientar as decisões sobre a pandemia.

Para além da Covid-19, Saulo Reis aponta que essa metodologia pode ser adaptada para outros cenários de emergência. “O método combina técnicas de big data, machine learning e física estatística, podendo ser aplicado rapidamente para entender como qualquer doença contagiosa pode se espalhar, ajudando a definir estratégias eficientes para interrupção da transmissão em diferentes contextos”, afirma.

Antecipando cenários

Se no início da pandemia os casos de Covid-19 eram subnotificados porque havia poucos testes, à medida que a vacina passou a ser aplicada no País e a população passou a apresentar sintomas mais leves, a subnotificação ocorreu devido à redução da procura pela testagem. Porém, ainda era necessário monitorar a quantidade de pacientes acometidos e a gravidade das novas ondas da doença.

A partir dessa problemática, um grupo de pesquisadores criou um indicador para classificar casos suspeitos de Covid-19 a partir dos sintomas relatados pelos pacientes que buscavam as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza.

Essas informações chegavam em formato de texto livre — e não em forma de tabela, como é necessário para realizar a análise direta. Por isso, foi utilizada a técnica de mineração de texto, que aplica algoritmos computacionais para identificar padrões e extrair dados relevantes — neste estudo, os sintomas dos pacientes. Se o relato fosse compatível com o diagnóstico de Covid-19, o caso era considerado suspeito para a doença.

“Com os dados das UPAS, nós fizemos uma série temporal de suspeitos. A gente tinha, por dia, quantos pacientes tinham sintomas necessários para caracterizar como possível (caso de) Covid-19 e comparou com a série temporal de (casos) realmente confirmados nas ondas passadas”, explica Erik Solha, mestre em Ciência de Dados pelo Programa de Pós-graduação em Informática Aplicada da Unifor.

Comparando as duas séries temporais por meio de métodos estatísticos, a equipe percebeu que era possível identificar a chegada de uma onda de Covid-19 com cerca de uma ou duas semanas de antecedência a partir dos casos classificados como suspeitos.

“Em teoria, a gente saberia que vai ter uma onda 15 dias antes de ela de fato aparecer nos casos confirmados”, acrescenta o físico e professor da Unifor Erneson Oliveira, que também assina a pesquisa. “A ideia é que, se tiver um novo surto de doença, a gente saiba que ele está acontecendo antes de virem os casos de fato, porque é como se tivesse uma pessoa na porta da UPA vendo os sintomas do pessoal, só que tudo isso de forma eletrônica”, complementa.

O artigo analisou dados do período de janeiro de 2020 a maio de 2022 e foi publicado na revista científica BMC Infectious Diseases em março de 2024. A pesquisa resultou em um modelo que pode ser rodado diariamente e foi cedido para a gestão estadual. “A qualquer momento que sentirem necessidade, eles podem rodar esse modelo e obter a série temporal desses (casos) suspeitos, vendo se tem alguma anomalia, se a onda está subindo ou se estamos saindo de alguma onda”, afirma Solha.

Fortalecimento da ciência e Saúde Digital como legados

Também em relação à tecnologia, a pandemia de Covid-19 também marcou o avanço e a consolidação da Saúde Digital. O médico Odorico Monteiro, coordenador da área de Inovação e Empreendedorismo na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destaca a aprovação de leis que permitiram o uso da telemedicina, com consultas e o diagnóstico por meio das plataformas digitais.

“Isso era muito travado no Congresso. Nós fizemos um avanço no marco legal, enfrentando muitas vezes uma certa resistência da própria população médica, mas isso foi um avanço importante”, afirma.

Essa migração de diversos serviços para o digital, necessária devido ao isolamento social, também é citada pela secretária adjunta da Saúde da Prefeitura de Fortaleza, Aline Gouveia, tanto para a realização de consultas quanto para o treinamento dos profissionais e para a comunicação com a população.

“A Prefeitura tem um aplicativo, que é uma ferramenta importante tanto para o usuário, que tem a carteira de vacinação, as consultas que ele passou na rede pública, como para a Secretaria”, exemplifica. Além disso, ela destaca que a telemedicina e a teleconsulta têm sido aspectos fortalecidos pela gestão por meio Escola de Saúde Pública de Fortaleza (Espfor).

Monteiro também destaca uma série de outros estudos que foram desenvolvidos para entender a pandemia, como o monitoramento da rede de esgoto para detectar a presença do vírus, permitindo a identificação de tendências e a antecipação de decisões. “Isso fica como um legado que na hora que você tiver alguma epidemia, você possa usar essa tecnologia”, diz o médico.

A possibilidade de cada vez mais aproximar academia e poder público foi um aspecto que “ficou claro” com a experiência da pandemia e tem sido “uma fórmula de muito sucesso” no Estado, por meio do programa Cientista-Chefe, da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), segundo o professor Vasco Furtado. “Os pesquisadores têm aderido a esse programa nas diversas áreas, não só saúde, e isso faz com que a gente tenha ganhos científicos e resultados práticos para a população”, afirma.

Transparência dos indicadores de saúde no pós-pandemia

No início da pandemia de Covid-19, diversas entidades da sociedade civil organizada mobilizaram-se para cobrar transparência das informações sobre o contágio e a infraestrutura da rede de saúde para lidar com a crise. Uma dessas iniciativas foi o Índice de Transparência da Covid-19 (ITC-19), proposto pela Open Knowledge Brasil (OKBR), que estabelecia padrões mínimos de transparência para estados e municípios.

O ITC-19 teve início em abril de 2020 e foi encerrado em outubro de 2021. Ao longo desse período, o nível de transparência do Ceará foi classificado como “bom” em três avaliações e como “alto” em outras 18 análises. Em quatro dessas situações, o Estado ficou em 1º lugar no ranking, entre as 27 unidades federativas.

O então secretário de saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, dr. Cabeto, concedeu entrevista concedida à na última sexta-feira (14) e afirmou que a transparência confere credibilidade à gestão pública, apesar de também gerar críticas. “Mas é importante. Em uma democracia, é fundamental”, afirmou.

Na entrevista, ele fez críticas a como esse aspecto tem sido trabalhado, ao afirmar que “o IntegraSUS está praticamente apagado”. Atualmente, por exemplo, o painel da plataforma que apresenta os dados de Covid-19 não exibe mais os números de óbitos causados pela doença ao longo da pandemia.

Questionada pelo , a Sesa informou, por meio da assessoria de imprensa, que “o painel do IntegraSUS referente a covid-19 retrata o atual contexto epidemiológico do estado com relação aos níveis de infecção do vírus”. Em nota, a Pasta ressaltou que utiliza outros instrumentos de transparência com dados sobre a Covid-19, como boletins e informes periódicos disponibilizados no site da Secretaria.

“A transparência de dados e informações relevantes para a saúde pública é um compromisso que faz parte das ações diárias da Sesa. É importante ressaltar que, como todo e qualquer painel de dados, o IntegraSUS passa por atualizações periódicas para aperfeiçoar a acurácia e a funcionalidade das informações e ferramentas de consulta disponíveis, sempre com o foco na segurança e qualidade dos dados disponíveis”, finalizou.

Downstage nasce como selo para artistas independentes e anuncia Freiya

Downstage, o novo selo de música independente, inaugurado em 25 de fevereiro de 2025, acaba de anunciar o lançamento do primeiro nome de seu cast: a banda Freiya. Eles lançam nesta sexta-feira (14) o EP Apesar de Tudo Ainda é Você e reafirma a presença da publisher na indústria musical.

Fruto da liderança de Bia Vaccari, o Downstageverso é uma das novas potências da música, englobando o veículo – que surgiu em 2021-, o selo e a página no Instagram que já passou dos 10 mil seguidores.

Com foco nas bandas novas e independentes, além do interesse na nova leva de talentos do emo nacional, o selo está presente dentro da AlgoHits, a primeira MusiTech do Brasil.A proposta é levar música para todos, oferecer suporte e ferramentas para profissionalizar os talentos do cenário e, claro, criar uma conexão com seu público.

Bia revela que o nascimento do selo surgiu com o convite do próprio CEO da AlgoHits, Moisés Bekerman: “O convite de lançar um selo surgiu do próprio Moisés no ano passado durante a segunda edição do banda de casinha. Eu comprei o projeto na hora e passei um ano trabalhando nele. Foram várias visitas ao escopo e todo o planejamento para chegar no que a gente tem hoje. Não poderia estar mais satisfeita com o resultado. Tô muito animada para lançar as bandas novas da cena independente e autoral do Emo brasileiro, já temos muitos lançamentos engatados para os próximos três meses e tudo o que eu posso adiantar até agora é que sem música boa o público definitivamente não vai ficar”, afirma a empresária.

Já Moisés conta que o convite surgiu para “unir forças” e criar algo dentro do cenário para abrigar todos os novos talentos que nascem todos os dias: “Foram várias reuniões e bate-papos sobre esse projeto, mas hoje o selo Downstage chega como mais um filho da Algohits em que a gente oferece toda a infraestrutura e suporte não só para a Bia e o projeto, mas também para as bandas do casting. As expectativas são bem altas, mas tenho certeza que vamos colher bons frutos juntos”.

Downstage e sua primeira aposta: a banda gaúcha Freiya

A banda gaúcha Freiya é a aposta inicial do selo. Lançando o EP, os músicos contam que é um projeto com um olhar sobre o amadurecimento, mas sem esquecer daquele ‘eu’ do passado. A sonoridade que se encontra dentro do emo clássico com o midwest emo e, claro, a melancolia, trazem letras fortes e instrumentais com sentimento em cada acorde. Theo Thourn, o vocalista, revela que o encontro com a Dowstage foi no momento perfeito.

“A gente quer muito poder chegar em um outro público, em outras bandas, conhecer pessoas novas do resto do Brasil e organizar coisas novas juntos. Queremos criar uma comunidade com a galera da cena, que foi algo que a gente sempre sentiu muita falta. O surgimento do selo casou muito, foi quase surreal, porque a gente tinha acabado de terminar de organizar nossos projetos e lançamentos e no dia que a gente fez isso, encontramos o tweet da Bia convocando bandas para o selo”, explica Thourn.

Apesar de Tudo Ainda É Você chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (14) com três faixas: Sei Lá; Hipocondria LVL.420, o primeiro single do EP, e finaliza com Todos os Rasgos do Meu Peito.

Jonathan Fiuza, bateirista da banda, complementa que, agora com a nova casa, estes sons podem ser levadosa vários nomes do Brasil: “Poder levar a banda a outro patamar profissional e expandir nosso público além de Porto Alegre foi sempre um sonho da banda. Com o selo downstage, a gente tem certeza que vai chegar mais longe, realizar mais coisas juntos, fazer diversos shows Brasil afora e nos divertirmos fazendo o nosso som”.

Confira o novo EP da banda Freiya, contratados da Downstage:

Começou a folia, o Brasil se entrega ao carnaval!

Começou a folia, o Brasil se entrega ao carnaval! (Foto: Arquimedes Santos PMOLINDA)

Chegou o carnaval! Oficialmente o Brasil comemora neste período a sua maior e mais popular festa do calendário cultural e turístico. O carnaval é uma festa popular com raízes em tradições antigas, principalmente do continente Europeu.

Uma das teorias mais aceitas é que o carnaval tem suas raízes em festas pagãs da antiguidade, como as festas romanas em homenagem a Saturno e as festas gregas em homenagem a Dionísio. Essas festas eram celebradas com música, dança, comida e bebida.

Há quem diga, que o carnaval se desenvolveu a partir das festas medievais da Europa, como as festas de carnaval da Idade Média, que eram celebradas antes da Quaresma.

O carnaval no Brasil, construiu ao longo dos anos, uma história rica e fascinante, com bases culturais que remontam à colonização portuguesa ainda no século XVII.

Por aqui o carnaval começava com o entrudo, uma brincadeira popular trazida pelos portugueses. Durante o entrudo, as pessoas jogavam água, farinha e outros materiais umas nas outras, criando um ambiente de diversão e desordem. Em alguns cantos do Brasil, este hábito de jogarem farinha permanece, vai entender!

O Baile de Máscaras, que veio um pouco mais tarde, começou uma transformação no carnaval. Os bailes, eram inspirados nas festas europeias e eram frequentados principalmente pela elite, ainda assim, as comemorações, ajudaram a popularizar a festa.

Popularização do Carnaval

No final do século XIX e início do século XX, surgiram as sociedades carnavalescas, que organizavam desfiles e eventos carnavalescos e contribuíam para a popularização do carnaval entre as camadas menos favorecidas da população.

No nascedouro do século XX, o samba, estilo musical fortemente influenciado pela cultura africana, começou a se associar ao carnaval e as primeiras escolas de samba surgiram no Rio de Janeiro, organizando desfiles que se tornaram paulatinamente em um dos principais eventos do carnaval brasileiro, atraindo multidões ano a ano.

Tanto, que em 1984, foi inaugurado o Sambódromo no Rio de Janeiro. Um local especialmente construído para os desfiles e se tornou um símbolo do carnaval carioca e um ponto de referência para turistas e amantes do carnaval.

O carnaval é hoje uma festa diversa. No Brasil a festa é celebrada de diferentes maneiras em várias regiões do país.

Diversidade

Em Salvador na Bahia, por exemplo, os trios elétricos e o axé music são o grande destaque, enquanto em Recife e Olinda, o frevo, o maracatu e o Galo da Madrugada, são as principais atrações para o grande público, no Rio de Janeiro, os blocos de rua e os desfiles oficiais no Sambódromo, atraem o mundo para lá e Belo Horizonte, de uns anos para cá, vem roubando a cena do carnaval brasileiro, sendo considerado o maior evento de rua do país.

O carnaval brasileiro é uma celebração que evoluiu cultural e tecnologicamente, incorporando diversas influências e se tornando a maior festa popular da atualidade! O certo, é que não é fácil analisar a origem do Carnaval. Isto é um tema complexo e multifacetado, que envolve a influência de diferentes culturas e tradições.

Foto: Cristovão Oliveira/ Flickr

Sendo a festa que antecede a quaresma, é inegável, que o carnaval tem um fundamento religioso histórico, embora tenha evoluído ao longo do tempo e se tornado uma celebração totalmente secular.

Se olharmos para as tradições cristãs, entendemos que o carnaval tem suas raízes na tradição cristã, especificamente na época da Quaresma, um período de 40 dias de jejum e reflexão que antecede a Páscoa.

O nome “carnaval” vem do latim “carne vale“, precisamente “adeus à carne”. Isso se refere ao fato de que, durante a Quaresma, os cristãos tradicionalmente deixam de comer carne e outros alimentos como forma de penitência, mas antes desse período, a festa era uma oportunidade para as pessoas se divertirem, comerem e beberem para depois, começarem o período de jejum.

Hoje em dia, o carnaval tem menos ênfase nas suas bases religiosas e é uma festa popular que é celebrada em muitos países ao redor do mundo, com música, dança, comida e bebida.

Turisticamente, o Brasil incorporou a festa do carnaval como um dos principais eventos do calendário ao longo do século 20, especialmente após a década de 1950. Nesse período, o carnaval ganhou destaque como uma atração turística nacional e o Rio de Janeiro tornou-se o epicentro das celebrações.

Não demorou muito e o governo brasileiro começou a investir mais na promoção do carnaval como um atrativo turístico, com a criação de infraestrutura e atrações específicas para os visitantes.

Como o Carnaval brasileiro é visto lá fora

Outro aspecto inegável do carnaval contemporâneo, é o apelo erótico do carnaval brasileiro. Pelo mundo, o carnaval é visto de maneiras diferentes. Aceitação, admiração, curiosidade, fascínio, crítica e rejeição, são algumas das impressões externas da festa.

Em muitos países, especialmente na Europa e na América Latina, segundo consta, o carnaval brasileiro é visto como uma expressão autêntica da cultura brasileira. A erotização da festa é aceita e admirada, “faz da festa”, é o que se conclui.

Em países mais conservadores, como os Estados Unidos e alguns países asiáticos, o carnaval brasileiro é visto com curiosidade e fascínio. O apelo erótico pode ser considerado exótico e atraente, mas também gera controvérsia.

Em países com culturas ultraconservadoras, como alguns países do Oriente Médio e da África, o carnaval brasileiro é visto como imoral ou indecente. O apelo erótico é considerado ofensivo e contrário aos valores locais.

No Brasil, em uma perspectiva turística, o nosso carnaval é a atração principal, e o apelo erótico é parte dos atributos que atraem o público. O brasileiro vê a festa como uma oportunidade para experimentar sensações diferentes, se jogar e se divertir! O carnaval é uma festa única e combina com música, muita dança, cor e sensualidade.

É uma festa amplamente aceita por todas as camadas da sociedade brasileira por vários motivos, a tradição cultural é uma delas. O carnaval tem raízes profundas na cultura brasileira e é uma celebração que remonta a décadas e décadas de tradições locais.

O Carnaval do Brasil é inclusivo

O carnaval é um evento extremamente inclusivo que permite a participação de pessoas de todas as idades, classes sociais e origens. O povo, literalmente se joga nos blocos de rua, que são gratuitos e abertos a todos, promovendo um senso de comunidade e pertencimento. A festa oferece uma plataforma para a expressão artística em várias formas, incluindo música, dança, fantasias e artes visuais. É uma oportunidade para artistas e amadores mostrarem sua criatividade e talento.

É uma época de irreverência e alegria, onde as pessoas podem esquecer suas preocupações e curtir momentos especiais de diversão. A música, as cores, a dança e a energia positiva, tudo contagia a todos que participam.

Não podemos desconsiderar o impacto econômico significativo, gerando empregos temporários, movimentando a economia formal e informal das cidades, gerando oportunidades de geração de trabalho e renda para muitas famílias.

Em resumo, o carnaval é uma grande celebração que une as pessoas, celebra a diversidade cultural e proporciona alegria e diversão, fazendo a festa para muitos brasileiros.

Como dizem em voz geral, “o ano só começa depois do carnaval”, por isso, a partir de hoje, vista sua fantasia, escolha bons amigos, reúna sua família e caia na folia. Divertir um pouco, não faz mal a ninguém.

Como anunciei anteriormente em outra postagem, vou curtir meu carnaval em minha cidade natal, no coração de Minas Gerais e pretendo aproveitar ao máximo, a festa, as amizades, a folia, a irreverência e as cores do carnaval brasileiro.

Espero que você também caia na folia e se divirta bastante. Até a próxima.

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Carnaval, turismo e projetos: a arte de adaptar com ‘ tailoring ‘

Carnaval, turismo e projetos: a arte de adaptar com ‘ tailoring ‘ (Como Personalizar Projetos para o Carnaval (Foto: Freepik))

Mais um post desta série incrível, que promete enriquecer seu conhecimento em gestão de projetos, especialmente quando aplicado ao setor do turismo.

Todo conteúdo é fundamentado no Guia de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, conhecido como PMBOK. Em sua 7ª edição, o guia continua sendo uma referência internacional amplamente reconhecida no campo do gerenciamento de projetos, oferecendo diretrizes e melhores práticas para profissionais em todo o mundo.

Esteja preparado para uma jornada de aprendizado significativa que alia padrões globais de gerenciamento de projetos à prática no contexto específico do turismo.

No post de hoje, vamos descobrir sobre tailoring. Você já ouviu falar?

Tailoring é um termo em inglês que significa customização ou adaptação. No gerenciamento de projetos, ele representa a prática de ajustar processos, metodologias e abordagens conforme as características e necessidades específicas de cada projeto.

Agora, imagine que você está organizando um bloco de Carnaval. Cada detalhe precisa ser planejado para que a festa aconteça da melhor maneira possível.

Cada bloco tem sua própria identidade. Alguns são altamente organizados, com abadás e cordões de isolamento, enquanto outros são mais livres e democráticos. O mesmo vale para os projetos: cada um deve ser ajustado conforme seu tamanho, complexidade e objetivos. Aplicar um modelo padrão para todos os casos pode ser um erro.

Cultura e valores

O tailoring também leva em conta a cultura e os valores da organização. Se o seu bloco prioriza a segurança, ele pode investir em mais estrutura e controle de acesso. Já um bloco mais informal pode optar por menos exigências e maior liberdade para os foliões. Nos projetos, essa mesma lógica se aplica: as abordagens devem ser ajustadas conforme o apetite ao risco e as necessidades do negócio.

Embora existam metodologias prontas para o gerenciamento de projetos, segui-las rigidamente sem considerar o contexto pode ser um erro. Um bloco de rua não precisa da mesma estrutura de um desfile de escola de samba, assim como um projeto pequeno não exige a mesma gestão de um megaprojeto. Mas cuidado! Algumas adaptações têm limites. No Carnaval, por exemplo, existem normas municipais sobre trajetos e horários de encerramento que todos os blocos devem seguir.

Outro benefício do tailoring é o impacto positivo sobre a equipe. Quando os membros do bloco participam das decisões e ajudam a definir o formato do evento, eles se sentem mais engajados. O mesmo ocorre nos projetos: envolvimento na definição dos processos gera maior comprometimento e motivação.

O grande segredo do tailoring é equilibrar diversos fatores. No Carnaval, a meta é criar uma experiência incrível sem estourar o orçamento. Nos projetos, é preciso minimizar custos, otimizar recursos e garantir que o resultado final atenda às expectativas das partes interessadas.

E claro, tudo isso tem um objetivo principal: fazer a festa acontecer da melhor maneira possível!

Falando em festa, o Carnaval vai muito além da diversão: ele é um dos maiores motores do turismo no Brasil. Milhões de pessoas viajam pelo país para curtir os blocos, desfiles e festas, movimentando o comércio, a hotelaria e o setor de serviços. Assim como um projeto bem planejado pode transformar uma empresa, o tailoring aplicado ao Carnaval ajuda cidades inteiras a se prepararem para receber turistas, garantindo infraestrutura, segurança e organização.

Portanto, da próxima vez que pensar em gerenciamento de projetos, lembre-se do Carnaval: cada bloco tem seu jeito de brilhar na avenida, e cada projeto precisa de seu próprio tailoring para alcançar o sucesso!

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Carnaval, turismo e projetos: a arte de adaptar com ‘ tailoring ‘

Carnaval, turismo e projetos: a arte de adaptar com ‘ tailoring ‘ (Como Personalizar Projetos para o Carnaval (Foto: Freepik))

Mais um post desta série incrível, que promete enriquecer seu conhecimento em gestão de projetos, especialmente quando aplicado ao setor do turismo.

Todo conteúdo é fundamentado no Guia de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, conhecido como PMBOK. Em sua 7ª edição, o guia continua sendo uma referência internacional amplamente reconhecida no campo do gerenciamento de projetos, oferecendo diretrizes e melhores práticas para profissionais em todo o mundo.

Esteja preparado para uma jornada de aprendizado significativa que alia padrões globais de gerenciamento de projetos à prática no contexto específico do turismo.

No post de hoje, vamos descobrir sobre tailoring. Você já ouviu falar?

Tailoring é um termo em inglês que significa customização ou adaptação. No gerenciamento de projetos, ele representa a prática de ajustar processos, metodologias e abordagens conforme as características e necessidades específicas de cada projeto.

Agora, imagine que você está organizando um bloco de Carnaval. Cada detalhe precisa ser planejado para que a festa aconteça da melhor maneira possível.

Cada bloco tem sua própria identidade. Alguns são altamente organizados, com abadás e cordões de isolamento, enquanto outros são mais livres e democráticos. O mesmo vale para os projetos: cada um deve ser ajustado conforme seu tamanho, complexidade e objetivos. Aplicar um modelo padrão para todos os casos pode ser um erro.

Cultura e valores

O tailoring também leva em conta a cultura e os valores da organização. Se o seu bloco prioriza a segurança, ele pode investir em mais estrutura e controle de acesso. Já um bloco mais informal pode optar por menos exigências e maior liberdade para os foliões. Nos projetos, essa mesma lógica se aplica: as abordagens devem ser ajustadas conforme o apetite ao risco e as necessidades do negócio.

Embora existam metodologias prontas para o gerenciamento de projetos, segui-las rigidamente sem considerar o contexto pode ser um erro. Um bloco de rua não precisa da mesma estrutura de um desfile de escola de samba, assim como um projeto pequeno não exige a mesma gestão de um megaprojeto. Mas cuidado! Algumas adaptações têm limites. No Carnaval, por exemplo, existem normas municipais sobre trajetos e horários de encerramento que todos os blocos devem seguir.

Outro benefício do tailoring é o impacto positivo sobre a equipe. Quando os membros do bloco participam das decisões e ajudam a definir o formato do evento, eles se sentem mais engajados. O mesmo ocorre nos projetos: envolvimento na definição dos processos gera maior comprometimento e motivação.

O grande segredo do tailoring é equilibrar diversos fatores. No Carnaval, a meta é criar uma experiência incrível sem estourar o orçamento. Nos projetos, é preciso minimizar custos, otimizar recursos e garantir que o resultado final atenda às expectativas das partes interessadas.

E claro, tudo isso tem um objetivo principal: fazer a festa acontecer da melhor maneira possível!

Falando em festa, o Carnaval vai muito além da diversão: ele é um dos maiores motores do turismo no Brasil. Milhões de pessoas viajam pelo país para curtir os blocos, desfiles e festas, movimentando o comércio, a hotelaria e o setor de serviços. Assim como um projeto bem planejado pode transformar uma empresa, o tailoring aplicado ao Carnaval ajuda cidades inteiras a se prepararem para receber turistas, garantindo infraestrutura, segurança e organização.

Portanto, da próxima vez que pensar em gerenciamento de projetos, lembre-se do Carnaval: cada bloco tem seu jeito de brilhar na avenida, e cada projeto precisa de seu próprio tailoring para alcançar o sucesso!

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Carnaval, turismo e projetos: a arte de adaptar com ‘ tailoring ‘

Carnaval, turismo e projetos: a arte de adaptar com ‘ tailoring ‘ (Como Personalizar Projetos para o Carnaval (Foto: Freepik))

Mais um post desta série incrível, que promete enriquecer seu conhecimento em gestão de projetos, especialmente quando aplicado ao setor do turismo.

Todo conteúdo é fundamentado no Guia de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, conhecido como PMBOK. Em sua 7ª edição, o guia continua sendo uma referência internacional amplamente reconhecida no campo do gerenciamento de projetos, oferecendo diretrizes e melhores práticas para profissionais em todo o mundo.

Esteja preparado para uma jornada de aprendizado significativa que alia padrões globais de gerenciamento de projetos à prática no contexto específico do turismo.

No post de hoje, vamos descobrir sobre tailoring. Você já ouviu falar?

Tailoring é um termo em inglês que significa customização ou adaptação. No gerenciamento de projetos, ele representa a prática de ajustar processos, metodologias e abordagens conforme as características e necessidades específicas de cada projeto.

Agora, imagine que você está organizando um bloco de Carnaval. Cada detalhe precisa ser planejado para que a festa aconteça da melhor maneira possível.

Cada bloco tem sua própria identidade. Alguns são altamente organizados, com abadás e cordões de isolamento, enquanto outros são mais livres e democráticos. O mesmo vale para os projetos: cada um deve ser ajustado conforme seu tamanho, complexidade e objetivos. Aplicar um modelo padrão para todos os casos pode ser um erro.

Cultura e valores

O tailoring também leva em conta a cultura e os valores da organização. Se o seu bloco prioriza a segurança, ele pode investir em mais estrutura e controle de acesso. Já um bloco mais informal pode optar por menos exigências e maior liberdade para os foliões. Nos projetos, essa mesma lógica se aplica: as abordagens devem ser ajustadas conforme o apetite ao risco e as necessidades do negócio.

Embora existam metodologias prontas para o gerenciamento de projetos, segui-las rigidamente sem considerar o contexto pode ser um erro. Um bloco de rua não precisa da mesma estrutura de um desfile de escola de samba, assim como um projeto pequeno não exige a mesma gestão de um megaprojeto. Mas cuidado! Algumas adaptações têm limites. No Carnaval, por exemplo, existem normas municipais sobre trajetos e horários de encerramento que todos os blocos devem seguir.

Outro benefício do tailoring é o impacto positivo sobre a equipe. Quando os membros do bloco participam das decisões e ajudam a definir o formato do evento, eles se sentem mais engajados. O mesmo ocorre nos projetos: envolvimento na definição dos processos gera maior comprometimento e motivação.

O grande segredo do tailoring é equilibrar diversos fatores. No Carnaval, a meta é criar uma experiência incrível sem estourar o orçamento. Nos projetos, é preciso minimizar custos, otimizar recursos e garantir que o resultado final atenda às expectativas das partes interessadas.

E claro, tudo isso tem um objetivo principal: fazer a festa acontecer da melhor maneira possível!

Falando em festa, o Carnaval vai muito além da diversão: ele é um dos maiores motores do turismo no Brasil. Milhões de pessoas viajam pelo país para curtir os blocos, desfiles e festas, movimentando o comércio, a hotelaria e o setor de serviços. Assim como um projeto bem planejado pode transformar uma empresa, o tailoring aplicado ao Carnaval ajuda cidades inteiras a se prepararem para receber turistas, garantindo infraestrutura, segurança e organização.

Portanto, da próxima vez que pensar em gerenciamento de projetos, lembre-se do Carnaval: cada bloco tem seu jeito de brilhar na avenida, e cada projeto precisa de seu próprio tailoring para alcançar o sucesso!

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Carnaval, turismo e projetos: a arte de adaptar com ‘ tailoring ‘

Carnaval, turismo e projetos: a arte de adaptar com ‘ tailoring ‘ (Como Personalizar Projetos para o Carnaval (Foto: Freepik))

Mais um post desta série incrível, que promete enriquecer seu conhecimento em gestão de projetos, especialmente quando aplicado ao setor do turismo.

Todo conteúdo é fundamentado no Guia de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, conhecido como PMBOK. Em sua 7ª edição, o guia continua sendo uma referência internacional amplamente reconhecida no campo do gerenciamento de projetos, oferecendo diretrizes e melhores práticas para profissionais em todo o mundo.

Esteja preparado para uma jornada de aprendizado significativa que alia padrões globais de gerenciamento de projetos à prática no contexto específico do turismo.

No post de hoje, vamos descobrir sobre tailoring. Você já ouviu falar?

Tailoring é um termo em inglês que significa customização ou adaptação. No gerenciamento de projetos, ele representa a prática de ajustar processos, metodologias e abordagens conforme as características e necessidades específicas de cada projeto.

Agora, imagine que você está organizando um bloco de Carnaval. Cada detalhe precisa ser planejado para que a festa aconteça da melhor maneira possível.

Cada bloco tem sua própria identidade. Alguns são altamente organizados, com abadás e cordões de isolamento, enquanto outros são mais livres e democráticos. O mesmo vale para os projetos: cada um deve ser ajustado conforme seu tamanho, complexidade e objetivos. Aplicar um modelo padrão para todos os casos pode ser um erro.

Cultura e valores

O tailoring também leva em conta a cultura e os valores da organização. Se o seu bloco prioriza a segurança, ele pode investir em mais estrutura e controle de acesso. Já um bloco mais informal pode optar por menos exigências e maior liberdade para os foliões. Nos projetos, essa mesma lógica se aplica: as abordagens devem ser ajustadas conforme o apetite ao risco e as necessidades do negócio.

Embora existam metodologias prontas para o gerenciamento de projetos, segui-las rigidamente sem considerar o contexto pode ser um erro. Um bloco de rua não precisa da mesma estrutura de um desfile de escola de samba, assim como um projeto pequeno não exige a mesma gestão de um megaprojeto. Mas cuidado! Algumas adaptações têm limites. No Carnaval, por exemplo, existem normas municipais sobre trajetos e horários de encerramento que todos os blocos devem seguir.

Outro benefício do tailoring é o impacto positivo sobre a equipe. Quando os membros do bloco participam das decisões e ajudam a definir o formato do evento, eles se sentem mais engajados. O mesmo ocorre nos projetos: envolvimento na definição dos processos gera maior comprometimento e motivação.

O grande segredo do tailoring é equilibrar diversos fatores. No Carnaval, a meta é criar uma experiência incrível sem estourar o orçamento. Nos projetos, é preciso minimizar custos, otimizar recursos e garantir que o resultado final atenda às expectativas das partes interessadas.

E claro, tudo isso tem um objetivo principal: fazer a festa acontecer da melhor maneira possível!

Falando em festa, o Carnaval vai muito além da diversão: ele é um dos maiores motores do turismo no Brasil. Milhões de pessoas viajam pelo país para curtir os blocos, desfiles e festas, movimentando o comércio, a hotelaria e o setor de serviços. Assim como um projeto bem planejado pode transformar uma empresa, o tailoring aplicado ao Carnaval ajuda cidades inteiras a se prepararem para receber turistas, garantindo infraestrutura, segurança e organização.

Portanto, da próxima vez que pensar em gerenciamento de projetos, lembre-se do Carnaval: cada bloco tem seu jeito de brilhar na avenida, e cada projeto precisa de seu próprio tailoring para alcançar o sucesso!

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Obras na UTI do Centro Obstétrico do Hmib estão em andamento

As obras no Centro Obstétrico do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) foram iniciadas. Um grupo técnico da Secretaria de Saúde (SES-DF), em conjunto com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), identificou que as rachaduras presentes na unidade ocorreram devido a infiltrações causadas por vazamentos na rede hidráulica.

As equipes já realizaram o reparo de dois pontos críticos que resultou na redução da umidade do solo e na estabilização da estrutura. Os trabalhos de manutenção priorizaram o setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo é agilizar a entrega, garantindo, ao mesmo tempo, a continuidade da assistência de forma segura.

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O escoramento preventivo, que é uma operação destinada a evitar desabamentos das áreas mais afetadas, está concluído, oferecendo segurança estrutural. As fissuras continuam sendo monitoradas, e não houve indícios de novas movimentações.

Nas fases seguintes, serão realizadas restaurações completas da infraestrutura do prédio, abrangendo as redes hidráulicas, elétricas, de gases medicinais e a estrutura física. Além disso, profissionais da SES-DF avaliarão outras necessidades do hospital, como o controle de recalque (fundações do terreno), o reforço estrutural, a drenagem e a contenção de umidade.

O secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior garantiu que a situação está sendo acompanhada de perto para garantir a segurança da edificação e a retomada plena das atividades no Hmib. “Sabemos que a saúde de gestantes e recém-nascidos depende de um ambiente seguro e adequado”, afirmou.

Enquanto o centro obstétrico passa pelas restaurações, a SES-DF instaurou um novo fluxo de assistência para garantir que os bebês sejam atendidos de forma plena. Além do remanejamento dos setores afetados para outras áreas do hospital, o atendimento a gestantes e parturientes foi redirecionado, de acordo com o tempo de gestação.

– Gestantes e parturientes com idade gestacional maior ou igual a 37 semanas, residentes no Guará, serão direcionadas ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran);

– Gestantes e parturientes com idade gestacional maior ou igual a 37 semanas, residentes no Riacho Fundo e no Riacho Fundo II, serão encaminhadas ao Hospital Universitário de Brasília (HUB);

– Gestantes e parturientes com idade gestacional menor que 32 semanas, residentes no Paranoá, Itapoã, São Sebastião e Jardim Botânico, serão atendidas exclusivamente no HUB;

– Gestantes e parturientes com idade gestacional menor que 32 semanas, residentes em Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Recanto das Emas e Samambaia, serão atendidas no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

Grupos que operam como bancos querem regras mais flexíveis do BC

A Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), que reúne os principais bancos e corretoras do mercado de câmbio, pediu ao Banco Central que fintechs –público-alvo do serviço de Banking as a Service (BaaS) [banco como serviço, em tradução do inglês]– possam usar serviços de câmbio de instituições reguladas sem exclusividade, além de incorporar opções de criptativos.

O pleito surge diante da crescente digitalização do setor financeiro. De acordo com um estudo encomendado pela infratech Celcoin, o mercado de BaaS no Brasil deve ultrapassar US$ 5 bilhões até 2031, crescendo 12 vezes até lá.

Esse modelo permite que empresas não financeiras, como fintechs, ecommerces e grandes varejistas, incorporem serviços financeiros em suas plataformas por meio da infraestrutura de instituições financeiras licenciadas.

Hoje, esse modelo funciona por meio de contratos privados entre as partes. Não há controle do BC, mas a autarquia fez uma consulta pública mirando a possibilidade de regulamentá-lo.

Abertura

Na consulta pública, um dos pontos mais controversos foi a restrição para que uma mesma entidade de BaaS possa operar com mais de uma instituição financeira –pleito das instituições hoje reguladas.

De acordo com a Abracam, para o mercado de câmbio, essa limitação contraria o objetivo de ampliação da bancarização, uma vez que nem todas as instituições financeiras oferecem todos os serviços necessários.

Para a associação, a evolução tecnológica atual permite rastrear e identificar a instituição que realizou uma operação, minimizando riscos operacionais. A exigência de exclusividade, defende a Abracam, não se justifica do ponto de vista técnico ou regulatório.

Ela também quer a inclusão de operações de câmbio internacional (eFX) e serviços relacionados a criptoativos no modelo BaaS, criando um modelo de “Cripto as a Service”.

Na visão da entidade, a ausência desses serviços na regulamentação poderia limitar o potencial de inovação e crescimento do setor.

Outro ponto de destaque é a proposta do BC de proibir a atuação de tomadores de serviço de BaaS operando no Brasil a partir do exterior, prática que já ocorre atualmente.

O mercado de câmbio argumenta que essa medida pode colocar o Brasil em desvantagem competitiva em relação a outras economias que adotam abordagens mais abertas, reduzindo o fluxo de investimentos estrangeiros e dificultando a integração do país no sistema financeiro global.

A reivindicação é um dos pontos de maior resistência junto ao BC, que pretende manter o controle das atividades relacionadas aos criptoativos dentro do Brasil.

Com Stéfanie Rigamonti

Grupos que operam como bancos querem regras mais flexíveis do BC

A Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), que reúne os principais bancos e corretoras do mercado de câmbio, pediu ao Banco Central que fintechs –público-alvo do serviço de Banking as a Service (BaaS) [banco como serviço, em tradução do inglês]– possam usar serviços de câmbio de instituições reguladas sem exclusividade, além de incorporar opções de criptativos.

O pleito surge diante da crescente digitalização do setor financeiro. De acordo com um estudo encomendado pela infratech Celcoin, o mercado de BaaS no Brasil deve ultrapassar US$ 5 bilhões até 2031, crescendo 12 vezes até lá.

Esse modelo permite que empresas não financeiras, como fintechs, ecommerces e grandes varejistas, incorporem serviços financeiros em suas plataformas por meio da infraestrutura de instituições financeiras licenciadas.

Hoje, esse modelo funciona por meio de contratos privados entre as partes. Não há controle do BC, mas a autarquia fez uma consulta pública mirando a possibilidade de regulamentá-lo.

Abertura

Na consulta pública, um dos pontos mais controversos foi a restrição para que uma mesma entidade de BaaS possa operar com mais de uma instituição financeira –pleito das instituições hoje reguladas.

De acordo com a Abracam, para o mercado de câmbio, essa limitação contraria o objetivo de ampliação da bancarização, uma vez que nem todas as instituições financeiras oferecem todos os serviços necessários.

Para a associação, a evolução tecnológica atual permite rastrear e identificar a instituição que realizou uma operação, minimizando riscos operacionais. A exigência de exclusividade, defende a Abracam, não se justifica do ponto de vista técnico ou regulatório.

Ela também quer a inclusão de operações de câmbio internacional (eFX) e serviços relacionados a criptoativos no modelo BaaS, criando um modelo de “Cripto as a Service”.

Na visão da entidade, a ausência desses serviços na regulamentação poderia limitar o potencial de inovação e crescimento do setor.

Outro ponto de destaque é a proposta do BC de proibir a atuação de tomadores de serviço de BaaS operando no Brasil a partir do exterior, prática que já ocorre atualmente.

O mercado de câmbio argumenta que essa medida pode colocar o Brasil em desvantagem competitiva em relação a outras economias que adotam abordagens mais abertas, reduzindo o fluxo de investimentos estrangeiros e dificultando a integração do país no sistema financeiro global.

A reivindicação é um dos pontos de maior resistência junto ao BC, que pretende manter o controle das atividades relacionadas aos criptoativos dentro do Brasil.

Com Stéfanie Rigamonti