Ranking da CNT mostra as 10 estradas mais perigosas do Brasil

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, nesta quarta-feira (13/12), o Guia CNT de Segurança nas Rodovias 2024, em que consta o ranking dos 10 trechos mais perigosos segundo o número de mortes a cada 10 km. Na análise, cerca de 60 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais, e em primeiro lugar entre as 10 mais perigosas está a BR-101, em Santa Catarina, com 529 acidentes e 16 mortes. Os números do estudo se referem a novembro de 2022 a outubro de 2023.

De acordo com a CNT, a imprudência ao dirigir e o desrespeito às regras de trânsito e sinalização associados a uma má infraestrutura das estradas resultam em estatísticas preocupantes. A cada dia ocorrem, em média, 182 acidentes e 15 mortes apenas nas rodovias federais do país.

Além de identificar os trechos rodoviários mais perigosos, a CNT apresentou os principais tipos e causas de acidentes. Reação tardia ou ineficiente do condutor soma um total de 9.548 acidentes (14,3% do total). Como a principal causa de mortes mais recentes, estão: transitar na contramão, com um total de 866 ocorrências (15,7% do total).

Essa análise é resultado da pesquisa CNT de rodovias em 2023 e dos dados mais recentes de ocorrência de acidentes disponibilizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Leia o estudo na íntegra neste link.

Veja o ranking das 10 estradas mais perigosas do Brasil divulgado pela CNT

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

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Ranking da CNT mostra as 10 estradas mais perigosas do Brasil

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, nesta quarta-feira (13/12), o Guia CNT de Segurança nas Rodovias 2024, em que consta o ranking dos 10 trechos mais perigosos segundo o número de mortes a cada 10 km. Na análise, cerca de 60 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais, e em primeiro lugar entre as 10 mais perigosas está a BR-101, em Santa Catarina, com 529 acidentes e 16 mortes. Os números do estudo se referem a novembro de 2022 a outubro de 2023.

De acordo com a CNT, a imprudência ao dirigir e o desrespeito às regras de trânsito e sinalização associados a uma má infraestrutura das estradas resultam em estatísticas preocupantes. A cada dia ocorrem, em média, 182 acidentes e 15 mortes apenas nas rodovias federais do país.

Além de identificar os trechos rodoviários mais perigosos, a CNT apresentou os principais tipos e causas de acidentes. Reação tardia ou ineficiente do condutor soma um total de 9.548 acidentes (14,3% do total). Como a principal causa de mortes mais recentes, estão: transitar na contramão, com um total de 866 ocorrências (15,7% do total).

Essa análise é resultado da pesquisa CNT de rodovias em 2023 e dos dados mais recentes de ocorrência de acidentes disponibilizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Leia o estudo na íntegra neste link.

Veja o ranking das 10 estradas mais perigosas do Brasil divulgado pela CNT

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

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Como a estrutura do CT Time Brasil no Rio potencializa conquistas

Rio de Janeiro — O que os olhos não veem, o coração do brasileiro sente. Se a delegação verde-amarela alcançou as 21 medalhas nas Olimpíadas de Tóquio — a melhor marca desde a estreia na Antuérpia-1920 — e deu um upgrade ao recorde de pódios em Jogos Pan-Americanos, com as 205 condecorações em Santiago, é porque existe uma estrutura talvez desconhecida pela maioria das pessoas. A 225 dias da abertura da disputa de Paris-2024, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) reabriu as portas do Centro de Treinamento localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense para o Correio e prestou contas perante os resultados expressivos do último ciclo para cá.

“O alcance desses resultados é reflexo da evolução contínua da gestão”. A frase é de quem um dia alcançou panteão de protagonistas olímpicos. Ouro em Barcelona-1992, o ex-judoca Rogério Sampaio agora está do outro lado do balcão. Diretor-geral do COB, hoje, ele é o braço-direito daquele que outrora foi o sensei dele nos tatames: Paulo Wanderley. Juntos, são responsáveis por apostar nas diferentes modalidades e contribuir para a lapidação de talentos. E tudo isso passa pela fantástica fábrica de medalhas.

O Centro de Treinamento do Time Brasil é uma espécie de legado das Olimpíadas Rio-2016. O foco está na área de saúde do atleta, preparação esportiva e ciência e tecnologia. Envolve médicos, fisioterapeutas, massoterapeutas, nutricionistas, profissionais da bioquímica, psicologia e análise de desempenho. Boa parte da estrutura utilizada para a maior festa do esporte mundial na Cidade Maravilhosa não foi apenas mantida, como aprimorada.

Isso significa um atendimento a 44 modalidades — a versão parisiense dos Jogos, por exemplo, terá 48 — sem contar com os serviços de prevenção e tratamento de lesões, além de análises clínicas, laboratoriais e suporte psicológico. A iniciativa lançada em 2017 leva a crer que o plano olímpico está coberto. Em 2023, foram 529 atletas, 156 comissões técnicas atendidas e 33 Confederações atendidas pelos serviços do CT Time Brasil.

Um dos espaços de reabilitação e regeneração à disposição dos atletas

A reportagem esteve no CT do Time Brasil, mesmo local no qual fica localizado o Parque Aquático Maria Lenk, em 2 de fevereiro. Trezentos e quinze dias se passaram desde a última visita. Se o cenário naquele período era considerado animador para quem anda pelos corredores do COB, atletas, comissões técnicas e demais envolvidos, agora é como se tivesse chegado um novo estoque da terceira dose de otimismo. Durante o tour pelas instalações na Barra da Tijuca, foram apresentadas melhorias.

Se antes a maioria dos ambientes separado, a menos de um ano do início da jornada na Cidade Luz, parte das instalações passaram por processo de integração. Ou seja, além de deixar espaços mais harmônicos, possibilita que os profissionais das diferentes achas interajam sobre desempenho e saúde dos atletas. Um dos cômodos novinhos em folha da casa do esporte olímpico é a academia. Esqueça as paredes e pilares que “engessavam” o ambiente. Agora, tudo está unificado e com mais cara de Brasil (confira o antes e depois nas imagens). Destaque para o espaço multi-uso para lutas. A arquitetura adotada pelo COB permite monta-desmonta tanto para judo quanto para taekwondo, por exemplo.

A piscina do Maria Lenk também não é exclusiva da natação e dos saltos ornamentais. As águas cariocas são as “pistas” de atletas da canoagem slalom. Para o diretor de desenvolvimento esportivo do COB, Kenji Saito, incentivar canoístas a treinar na piscina é comparado a corredores que trocam as esteiras pelas pistas. Mas as análises e constatações dos personagens do backstage do esporte brasileiro não são baseadas em achismos e, sim, em estudos. Para isso existe o Laboratório Olímpico.

Como era a academia do CT Time Brasil em fevereiro de 2023

Como está a academia do CT Time Brasil em dezembro de 2023

O objetivo dessa oficina do esporte é disponibilizar informações relevantes e precisas para treinadores e comissões e, consequentemente, agregar ao desenvolvimento do atleta, tanto em treinamento quanto em competições. Para o COB, o trunfo do projeto é atender às especificidades de cada modalidade e deslocar-se aos centros de treinamentos dos clubes dos atletas espalhados pelo Brasil, a partir do fornecimento de tecnologias portáteis.

Melhorias animas os atletas e os feedbacks positivos aumentam a confiança do COB por ciclos ainda mais vitoriosos. “Quando há planejamento, o dinheiro é mais bem gasto e o resultado aparece. Espero que Paris, como foi no Pan de Santiago em relação à Lima-2019, queremos mais do que foi em Tóquio”, ressalta Rogério Sampaio.

“A ideia é que a estrutura seja um pedaço auxiliar na performance. Às vezes passa despercebido e não entendemos porque aquele atleta performa melhor naquele lugar e não em outro. Identificamos espaços potenciais para transformá-los em áreas adequadas para treinamentos. O mesmo ambiente pode atender várias modalidades, fazemos com que haja rotação e a estrutura sempre utilizada”, comenta a ex-judoca e gerente de infraestrutura da entidade, Daniela Polzin.

Espaço exclusivo da ginástica é considerado um dos principais do mundo

Como a estrutura do CT Time Brasil no Rio potencializa conquistas

Rio de Janeiro — O que os olhos não veem, o coração do brasileiro sente. Se a delegação verde-amarela alcançou as 21 medalhas nas Olimpíadas de Tóquio — a melhor marca desde a estreia na Antuérpia-1920 — e deu um upgrade ao recorde de pódios em Jogos Pan-Americanos, com as 205 condecorações em Santiago, é porque existe uma estrutura talvez desconhecida pela maioria das pessoas. A 225 dias da abertura da disputa de Paris-2024, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) reabriu as portas do Centro de Treinamento localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense para o Correio e prestou contas perante os resultados expressivos do último ciclo para cá.

“O alcance desses resultados é reflexo da evolução contínua da gestão”. A frase é de quem um dia alcançou panteão de protagonistas olímpicos. Ouro em Barcelona-1992, o ex-judoca Rogério Sampaio agora está do outro lado do balcão. Diretor-geral do COB, hoje, ele é o braço-direito daquele que outrora foi o sensei dele nos tatames: Paulo Wanderley. Juntos, são responsáveis por apostar nas diferentes modalidades e contribuir para a lapidação de talentos. E tudo isso passa pela fantástica fábrica de medalhas.

O Centro de Treinamento do Time Brasil é uma espécie de legado das Olimpíadas Rio-2016. O foco está na área de saúde do atleta, preparação esportiva e ciência e tecnologia. Envolve médicos, fisioterapeutas, massoterapeutas, nutricionistas, profissionais da bioquímica, psicologia e análise de desempenho. Boa parte da estrutura utilizada para a maior festa do esporte mundial na Cidade Maravilhosa não foi apenas mantida, como aprimorada.

Isso significa um atendimento a 44 modalidades — a versão parisiense dos Jogos, por exemplo, terá 48 — sem contar com os serviços de prevenção e tratamento de lesões, além de análises clínicas, laboratoriais e suporte psicológico. A iniciativa lançada em 2017 leva a crer que o plano olímpico está coberto. Em 2023, foram 529 atletas, 156 comissões técnicas atendidas e 33 Confederações atendidas pelos serviços do CT Time Brasil.

Um dos espaços de reabilitação e regeneração à disposição dos atletas

A reportagem esteve no CT do Time Brasil, mesmo local no qual fica localizado o Parque Aquático Maria Lenk, em 2 de fevereiro. Trezentos e quinze dias se passaram desde a última visita. Se o cenário naquele período era considerado animador para quem anda pelos corredores do COB, atletas, comissões técnicas e demais envolvidos, agora é como se tivesse chegado um novo estoque da terceira dose de otimismo. Durante o tour pelas instalações na Barra da Tijuca, foram apresentadas melhorias.

Se antes a maioria dos ambientes separado, a menos de um ano do início da jornada na Cidade Luz, parte das instalações passaram por processo de integração. Ou seja, além de deixar espaços mais harmônicos, possibilita que os profissionais das diferentes achas interajam sobre desempenho e saúde dos atletas. Um dos cômodos novinhos em folha da casa do esporte olímpico é a academia. Esqueça as paredes e pilares que “engessavam” o ambiente. Agora, tudo está unificado e com mais cara de Brasil (confira o antes e depois nas imagens). Destaque para o espaço multi-uso para lutas. A arquitetura adotada pelo COB permite monta-desmonta tanto para judo quanto para taekwondo, por exemplo.

A piscina do Maria Lenk também não é exclusiva da natação e dos saltos ornamentais. As águas cariocas são as “pistas” de atletas da canoagem slalom. Para o diretor de desenvolvimento esportivo do COB, Kenji Saito, incentivar canoístas a treinar na piscina é comparado a corredores que trocam as esteiras pelas pistas. Mas as análises e constatações dos personagens do backstage do esporte brasileiro não são baseadas em achismos e, sim, em estudos. Para isso existe o Laboratório Olímpico.

Como era a academia do CT Time Brasil em fevereiro de 2023

Como está a academia do CT Time Brasil em dezembro de 2023

O objetivo dessa oficina do esporte é disponibilizar informações relevantes e precisas para treinadores e comissões e, consequentemente, agregar ao desenvolvimento do atleta, tanto em treinamento quanto em competições. Para o COB, o trunfo do projeto é atender às especificidades de cada modalidade e deslocar-se aos centros de treinamentos dos clubes dos atletas espalhados pelo Brasil, a partir do fornecimento de tecnologias portáteis.

Melhorias animas os atletas e os feedbacks positivos aumentam a confiança do COB por ciclos ainda mais vitoriosos. “Quando há planejamento, o dinheiro é mais bem gasto e o resultado aparece. Espero que Paris, como foi no Pan de Santiago em relação à Lima-2019, queremos mais do que foi em Tóquio”, ressalta Rogério Sampaio.

“A ideia é que a estrutura seja um pedaço auxiliar na performance. Às vezes passa despercebido e não entendemos porque aquele atleta performa melhor naquele lugar e não em outro. Identificamos espaços potenciais para transformá-los em áreas adequadas para treinamentos. O mesmo ambiente pode atender várias modalidades, fazemos com que haja rotação e a estrutura sempre utilizada”, comenta a ex-judoca e gerente de infraestrutura da entidade, Daniela Polzin.

Espaço exclusivo da ginástica é considerado um dos principais do mundo

Turismo quer fortalecer atividades ecológicas e internacionalizar Brasília

O setor turístico de Brasília passou por uma retomada e teve saldo positivo ao final de 2023. A avaliação é do secretário do Turismo, Cristiano Araújo, que detalhou ao CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — os esforços feitos para ampliar a internacionalização das rotas aéreas e também melhorar a infraestrutura para o ecoturismo em trilhas e cachoeiras, atividades que foram mais procuradas a partir da pandemia. Em entrevista aos jornalistas Sibele Negromonte e Samuel Calado, o representante da secretaria também comenta sobre a reabertura do Salão Nacional do Turismo, evento para toda população que chega ao DF pela primeira vez na próxima sexta-feira.

Cristiano Araújo conclui que, neste ano, Brasília se fortaleceu como cidade turística. “Foi um ano extremamente positivo para a secretaria de turismo e para Brasília. Isso não sou eu quem diz, mas sim os números de arrecadação de impostos e de geração de empregos. Toda essa base que sofreu muito na pandemia, está se recuperando e revestindo”, explicita.

Dentre as áreas de maior interesse do público, o secretário destaca o ecoturismo, com práticas esportivas e de lazer ao ar livre, aproveitando os espaços verdes e cachoeiras. “De uma maneira geral, o ecoturismo em Brasília cresce demais. Temos empresas especializadas em fazer essas caminhadas em cachoeiras. Nós temos as vinícolas. Então, é grande a riqueza”. Mesmo assim, ressalta, a área ainda precisa de cuidados, “nossa ideia é justamente criar infraestrutura para receber esse turismo, não adianta o turista ir numa cachoeira se ela não está sinalizada. Hoje estamos caminhando em relação a isso”, acrescenta.

A secretaria de Turismo também almeja angariar o público que passa pelo Aeroporto Internacional de Brasília, que hoje tem conexões com todos os estados do Brasil, além de regiões fora do país. “Na parte internacional, nós conseguimos alguns voos para Lima, no Peru, para Argentina, na semana passada, mais voos diários para Miami e estamos negociando para trazer algum voo para parte do Chile, pensando na alta temporada”, planeja.

*Estagiário sob supervisão de Márcia Machado

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Cachorro-vinagre Rondon deixa Zoo de Brasília rumo a São Paulo

Um dos moradores ilustres se despediu do Zoológico de Brasília nesta terça-feira (12/12). O cachorro-vinagre Rondon partiu rumo ao zoológico de São Paulo, para contribuir com os programas de reprodução da espécie.

Zoo de Brasília recebe cachorro-vinagre, espécie ameaçada de extinção

O animal foi resgatado em junho de 2022, em Rondonópolis (MT), pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Mato Grosso (Sema-MT), em colaboração com a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab). Desde então, Rondon tornou-se um símbolo da dedicação à preservação da fauna brasileira. O cachorro-vinagre é uma espécie ameaçada, razão pela qual sua transferência para o Zoológico de São Paulo é estratégica, visando contribuir para os esforços de conservação e possível reprodução da espécie.

O resgate de Rondon ocorreu como parte de uma operação conjunta entre a Sema-MT e a Azab, que agiram rapidamente para garantir o bem-estar do animal. Após o resgate, Rondon foi encaminhado para o Zoológico de Brasília, onde recebeu tratamento veterinário especializado, além de uma atenção dedicada para se adaptar ao novo ambiente.

O diretor de Mamíferos do Zoológico de Brasília, Leandro Drigo, disse que a expectativa é que, no novo lar, Rondon tenha a oportunidade de contribuir para os programas de reprodução desempenhando um papel fundamental na preservação dessa rara e ameaçada espécie de cachorro-vinagre.

O animal foi embarcado em um voo direto que partiu de Brasília às 16h05 (hora local) e pousou em São Paulo/Guarulhos às 17h45 (hora local). Nos próximos dias, o animal deve passar por um processo de adaptação antes de ser introduzido ao novo lar.

*Com informações da Fundação Jardim Zoológico de Brasília

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Fim do home office e revisão de cargos e contratos públicos: como foi o 1º dia de trabalho de Javier Milei

O presidente da Argentina, Javier Milei, determinou o fim do home office no funcionalismo público e uma revisão nos cargos e contratos do governo.

Nesta segunda (11), Milei fez a primeira reunião com os seus nove ministros. Ele foi empossado no cargo no domingo (10).

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Na reunião, que aconteceu na Casa Rosada, a sede do governo, Milei ordenou que os ministros adotem uma exigência de trabalho 100% presencial a todos os membros de suas pastas.

O presidente, segundo sua vice, Victoria Villaruel, também pediu um “inventário geral” de todos os funcionários públicos e cargos comissionados, além de um levantamento de todos os contratos vigentes nos ministérios.

Os anúncios geraram no país o temor de demissões e destituições em massa no funcionalismo público ao longo do dia, segundo a imprensa local.

A maior expectativa para o início do governo de Milei, no entanto, acontecerá nesta terça-feira (12), quando seu ministro de Economia tem previsto anunciar os ajustes fiscais da nova gestão.

A imprensa do país avalia que o anúncio possa ser não só de um pacote, mas de todo o plano de ajustes do governo de Milei, que, no discurso de posse, falou que “não temos dinheiro (no governo)” e pediu que a população se prepare para tempos difíceis em um primeiro momento.

Cachorros no bastão presidencial

Um detalhe da cerimônia de posse do presidente da Argentina, Javier Milei, neste domingo (10), não passou despercebido: o bastão presidencial do novo líder argentino tem esculpidos os rostos de seus cachorros clonados.

A passagem de bastão é uma tradição da Argentina, importada da Espanha, que marca a passagem democrática de poder. Na cerimônia deste domingo, o bastão já com a imagem dos animais esculpidos foi entregue pelo agora ex-presidente Alberto Fernández a Milei.

Além dos rostos, o nome dos pets do líder argentino – todos homenagens a economistas liberais – também foram colocados no bastão.

Fã de cachorros, Milei considera seus animais de estimação – quatro deles clones do primeiro – seus conselheiros. Segundo pessoas próximas, o presidente argentino diz se comunicar com Conan, o cachorro original, por meio de uma médium que faria “comunicação interespécies”.

O detalhe chamou a atenção de fotógrafos especialmente depois de Cristina Kirchner, a ex-vice de Fernández, notar os desenhos e rir na sequência.

Corte de ministérios pela metade

Também neste domingo, Javier Milei já assinou o primeiro decreto de sua gestão. A medida reduz o número de ministérios do país a nove, a metade do que tinha seu antecessor, o agora ex-presidente Alberto Fernández.

O governo do ultraliberal terá, assim, as seguintes pastas:

Ministério de Interior;

Ministério de Relações Exteriores;

Ministério de Comercio Internacional e Culto;

Ministério da Defesa;

Ministério da Economia;

Ministério de Infraestrutura;

Ministério da Justiça;

Ministério de Segurança;

Ministério da Saúde e Capital Humano.

Segundo Milei, a medida é a primeira para cortar gastos públicos, uma das bandeiras que ele levantou durante discurso neste domingo.

“Não existe solução sem atacar o déficit fiscal. A solução implica um ajuste no setor público, que cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado”, disse.

“Não existe solução sem atacar o déficit fiscal. A solução implica um ajuste no setor público, que cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado”, disse.

Milei afirmou que, no curto prazo, a situação deve piorar até que as primeiras medidas comecem a dar resultado. E reiterou que o governo não tem dinheiro: “Lamentavelmente tenho que dizer, ‘no hay plata'”.

“Isso impactará de modo negativo a atividade, o emprego, a quantidade de pobres e indigentes. Haverá estagflação [situação em que há estagnação da economia e inflação alta], mas é algo muito diferente do que tivemos nos últimos 12 anos. Será o último gole amargo para começar a reconstruir a Argentina”, disse.

“Não será fácil: cem anos de fracasso não se desfazem num dia, mas um dia começa, e hoje é esse dia.”

O presidente argentino discursou nas escadarias do Congresso, para seus eleitores. É uma quebra de protocolo, porque normalmente esse discurso ocorre dentro do parlamento.

Mais tarde, já na Casa Rosada, falou ao público de novo e disse que sua eleição representa “o fim da noite populista e o renascer da Argentina próspera e liberal”.

Entre as autoridades que participaram da posse estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O presidente Lula não foi a Buenos Aires e mandou seu chanceler, Mauro Vieira, como representante do Brasil.

Veja abaixo frases do discurso de posse no Congresso:

Hoje começa uma nova era na Argentina.

Damos por terminada uma longa e triste história de decadência e começamos o caminho da reconstrução do país.

Hoje enterramos décadas de fracasso.

Nossos líderes decidiram abandonar um modelo que nos havia deixado ricos e abraçaram as ideias empobrecedoras dos coletivismo, um modelo que só gera pobreza.

Assim como a queda do Muro de Berlim marcou o fim de uma época trágica para o mundo, essas eleições marcaram o ponto de quebra para a nossa história.

Sabemos que no curto prazo a situação vai piorar.

Na área de segurança, a Argentina se converteu em um banho de sangue. O narcotráfico se apoderou das nossas ruas.

A única forma de sair da pobreza é com mais liberdade.

Inflação

Milei também mencionou a elevada inflação, acima de 140% ao ano, e atribuiu a culpa aos governos peronistas. Antes de Alberto Fernández, que deixa o cargo agora, quem governou foi Mauricio Macri, que é de direita e aliado de Milei. Antes de Macri, Cristina Kirchner

“Arruinaram a nossa vida e fizeram cair dez vezes os nossos salários. Portanto, não deveria surpreender que estejam deixando 45% de pobres e 10% de indigentes.”

“Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno. Não há retorno. Hoje enterramos décadas de fracassos e disputas sem sentido. Brigas que só conseguiram destruir o nosso país e nos deixar em ruínas. Hoje começa uma nova era na Argentina, de paz e prosperidade”, afirmou.

ONG suspeita de superfaturamento contratada por ministério de Damares pagou R$ 299,90 em bolas de futebol vendidas a R$ 60, diz CGU

Uma ONG contratada pelo Ministério dos Direitos Humanos no governo passado fez compras com suspeita de superfaturamento de bolas de basquete, futsal, goalball e apitos, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU). A auditoria identificou ainda que os kits com o material foram entregues em escolas do interior do país que não têm espaços destinados à prática de esporte.

De acordo com o relatório, o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 1,2 milhão, em aquisições realizadas entre fevereiro e agosto de 2022.

Procurado, o Ministério dos Direitos Humanos afirmou que notificou a ONG a apresentar a prestação de contas e suspendeu o pagamento das parcelas restantes. Segundo o órgão de controle, a pasta “tomou providências cabíveis para saneamento e correção dos problemas apontados”.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), à frente do ministério quando o convênio foi fechado, não se manifestou.

O convênio com a ONG Idecace foi fechado em 2021, ainda na gestão de Jair Bolsonaro, mas a parceria com a União segue ativa no governo Lula. O acordo tem valor total de R$ 19,2 milhões.

As compras que estão sob investigação foram realizadas em pequenos comércios e não em empresas de médio e grande porte, modalidade mais frequente em aquisições realizadas pelo governo federal.

De acordo com a CGU, o maior indício de superfaturamento foi verificado na aquisição de bolas de goalball, esporte paralímpico praticado por deficientes visuais. O preço de referência, segundo a CGU, é R$ 60, mas a ONG pagou R$ 299,90 (cinco vezes mais).

O GLOBO visitou quatro lojas em Brasília que atuaram como fornecedoras. Em uma delas, a ONG comprou R$ 2,4 milhões em material esportivo, dos quais R$ 902,5 mil foram superfaturados, segundo a CGU.

Na loja, cada uma das 705 bolas de basquete, que no mercado custam R$ 63,90, foram adquiridas por R$ 129,90, por exemplo. A CGU mensura o valor do superfaturamento por meio da comparação de compras feitas pela União dos mesmos itens, em processos recentes.

Procurada, a ONG afirmou que tem o “compromisso de esclarecer e corrigir qualquer eventual irregularidade” e que os kits esportivos enviados são “adequados para o esporte de iniciação e podem ser ajustados de acordo com o perfil da escola e região”.

Para a CGU, as pesquisas de preços apresentadas pela ONG continham “vários indícios de fraude, notadamente na simulação de propostas”. Ainda de acordo com o órgão de controle, o Ministério dos Direitos Humanos poderia ter “evitado ou mitigado” as irregularidades se “tivesse analisado de forma pormenorizada os preços propostos” na hora de assinar o contrato.

Além das compras acima dos preços de mercado, parte do material foi enviado a locais sem estrutura para usá-los. No final de julho do ano passado, um kit com bolas de basquete, futsal, redes e apitos foram entregues na escola municipal Marcella Couto Cabral, em Barrolândia (TO).

O colégio não tem qualquer espaço esportivo. Das 161 quadras contempladas pelo projeto, todas no Tocantins, menos da metade contava com quadra esportiva.

“Os materiais esportivos distribuídos a essas instituições de ensino deveriam levar em consideração a ausência de quadras esportivas, porém não foi o que ocorreu. A equipe de auditoria constatou in loco esta irregularidade, ao visitar escolas sem quadra e ao encontrar parte desse material armazenado, sem uso”, acrescentaram os técnicos da CGU.

ONG suspeita de superfaturamento contratada por ministério de Damares pagou R$ 299,90 em bolas de futebol vendidas a R$ 60, diz CGU

Uma ONG contratada pelo Ministério dos Direitos Humanos no governo passado fez compras com suspeita de superfaturamento de bolas de basquete, futsal, goalball e apitos, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU). A auditoria identificou ainda que os kits com o material foram entregues em escolas do interior do país que não têm espaços destinados à prática de esporte.

De acordo com o relatório, o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 1,2 milhão, em aquisições realizadas entre fevereiro e agosto de 2022.

Procurado, o Ministério dos Direitos Humanos afirmou que notificou a ONG a apresentar a prestação de contas e suspendeu o pagamento das parcelas restantes. Segundo o órgão de controle, a pasta “tomou providências cabíveis para saneamento e correção dos problemas apontados”.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), à frente do ministério quando o convênio foi fechado, não se manifestou.

O convênio com a ONG Idecace foi fechado em 2021, ainda na gestão de Jair Bolsonaro, mas a parceria com a União segue ativa no governo Lula. O acordo tem valor total de R$ 19,2 milhões.

As compras que estão sob investigação foram realizadas em pequenos comércios e não em empresas de médio e grande porte, modalidade mais frequente em aquisições realizadas pelo governo federal.

De acordo com a CGU, o maior indício de superfaturamento foi verificado na aquisição de bolas de goalball, esporte paralímpico praticado por deficientes visuais. O preço de referência, segundo a CGU, é R$ 60, mas a ONG pagou R$ 299,90 (cinco vezes mais).

O GLOBO visitou quatro lojas em Brasília que atuaram como fornecedoras. Em uma delas, a ONG comprou R$ 2,4 milhões em material esportivo, dos quais R$ 902,5 mil foram superfaturados, segundo a CGU.

Na loja, cada uma das 705 bolas de basquete, que no mercado custam R$ 63,90, foram adquiridas por R$ 129,90, por exemplo. A CGU mensura o valor do superfaturamento por meio da comparação de compras feitas pela União dos mesmos itens, em processos recentes.

Procurada, a ONG afirmou que tem o “compromisso de esclarecer e corrigir qualquer eventual irregularidade” e que os kits esportivos enviados são “adequados para o esporte de iniciação e podem ser ajustados de acordo com o perfil da escola e região”.

Para a CGU, as pesquisas de preços apresentadas pela ONG continham “vários indícios de fraude, notadamente na simulação de propostas”. Ainda de acordo com o órgão de controle, o Ministério dos Direitos Humanos poderia ter “evitado ou mitigado” as irregularidades se “tivesse analisado de forma pormenorizada os preços propostos” na hora de assinar o contrato.

Além das compras acima dos preços de mercado, parte do material foi enviado a locais sem estrutura para usá-los. No final de julho do ano passado, um kit com bolas de basquete, futsal, redes e apitos foram entregues na escola municipal Marcella Couto Cabral, em Barrolândia (TO).

O colégio não tem qualquer espaço esportivo. Das 161 quadras contempladas pelo projeto, todas no Tocantins, menos da metade contava com quadra esportiva.

“Os materiais esportivos distribuídos a essas instituições de ensino deveriam levar em consideração a ausência de quadras esportivas, porém não foi o que ocorreu. A equipe de auditoria constatou in loco esta irregularidade, ao visitar escolas sem quadra e ao encontrar parte desse material armazenado, sem uso”, acrescentaram os técnicos da CGU.