Fim do home office e revisão de cargos e contratos públicos: como foi o 1º dia de trabalho de Javier Milei

O presidente da Argentina, Javier Milei, determinou o fim do home office no funcionalismo público e uma revisão nos cargos e contratos do governo.

Nesta segunda (11), Milei fez a primeira reunião com os seus nove ministros. Ele foi empossado no cargo no domingo (10).

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Na reunião, que aconteceu na Casa Rosada, a sede do governo, Milei ordenou que os ministros adotem uma exigência de trabalho 100% presencial a todos os membros de suas pastas.

O presidente, segundo sua vice, Victoria Villaruel, também pediu um “inventário geral” de todos os funcionários públicos e cargos comissionados, além de um levantamento de todos os contratos vigentes nos ministérios.

Os anúncios geraram no país o temor de demissões e destituições em massa no funcionalismo público ao longo do dia, segundo a imprensa local.

A maior expectativa para o início do governo de Milei, no entanto, acontecerá nesta terça-feira (12), quando seu ministro de Economia tem previsto anunciar os ajustes fiscais da nova gestão.

A imprensa do país avalia que o anúncio possa ser não só de um pacote, mas de todo o plano de ajustes do governo de Milei, que, no discurso de posse, falou que “não temos dinheiro (no governo)” e pediu que a população se prepare para tempos difíceis em um primeiro momento.

Cachorros no bastão presidencial

Um detalhe da cerimônia de posse do presidente da Argentina, Javier Milei, neste domingo (10), não passou despercebido: o bastão presidencial do novo líder argentino tem esculpidos os rostos de seus cachorros clonados.

A passagem de bastão é uma tradição da Argentina, importada da Espanha, que marca a passagem democrática de poder. Na cerimônia deste domingo, o bastão já com a imagem dos animais esculpidos foi entregue pelo agora ex-presidente Alberto Fernández a Milei.

Além dos rostos, o nome dos pets do líder argentino – todos homenagens a economistas liberais – também foram colocados no bastão.

Fã de cachorros, Milei considera seus animais de estimação – quatro deles clones do primeiro – seus conselheiros. Segundo pessoas próximas, o presidente argentino diz se comunicar com Conan, o cachorro original, por meio de uma médium que faria “comunicação interespécies”.

O detalhe chamou a atenção de fotógrafos especialmente depois de Cristina Kirchner, a ex-vice de Fernández, notar os desenhos e rir na sequência.

Corte de ministérios pela metade

Também neste domingo, Javier Milei já assinou o primeiro decreto de sua gestão. A medida reduz o número de ministérios do país a nove, a metade do que tinha seu antecessor, o agora ex-presidente Alberto Fernández.

O governo do ultraliberal terá, assim, as seguintes pastas:

Ministério de Interior;

Ministério de Relações Exteriores;

Ministério de Comercio Internacional e Culto;

Ministério da Defesa;

Ministério da Economia;

Ministério de Infraestrutura;

Ministério da Justiça;

Ministério de Segurança;

Ministério da Saúde e Capital Humano.

Segundo Milei, a medida é a primeira para cortar gastos públicos, uma das bandeiras que ele levantou durante discurso neste domingo.

“Não existe solução sem atacar o déficit fiscal. A solução implica um ajuste no setor público, que cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado”, disse.

“Não existe solução sem atacar o déficit fiscal. A solução implica um ajuste no setor público, que cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado”, disse.

Milei afirmou que, no curto prazo, a situação deve piorar até que as primeiras medidas comecem a dar resultado. E reiterou que o governo não tem dinheiro: “Lamentavelmente tenho que dizer, ‘no hay plata'”.

“Isso impactará de modo negativo a atividade, o emprego, a quantidade de pobres e indigentes. Haverá estagflação [situação em que há estagnação da economia e inflação alta], mas é algo muito diferente do que tivemos nos últimos 12 anos. Será o último gole amargo para começar a reconstruir a Argentina”, disse.

“Não será fácil: cem anos de fracasso não se desfazem num dia, mas um dia começa, e hoje é esse dia.”

O presidente argentino discursou nas escadarias do Congresso, para seus eleitores. É uma quebra de protocolo, porque normalmente esse discurso ocorre dentro do parlamento.

Mais tarde, já na Casa Rosada, falou ao público de novo e disse que sua eleição representa “o fim da noite populista e o renascer da Argentina próspera e liberal”.

Entre as autoridades que participaram da posse estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O presidente Lula não foi a Buenos Aires e mandou seu chanceler, Mauro Vieira, como representante do Brasil.

Veja abaixo frases do discurso de posse no Congresso:

Hoje começa uma nova era na Argentina.

Damos por terminada uma longa e triste história de decadência e começamos o caminho da reconstrução do país.

Hoje enterramos décadas de fracasso.

Nossos líderes decidiram abandonar um modelo que nos havia deixado ricos e abraçaram as ideias empobrecedoras dos coletivismo, um modelo que só gera pobreza.

Assim como a queda do Muro de Berlim marcou o fim de uma época trágica para o mundo, essas eleições marcaram o ponto de quebra para a nossa história.

Sabemos que no curto prazo a situação vai piorar.

Na área de segurança, a Argentina se converteu em um banho de sangue. O narcotráfico se apoderou das nossas ruas.

A única forma de sair da pobreza é com mais liberdade.

Inflação

Milei também mencionou a elevada inflação, acima de 140% ao ano, e atribuiu a culpa aos governos peronistas. Antes de Alberto Fernández, que deixa o cargo agora, quem governou foi Mauricio Macri, que é de direita e aliado de Milei. Antes de Macri, Cristina Kirchner

“Arruinaram a nossa vida e fizeram cair dez vezes os nossos salários. Portanto, não deveria surpreender que estejam deixando 45% de pobres e 10% de indigentes.”

“Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno. Não há retorno. Hoje enterramos décadas de fracassos e disputas sem sentido. Brigas que só conseguiram destruir o nosso país e nos deixar em ruínas. Hoje começa uma nova era na Argentina, de paz e prosperidade”, afirmou.

ONG suspeita de superfaturamento contratada por ministério de Damares pagou R$ 299,90 em bolas de futebol vendidas a R$ 60, diz CGU

Uma ONG contratada pelo Ministério dos Direitos Humanos no governo passado fez compras com suspeita de superfaturamento de bolas de basquete, futsal, goalball e apitos, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU). A auditoria identificou ainda que os kits com o material foram entregues em escolas do interior do país que não têm espaços destinados à prática de esporte.

De acordo com o relatório, o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 1,2 milhão, em aquisições realizadas entre fevereiro e agosto de 2022.

Procurado, o Ministério dos Direitos Humanos afirmou que notificou a ONG a apresentar a prestação de contas e suspendeu o pagamento das parcelas restantes. Segundo o órgão de controle, a pasta “tomou providências cabíveis para saneamento e correção dos problemas apontados”.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), à frente do ministério quando o convênio foi fechado, não se manifestou.

O convênio com a ONG Idecace foi fechado em 2021, ainda na gestão de Jair Bolsonaro, mas a parceria com a União segue ativa no governo Lula. O acordo tem valor total de R$ 19,2 milhões.

As compras que estão sob investigação foram realizadas em pequenos comércios e não em empresas de médio e grande porte, modalidade mais frequente em aquisições realizadas pelo governo federal.

De acordo com a CGU, o maior indício de superfaturamento foi verificado na aquisição de bolas de goalball, esporte paralímpico praticado por deficientes visuais. O preço de referência, segundo a CGU, é R$ 60, mas a ONG pagou R$ 299,90 (cinco vezes mais).

O GLOBO visitou quatro lojas em Brasília que atuaram como fornecedoras. Em uma delas, a ONG comprou R$ 2,4 milhões em material esportivo, dos quais R$ 902,5 mil foram superfaturados, segundo a CGU.

Na loja, cada uma das 705 bolas de basquete, que no mercado custam R$ 63,90, foram adquiridas por R$ 129,90, por exemplo. A CGU mensura o valor do superfaturamento por meio da comparação de compras feitas pela União dos mesmos itens, em processos recentes.

Procurada, a ONG afirmou que tem o “compromisso de esclarecer e corrigir qualquer eventual irregularidade” e que os kits esportivos enviados são “adequados para o esporte de iniciação e podem ser ajustados de acordo com o perfil da escola e região”.

Para a CGU, as pesquisas de preços apresentadas pela ONG continham “vários indícios de fraude, notadamente na simulação de propostas”. Ainda de acordo com o órgão de controle, o Ministério dos Direitos Humanos poderia ter “evitado ou mitigado” as irregularidades se “tivesse analisado de forma pormenorizada os preços propostos” na hora de assinar o contrato.

Além das compras acima dos preços de mercado, parte do material foi enviado a locais sem estrutura para usá-los. No final de julho do ano passado, um kit com bolas de basquete, futsal, redes e apitos foram entregues na escola municipal Marcella Couto Cabral, em Barrolândia (TO).

O colégio não tem qualquer espaço esportivo. Das 161 quadras contempladas pelo projeto, todas no Tocantins, menos da metade contava com quadra esportiva.

“Os materiais esportivos distribuídos a essas instituições de ensino deveriam levar em consideração a ausência de quadras esportivas, porém não foi o que ocorreu. A equipe de auditoria constatou in loco esta irregularidade, ao visitar escolas sem quadra e ao encontrar parte desse material armazenado, sem uso”, acrescentaram os técnicos da CGU.

ONG suspeita de superfaturamento contratada por ministério de Damares pagou R$ 299,90 em bolas de futebol vendidas a R$ 60, diz CGU

Uma ONG contratada pelo Ministério dos Direitos Humanos no governo passado fez compras com suspeita de superfaturamento de bolas de basquete, futsal, goalball e apitos, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU). A auditoria identificou ainda que os kits com o material foram entregues em escolas do interior do país que não têm espaços destinados à prática de esporte.

De acordo com o relatório, o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 1,2 milhão, em aquisições realizadas entre fevereiro e agosto de 2022.

Procurado, o Ministério dos Direitos Humanos afirmou que notificou a ONG a apresentar a prestação de contas e suspendeu o pagamento das parcelas restantes. Segundo o órgão de controle, a pasta “tomou providências cabíveis para saneamento e correção dos problemas apontados”.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), à frente do ministério quando o convênio foi fechado, não se manifestou.

O convênio com a ONG Idecace foi fechado em 2021, ainda na gestão de Jair Bolsonaro, mas a parceria com a União segue ativa no governo Lula. O acordo tem valor total de R$ 19,2 milhões.

As compras que estão sob investigação foram realizadas em pequenos comércios e não em empresas de médio e grande porte, modalidade mais frequente em aquisições realizadas pelo governo federal.

De acordo com a CGU, o maior indício de superfaturamento foi verificado na aquisição de bolas de goalball, esporte paralímpico praticado por deficientes visuais. O preço de referência, segundo a CGU, é R$ 60, mas a ONG pagou R$ 299,90 (cinco vezes mais).

O GLOBO visitou quatro lojas em Brasília que atuaram como fornecedoras. Em uma delas, a ONG comprou R$ 2,4 milhões em material esportivo, dos quais R$ 902,5 mil foram superfaturados, segundo a CGU.

Na loja, cada uma das 705 bolas de basquete, que no mercado custam R$ 63,90, foram adquiridas por R$ 129,90, por exemplo. A CGU mensura o valor do superfaturamento por meio da comparação de compras feitas pela União dos mesmos itens, em processos recentes.

Procurada, a ONG afirmou que tem o “compromisso de esclarecer e corrigir qualquer eventual irregularidade” e que os kits esportivos enviados são “adequados para o esporte de iniciação e podem ser ajustados de acordo com o perfil da escola e região”.

Para a CGU, as pesquisas de preços apresentadas pela ONG continham “vários indícios de fraude, notadamente na simulação de propostas”. Ainda de acordo com o órgão de controle, o Ministério dos Direitos Humanos poderia ter “evitado ou mitigado” as irregularidades se “tivesse analisado de forma pormenorizada os preços propostos” na hora de assinar o contrato.

Além das compras acima dos preços de mercado, parte do material foi enviado a locais sem estrutura para usá-los. No final de julho do ano passado, um kit com bolas de basquete, futsal, redes e apitos foram entregues na escola municipal Marcella Couto Cabral, em Barrolândia (TO).

O colégio não tem qualquer espaço esportivo. Das 161 quadras contempladas pelo projeto, todas no Tocantins, menos da metade contava com quadra esportiva.

“Os materiais esportivos distribuídos a essas instituições de ensino deveriam levar em consideração a ausência de quadras esportivas, porém não foi o que ocorreu. A equipe de auditoria constatou in loco esta irregularidade, ao visitar escolas sem quadra e ao encontrar parte desse material armazenado, sem uso”, acrescentaram os técnicos da CGU.

ONG suspeita de superfaturamento contratada por ministério de Damares pagou R$ 299,90 em bolas de futebol vendidas a R$ 60, diz CGU

Uma ONG contratada pelo Ministério dos Direitos Humanos no governo passado fez compras com suspeita de superfaturamento de bolas de basquete, futsal, goalball e apitos, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU). A auditoria identificou ainda que os kits com o material foram entregues em escolas do interior do país que não têm espaços destinados à prática de esporte.

De acordo com o relatório, o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 1,2 milhão, em aquisições realizadas entre fevereiro e agosto de 2022.

Procurado, o Ministério dos Direitos Humanos afirmou que notificou a ONG a apresentar a prestação de contas e suspendeu o pagamento das parcelas restantes. Segundo o órgão de controle, a pasta “tomou providências cabíveis para saneamento e correção dos problemas apontados”.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), à frente do ministério quando o convênio foi fechado, não se manifestou.

O convênio com a ONG Idecace foi fechado em 2021, ainda na gestão de Jair Bolsonaro, mas a parceria com a União segue ativa no governo Lula. O acordo tem valor total de R$ 19,2 milhões.

As compras que estão sob investigação foram realizadas em pequenos comércios e não em empresas de médio e grande porte, modalidade mais frequente em aquisições realizadas pelo governo federal.

De acordo com a CGU, o maior indício de superfaturamento foi verificado na aquisição de bolas de goalball, esporte paralímpico praticado por deficientes visuais. O preço de referência, segundo a CGU, é R$ 60, mas a ONG pagou R$ 299,90 (cinco vezes mais).

O GLOBO visitou quatro lojas em Brasília que atuaram como fornecedoras. Em uma delas, a ONG comprou R$ 2,4 milhões em material esportivo, dos quais R$ 902,5 mil foram superfaturados, segundo a CGU.

Na loja, cada uma das 705 bolas de basquete, que no mercado custam R$ 63,90, foram adquiridas por R$ 129,90, por exemplo. A CGU mensura o valor do superfaturamento por meio da comparação de compras feitas pela União dos mesmos itens, em processos recentes.

Procurada, a ONG afirmou que tem o “compromisso de esclarecer e corrigir qualquer eventual irregularidade” e que os kits esportivos enviados são “adequados para o esporte de iniciação e podem ser ajustados de acordo com o perfil da escola e região”.

Para a CGU, as pesquisas de preços apresentadas pela ONG continham “vários indícios de fraude, notadamente na simulação de propostas”. Ainda de acordo com o órgão de controle, o Ministério dos Direitos Humanos poderia ter “evitado ou mitigado” as irregularidades se “tivesse analisado de forma pormenorizada os preços propostos” na hora de assinar o contrato.

Além das compras acima dos preços de mercado, parte do material foi enviado a locais sem estrutura para usá-los. No final de julho do ano passado, um kit com bolas de basquete, futsal, redes e apitos foram entregues na escola municipal Marcella Couto Cabral, em Barrolândia (TO).

O colégio não tem qualquer espaço esportivo. Das 161 quadras contempladas pelo projeto, todas no Tocantins, menos da metade contava com quadra esportiva.

“Os materiais esportivos distribuídos a essas instituições de ensino deveriam levar em consideração a ausência de quadras esportivas, porém não foi o que ocorreu. A equipe de auditoria constatou in loco esta irregularidade, ao visitar escolas sem quadra e ao encontrar parte desse material armazenado, sem uso”, acrescentaram os técnicos da CGU.

Investimento em infraestrutura no DF deve superar R$ 1 bilhão até 2026

Seja um viaduto, seja troca de pavimentação, por onde se anda na capital do país, é possível encontrar uma obra de grande porte. De acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF), até o último ano de Ibaneis Rocha (MDB) à frente do Palácio do Buriti, devem ser investidos, pelo menos, R$ 1,01 bilhão em grandes empreitadas. Alguns exemplos são as construções e reformas de terminais rodoviários, além da abertura de viadutos, como o do Recanto das Emas e o da EPIG.

Outra grande obra é a revitalização da Avenida Hélio Prates. A promessa é de melhoria no paisagismo, troca de pavimentação, implantação do corredor exclusivo para BRT, entre outras benfeitorias. Enquanto isso, o que se vê no local é muita poeira e reclamação. O empresário Francisco Lopes, 70 anos, é dono de um comércio à beira da avenida há 33 anos e conta que o movimento da loja diminuiu bastante. “Têm me atrapalhado muito. As máquinas ficaram cerca de 15 dias na porta da minha loja. Durante esse período, não vendia nada”, recorda.

Segundo Lopes, quando o maquinário avançou, saindo da porta de sua loja, não mudou muita coisa. “Ficou a bagunça para trás. De agosto para cá, todo mês é um prejuízo. Nessa época que as máquinas ficaram por aqui, o faturamento chegou a diminuir 20%”, calcula. “Além disso, a despesa não baixa, pelo contrário, só faz aumentar. A conta de água, por exemplo, está nas alturas, porque temos que lavar a loja todos os dias, por conta da poeira”, reclama. “Nossa principal preocupação é com as vendas. Nós, comerciantes, esperamos que essa obra acabe logo, para as coisas voltarem ao normal”, torce.

Francisco Lopes afirma que o faturamento da loja dele diminuiu

A vendedora Maria da Conceição, 32, também trabalha próximo à Hélio Prates há sete anos. A moradora de Águas Lindas (GO) vai na mesma linha do empresário. “Depois que a obra começou, o movimento nas lojas diminuiu bastante, principalmente porque a maioria dos retornos estão bloqueados e aí demora muito para achar uma entrada que leve às lojas”, argumenta.

Maria conta que depende do transporte público para chegar até o trabalho e voltar para casa e também reclama desses momentos. “Está difícil demais para atravessar a avenida e pegar ônibus. Temos que ficar no meio da rua (esperando o coletivo) e as redes que colocaram fazem com que a gente tenha que andar muito para chegar até uma faixa de pedestres ou semáforo”, detalha. “A terra também prejudica, porque quando está seco, vira poeira, quando chove, vira lama. Chego a lavar tênis pelo menos duas vezes na semana por causa disso”, acrescenta a vendedora.

A vendedora Maria da Conceição tem prejuízos por conta das obras

Mais próximo do centro de Brasília, a obra do Setor Policial Sul também causa transtornos para quem passa. É o caso da recepcionista Larissa Almeida, 26, que pega ônibus na região três vezes na semana e reclama da falta de fluidez no trânsito, causada pelos serviços. “Está ficando bastante complicado. A qualquer hora tem engarrafamento próximo a essas obras. Com várias ao mesmo tempo, acaba atrapalhando mais ainda, principalmente, aqueles que precisam do transporte público”, comenta.

“Antes, costumava ficar na parada, no máximo, 10 minutos até passar um ônibus, pois passava com bastante frequência. Atualmente, tenho que esperar mais de meia hora até conseguir embarcar”, aponta. “Acabo me atrasando para o trabalho, quase que diariamente”, ressalta a moradora de Ceilândia Norte.

Professor de engenharia civil do Ceub e especialista em obras de mobilidade, Rideci Farias reforça que a execução simultânea de obras gera transtornos consideráveis para a população. Porém, o especialista destaca que as intervenções são necessárias. “Elas aliviam certos problemas por um período e aprimoram a fluidez do tráfego, reduzindo o tempo de deslocamento para quem transita por essas áreas”, avalia.

Segundo o especialista, comparado com outros locais do país, o DF tem “recursos extras” para lidar com esse tipo de situação. “O GDF ainda tem a capacidade de se comprometer com a execução dessas obras e enfrentar, ao mesmo tempo, a urgência de criar alternativas diante do número de veículos que trafegam pelas vias”, observa Rideci. Mesmo assim, ele faz um alerta para o futuro. “Se as obras de mobilidade não acompanharem, imediatamente, o aumento no número de veículos, o caos completo no trânsito se aproxima”, afirma.

Para o professor, o caminho mais eficaz para melhorar a mobilidade urbana é investir, de forma significativa, em transporte coletivo. “Um exemplo é a expansão do sistema metroviário para áreas de grande concentração populacional, tornando-o acessível, são chaves para levar as pessoas aos seus destinos”, ressalta.

Ao Correio, o secretário de Governo (Segov), José Humberto Pires, admite que, enquanto estão sendo feitas, as obras vão causar algum tipo de transtorno. “Mas o cidadão entende que isso é necessário para que o benefício venha depois. São serviços que vão ficar para as futuras gerações”, pondera. “As obras estruturais vão dar outro aspecto, não só visual como turístico, além de dar conforto para a população. As que são voltadas para a mobilidade, vão dar fluidez e rapidez para quem utiliza as vias do DF”, detalha o gestor.

Segundo José Humberto, para tentar diminuir os impactos, o governo tem estudado aberturas de vias secundárias, tanto para o fluxo de veículos quanto de pessoas. “Também colocamos sinalização e estamos divulgando, na imprensa, o andamento das obras e possíveis bloqueios, para organizar o trânsito da melhor maneira possível”, reforça.

Na questão comercial, o secretário comenta que o impacto da revitalização na Hélio Prates é uma realidade. “O que temos procurado fazer é conversar com os comerciantes para mostrar o impacto que se tem, porém, destacando que o benefício será grande, ao final”, pontua. “Não temos uma política específica para suprir esse problema, mas temos procurado abrir linhas de crédito, para que os comerciantes possam ter um apoio financeiro durante esse período difícil”, afirma Pires.

O secretário acrescenta que a orientação do governador Ibaneis Rocha é não aguardar até que a obra fique 100% concluída para entregar. “O pedido é para liberar as partes que forem ficando prontas. É o caso da Estrutural, Pistão Sul e alguns viadutos”, reforça. Sobre entregas, José Humberto Pires aponta que a pavimentação da via Estrutural é a que está mais próxima de ser finalizada. “Será entregue em 16 de dezembro. Estamos trabalhando fortemente e, até meados do ano que vem, esperamos que grande parte das obras sejam entregues, como os viadutos do Jardim Botânico e do Riacho Fundo”, detalha.

Brasil tem ‘sombra’ de EUA e México para sediar Copa do Mundo de futebol feminino de 2027

A Fifa anunciou, nesta sexta-feira, que tem três opções para sediar a Copa do Mundo de futebol feminino, que será realizada em 2027. Além do Brasil, a entidade anunciou que Estados Unidos e México apresentaram uma candidatura em parceria. A outra opção, também conjunta, engloba a Alemanha, a Bélgica e a Holanda. Os três países dividiriam os jogos do torneio.

Confirmadas essas alternativas, o próximo passo da entidade vai ser inspecionar as sedes já a partir do ano que vem. Essas visitas, a princípio, estão previstas para acontecer no mês de fevereiro.

De acordo com o organograma, a conclusão das impressões serão descritas em um relatório de avaliação. O documento deverá ser publicado em maio. Um Congresso da Fifa vai analisar as condições de cada candidatura.

A entidade informa que o cardápio de regras para que a candidatura seja aprovada vai ser rigoroso. Entre as exigências, vão ser observadas as questões de infraestrutura, serviços, questões comerciais, sustentabilidade e direitos humanos.

O Mundial deste ano foi disputado entre julho e agosto na Austrália e na Nova Zelândia. A Espanha ficou com o título do torneio ao derrotar a Inglaterra na final por 1 a 0. Cercada de expectativa, o Brasil fez uma campanha decepcionante e acabou eliminado ainda na fase de grupos do torneio.

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G20 no Brasil: Biden e Putin, Lula e Milei, saiba quais líderes devem se encontrar na cúpula do Rio

Marcada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, a Cúpula de Líderes do G20 vai reunir no Rio de Janeiro os chefes de Estado ou de governo dos países membros e convidados do grupo. O encontro do G20 no Brasil será o ápice da agenda de trabalho do Brasil à frente da presidência do bloco.

O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial.

Ao longo do próximo ano, os países vão debater propostas, ideias e soluções para as principais pautas internacionais, que vão nortear a declaração final dos presidentes e as cooperações que serão estabelecidas entre os países membros durante a Cúpula.

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A presidência do G-20, inédita para o Brasil, é considerada o ponto alto da agenda internacional de Lula e o evento mais importante para a posição internacional do país. O Brasil assume o comando do grupo da Índia, e passará para a África do Sul em dezembro de 2024.

O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial.

São membros fixos do G20, além do Brasil, com seus respectivos representantes:

A presidência brasileira terá ainda oito países convidados:

Desde o primeiro mandato de Lula, a política externa tem buscado um alinhamento com outros países em desenvolvimento. Na lista, constam três países da África: Angola, Egito e Nigéria.

A presença de Putin

A presença do presidente russo no G20 é dúvida e pode gerar polêmica. Putin é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) pela acusação de deportação forçada de crianças ucranianas. O mandado fez com que o presidente russo desistisse de comparecer à reunião dos Brics na África do Sul, em agosto.

Embora Putin tenha sido convidado, o mandado de prisão do TPI por crimes de guerra, em teoria, obriga as autoridade do país africano, que é signatário do Tribunal, a prendê-lo. Apesar de o Brasil também ser signatário, Lula afirmou em setembro que Putin não será preso no país.

Prioridades do Brasil

A presidência brasileira terá três forças-tarefa, que são grupos de trabalho para tratar de assuntos propostos pelo país que ocupa a presidência. No caso do Brasil, esses grupos refletem as pautas prioritárias do governo Lula: Finanças e Saúde, combate à fome e à desigualdade e contra as mudanças climáticas. O governo brasileiro espera ao final da gestão deixar como marca contribuições inéditas e concretas nessas áreas. Haverá, ainda, uma iniciativa pela bioeconomia.

Outro assunto que será pautado pela gestão brasileira é o da governança global. Lula tem criticado a baixa influência e a formação do Conselho de Segurança da ONU na mediação de conflitos internacionais, além de ter defendido que instituições multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, deem prioridade às necessidades das nações em desenvolvimento, sobretudo na área de infraestrutura, e estudem formas de renegociação de dívidas de países em dificuldades.

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São membros fixos do G20, além do Brasil, com seus respectivos representantes:

A presidência brasileira terá ainda oito países convidados:

Desde o primeiro mandato de Lula, a política externa tem buscado um alinhamento com outros países em desenvolvimento. Na lista, constam três países da África: Angola, Egito e Nigéria.

A presença de Putin

A presença do presidente russo no G20 é dúvida e pode gerar polêmica. Putin é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) pela acusação de deportação forçada de crianças ucranianas. O mandado fez com que o presidente russo desistisse de comparecer à reunião dos Brics na África do Sul, em agosto.

Embora Putin tenha sido convidado, o mandado de prisão do TPI por crimes de guerra, em teoria, obriga as autoridade do país africano, que é signatário do Tribunal, a prendê-lo. Apesar de o Brasil também ser signatário, Lula afirmou em setembro que Putin não será preso no país.

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Outro assunto que será pautado pela gestão brasileira é o da governança global. Lula tem criticado a baixa influência e a formação do Conselho de Segurança da ONU na mediação de conflitos internacionais, além de ter defendido que instituições multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, deem prioridade às necessidades das nações em desenvolvimento, sobretudo na área de infraestrutura, e estudem formas de renegociação de dívidas de países em dificuldades.

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Haddad diz que PIB “surpreendeu” e mantém projeção de crescimento de 3%

Após a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (5/11) que o resultado “surpreendeu” ao mostrar crescimento e reafirmou a estimativa, divulgada em novembro pela Secretaria de Política Econômica, de que a economia vai crescer 3% neste ano.

O desempenho do terceiro trimestre contrariou a expectativa da maioria dos analistas de mercado, que esperavam por uma queda de 0,3%. “Nós tivemos um PIB positivo, mas fraco, mas com os cortes nas taxas de juros, nós esperamos que neste ano nós fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem”, declarou.

Haddad disse ainda que “o Banco Central precisa fazer o trabalho dele”, para que o cenário se concretize, em uma alusão ao processo de corte da taxa básica de juros (Selic). O início do ciclo do corte de juros teve início em agosto, desde então foram três cortes consecutivos, fazendo com que a taxa chegasse em 12,25% ao ano – o menor patamar desde maio de 2022. O mercado estima ainda nova redução neste mês, para que a Selic termine em 11,75% ao ano.

“Quero alertar para o seguinte, a taxa de juros real no Brasil atingiu seu patamar mais alto em meados de junho, então foi pior momento da taxa de juros em termos reais, ou seja, a taxa de juros descontada a inflação”, comentou o ministro.

O chefe da equipe econômica também comentou sobre a participação da comitiva brasileira na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a COP 28. Segundo ele, a Arábia Saudita confirmaram a intenção de investir no Brasil. “Eles fizeram um aporte grande de recursos na exploração de minerais críticos, e agora reconfirmaram que vai atingir US$ 10 bilhões de investimentos em empresas e projetos de infraestrutura no Brasil”, destacou Haddad, que disse esperar ainda uma nova rodada de investimentos industriais da Alemanha no Brasil.

O ministro definiu que o “sucesso econômico” do país depende ainda do compromisso com a preservação da floresta. “Para nós crescermos, nós precisamos continuar investindo em energia limpa, energia eólica, solar, hidrogênio, e a expectativa da Europa em relação ao Brasil como exportador de energia limpa é muito grande. O Brasil é parte da solução dos problemas que o mundo está enfrentando”, finalizou.

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BNDES firma parceria com banco alemão para projetos de sustentabilidade no Brasil

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou dois contratos com o banco de desenvolvimento alemão KfW (Kreditanstalt für Wiederaufbau) nesta segunda-feira (4/12), em Berlim. Os acordos prevêem um investimento total de R$ 611,3 milhões para projetos de mobilidade urbana sustentável e restauração ecológica no Brasil.

Parte do valor captado pelo BNDES será doado pelo banco alemão, enquanto que 100 milhões de euros (cerca de R$ 535 milhões) serão concedidos por meio de empréstimo ao país. Assinaram os acordos o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante e a diretora do KfW, responsável pelo financiamento internacional, Christiane Laibach. Também esteve presente no encontro, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Os valores serão destinados para o Programa de Proteção Climática Sustentável no Brasil – Mobilidade, que foi criado com o intuito de viabilizar e impulsionar investimentos baseados em inovação e sustentabilidade no transporte público das grandes cidades do país, com a possibilidade, ainda, de refinanciamento de empréstimos previamente concedidos a diferentes entidades, públicas ou privadas, de acordo com o BNDES.

Para Mercadante, a destinação dos recursos ao transporte público reflete não apenas uma visão de longo prazo do banco, mas também um compromisso com o bem-estar das comunidades e o desenvolvimento sustentável do Brasil. “Por meio desses investimentos, o Banco reafirma seu papel como agente de transformação, impulsionando positivamente a infraestrutura nas regiões metropolitanas do país”, afirmou o presidente.

É a segunda vez que o BNDES firma uma parceria com o banco alemão no setor de mobilidade urbana. Há oito anos, em 2015, as duas instituições fecharam um acordo de financiamento no valor de 265 milhões de euros, para obras como o Metrô de Salvador, na Bahia, e o VLT no Rio de Janeiro.

*Estagiário sob a supervisão de Renato Souza

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