“Brasil é parceiro estratégico fora da Ásia”, diz Alberto Ninio

O brasileiro Alberto Ninio, depois de 20 anos trabalhando no Banco Mundial, deixou o Ocidente para embarcar em um novo desafio em Pequim, na China, ao aceitar fazer parte de um novo projeto, que nasceu gigante: o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês).

Comandando a área jurídica do AIIB, é o único diretor brasileiro da instituição, e um dos três brasileiros que atuam em todo o banco, que tem a sede na capital chinesa. Em viagem ao Brasil, junto com o presidente do AIIB, Alberto Ninio conversou com o Correio e contou que o banco asiático tem cerca de R$ 75 bilhões no caixa para investimentos fora do continente e espera que o Brasil se torne um parceiro estratégico da instituição.

Com dinheiro no caixa e vontade de participar de investimentos no Brasil, o AIIB está pronto para financiar obras do PAC e projetos de energia limpa. Duas iniciativas que estão em discussão com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) podem significar uma injeção de R$ 2,5 bilhões (US$500 milhões) na instituição brasileira de fomento.

A diretoria do banco, que esteve em São Paulo para as reuniões do G20, deve fazer um giro pelo país antes de voltar para Pequim e se encontrar com autoridades brasileiras, incluindo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes (PSD).

O AIIB é o segundo maior banco multilateral do mundo. O que vocês têm de diferente?

Temos o DNA dos bancos multilaterais que a gente conhece, como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe). Mas o AIIB é de uma safra mais jovem, ele nasceu em 2015, no mesmo ano do Banco dos Brics (New Development Bank), e é um banco focado na infraestrutura, na conectividade com a Ásia. Mas nasceu com um capital bastante robusto, de US$ 100 bilhões, é o segundo maior banco em termos de capital (o Banco Mundial é o primeiro). É também o segundo maior em número de membros: tem 109 países-membros hoje e o Brasil é um membro fundador. Nosso banco tem foco em infraestrutura e conectividade, dentro da Ásia, mas também com a África, América Latina e Europa, fazendo a conectividade com a Ásia.

O Brasil pode pegar dinheiro emprestado?

O Brasil é um sócio-fundador, ele pode tomar recursos do banco, da mesma forma que toma recursos do BID e do Banco Mundial. É um sócio pleno, tem direito a voto e pode receber recursos, sim. A gente é uma mistura de banco que faz negócios com o setor público e com o setor privado. Nós investimos no foco de infraestrutura e temos três pilares. O primeiro é a economia verde e as mudanças climáticas, o segundo pilar é conectividade na Ásia e com a Ásia, e o terceiro pilar é o desenvolvimento do setor privado.

Onde estão os projetos do AIIB no Brasil?

A gente ainda tem ainda poucos projetos por aqui, mas com base na plataforma de infraestrutura na linha do setor privado. A gente tem um projeto com Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que é um banco público, que foi feito durante a época da pandemia, centrado na cadeia de produção em Minas com foco na Ásia; e temos dois projetos em fundos de investimento em infraestrutura. Um é o fundo privado de investimento em infraestrutura baseado no Rio de Janeiro, e o outro é com um fundo de investimento privado gerido pelo Banco BTG Pactual.

E quanto o AIIB pode emprestar ao país?

Hoje nós temos investidos US$ 350 milhões de dólares: o BDMG são US$ 100 milhões, BTG recebeu US$ 200 milhões e o fundo 20, US$ 50 milhões. Nós temos uma destinação estratégica que até 15% do capital do banco pode ser investimento fora da Ásia, ou seja, estamos falando de US$ 15 bilhões de dólares do capital total de US$ 100 bilhões. Mas se você juntar tudo que nós já investimos fora da Ásia, não só no Brasil, a gente não chega nem perto disso, porque é um banco ainda muito novo. Então ainda tem muito espaço no banco para investir no Brasil.

O banco pretende financiar o PAC?

Perfeitamente, acho que isso cabe exatamente dentro dos nossos três pilares de hoje. Nossas diretrizes guardam uma correlação com os interesses brasileiros. Investimento, infraestrutura, investimento via setor privado, investimento na economia verde. Tem muita coisa dentro do PAC que cabe nisso, só para te dar alguns exemplos do que seriam projetos que teriam uma conexão importante com a estratégia do AIIB e a estratégia do governo brasileiro, número um é a transição energética, a energia eólica, a energia solar; segundo a situação do nosso setor de infraestrutura, a questão de portos, aeroportos, ferrovias, tudo isso poderia se beneficiar de recursos do banco, porque encontra um encaixe muito importante com a conectividade com a Ásia e também com a transição energética.

E dos US$ 15 bilhões, quanto pode ser destinado ao PAC?

Da nossa parte, não existe um teto, não existe um número. O Brasil é um país elegível, a gente vê projeto por projeto, se for um projeto que corresponda na análise financeira, na análise socioeconômica e na análise de impacto ambiental, são projetos perfeitamente elegíveis, para financiamento do banco, sendo ou não encaixados dentro do PAC.

O governo brasileiro organizou a sua agenda de infraestrutura dessa forma e nós estamos indo a Brasília. O presidente do banco visitará Brasília amanhã e terça-feira, justamente para se aprofundar no diálogo e conhecer as necessidades do Brasil para tentar transformar esse diálogo em parceria.

É possível uma parceria com o BNDES?

Isso já está em construção, existem dois projetos sendo preparados com o BNDES. Um com a garantia do governo federal e outro sem a garantia do governo federal, que é justamente um fundo de investimento para o financiamento da infraestrutura brasileira. Então nós estaremos com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ainda na terça-feira. Vamos não apenas aprofundar essas conversas nesses dois projetos já identificados, mas também fazer um memorando de entendimento, pois a gente quer ter uma relação realmente mais institucional com o BNDES.

E qual será o aporte?

Com o BNDES está se discutindo a possibilidade de US$ 500 milhões de dólares, nos dois projetos. Ainda está cedo para dizer o que seria um, o que seria outro, isso a gente vai conversar na semana que vem. De resto, existe essa predisposição muito positiva das duas organizações trabalharem juntas. O BNDES já enviou uma missão para Pequim no ano passado, agora a gente está retribuindo.

Cerca de R$ 2,5 bilhões? Esses investimentos podem ser a fundo perdido, em inovação, em energia verde?

O valor é esse, quanto aos projetos, o BNDES tem muito daquilo que se encaixa com os nossos três pilares, mas ainda estamos no desenho do conceito, agora que a gente vai se aprofundar nos detalhes. Estamos muito confiantes nessa parceria com o BNDES, que deve se aprofundar e seguir em frente.

Além do BNDES, onde mais o AIIB pode estar no PAC?

O banco aposta em ampliar a atuação no Brasil?

Sendo do PAC ou fora do PAC, o que se encaixar com os três pilares, seja do setor privado, seja do setor público, na área de infraestrutura, nós estaremos dispostos a dialogar nesse sentido.

Existe realmente o interesse do banco, que vê o Brasil como um parceiro estratégico fora da Ásia. Não há dúvida, pelo tamanho do Brasil, pelo posicionamento do Brasil, pela sua conectividade com a Ásia, então é um ponto pacífico que há interesse do banco em aprofundar esses laços.

Participamos do diálogo nessa reunião do G20, em São Paulo, sobre a melhoria e a reforma do sistema de bancos multilaterais. Ver os bancos multilaterais como um sistema, fazê-los maiores, melhores e mais eficientes, trabalhando de uma maneira mais rápida para que o recurso chegue mais cedo na ponta.

O AIIB é como um banco público? Quais são os cuidados?

Temos certos cuidados, como banco público, com recursos públicos, que nós tomamos, mas temos uma margem de risco, pois lidamos também com o setor privado. Temos regras que nos permitem tomar certos riscos, mas são limitados. Por exemplo, a gente não investe mais de 30% do valor total de um projeto. Também fazemos a diligência ambiental, que segue os padrões ambientais do banco, são padrões socioambientais para o investimento, o nosso ESG. Além disso, o recurso que é auferido das operações se reverte em novas operações, porque é um banco sem fins lucrativos.

O governo chinês comanda o banco?

Respondendo diretamente a sua questão, a China não tem o poder estatutário, pelo percentual que ela detém, de bloquear ou de impor projetos. Mas a China tem seus 26%, a Europa tem 22%, mas o que nós temos hoje é uma governança para equilibrar essa percepção, principalmente em momentos de tensão geopolítica como a gente vive, que se equipara a outros bancos multilaterais.

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Serra Pelada: Um destino sustentável com visão de futuro, inovação e desenvolvimento!

Em abril de 2023, a Associação Empresarial e Agropastoril de Curionópolis, onde se encontra o distrito de Serra Pelada, no estado do Pará, implantou de forma corajosa e futurista, a Câmara Empresarial de Turismo – CETUC em sua estrutura administrativa, com uma composição, que pinça associados advindos da cadeia produtiva de serviços, que abastecem a movimentação turística no município.

Esta iniciativa se deu em parceria com uma empresa mineradora que atua no território e que disponibilizou uma consultoria técnica para assessorar o empresariado local, no que tange às discussões necessárias a diversificação econômica naquele pequeno município, que por hora respira os benefícios da atividade mineradora, mas que tem um empresariado atento à necessidade de se planejar o futuro econômico!

De olho no turismo

De lá para cá, mensalmente tenho acompanhado presencialmente a evolução das discussões da Câmara Empresarial de Turismo da Associação Comercial de Curionópolis e fica nítida a compreensão de todos sobre o que tem representado a movimentação em torno da atividade turística nas últimas décadas, sendo o turismo visto como uma das mais promissoras atividades econômicas mundiais, geradora de postos de trabalho e de divisas.

Reunião Câmara Empresarial (Foto: CETUC)

O turismo gera atividades indiretas que atingem os mais variados setores da economia, desde a indústria até a agricultura. O setor de turismo é muito reconhecido por gerar empregos em variados segmentos e por demandar mão de obra intensivamente, sendo muitas vezes a porta de entrada de muitos trabalhadores para o mercado de trabalho, portanto, a atividade turística, é pauta para o setor empresarial.

É notório, que a atividade turística tem impactos econômicos positivos de fácil avaliação e mensuração. Provoca um aumento das receitas para quase todos os tipos de serviços, com um incremento direto na renda dos moradores.

Sobre Curionópolis e Serra Pelada

Curionópolis, hoje tem uma população de aproximadamente 19 mil habitantes e está localizado a 753 quilômetros da capital do Pará, Belém e está localizada bem ao lado da progressista Parauapebas na região de Carajás.

Hoje a economia local se consolida na geração de emprego dos projetos de mineração em implantação e de uma boa fatia do comercio local, onde é real uma significativa geração de empregos. O comercio se configura principalmente nos gêneros alimentícios, de vestuários, hotelaria, combustíveis e serviços diversos.

Ou seja, Curionópolis é uma cidade pacata, com um quotidiano rotineiro e que vê na atividade turística uma oportunidade de fomento, que contribui com a autoestima e com sentimento de pertencimento de suas belezas naturais, suas tradições e de seu ímpeto empreendedor, afinal por lá já é consenso, que o turismo “Resgata tradições culturais e identidade locais e valoriza o saber fazer”, de acordo com opiniões de moradores.

Cava principal de Serra Pelada, hoje inundada (Foto: Ubiraney Figueiredo)

Curionópolis percebe como seu maior atributo, o distrito de Serra Pelada, local, que foi palco da mais fascinante passagem sobre o garimpo no Brasil, onde uma legião de garimpeiros se arriscavam, com esforços dos mais rudimentares para tentar lucrar com uma pequena parte, das toneladas de ouro, que eram garimpadas na grande cava. Há relatos de que em 1983 a exploração alcançou uma produção estimada de mais de 17 toneladas de ouro, considerado o recorde da exploração em Serra Pelada.

Enfim, uma passagem intrigante, alarmante, emocional, desafiadora e muito instigante do desenvolvimento social e econômico daquela região, que merece ser revista, em um capítulo especial por aqui.

Vou tentar, em algum momento, resgatar essa passagem importante da história contemporânea do Brasil.

Um novo produto turístico

Por hora, voltemos ao brilhantismo da iniciativa da implantação da Câmara Empresarial de Turismo da Associação Comercial de Curionópolis, porque já se aproximando o primeiro aniversário de sua implantação, caminha a passos largos, firmando parcerias consistentes, que incluem, dentre outros atores o SEBRAE, vislumbrando apresentar em breve, o seu primeiro produto turístico para o mercado,

Este novo produto chegará com uma pegada socialmente responsável e confirmando que Serra Pelada, com todo o seu arcabouço histórico, social, econômico e emocional, será mostrado como um destino sustentável, no estado do Pará, que colaborará com a conservação ambiental, contribuindo com o acesso aos recursos naturais dentre outros atributos e vocações locais a futuras gerações.

Já dizia a Organização Mundial do Turismo, que “Os impactos socioculturais do turismo nas cidades de destino e na vida dos residentes são o resultado das relações sociais cultivadas durante a permanência dos turistas, cuja intensidade e duração dependem de fatores espaciais e temporais restritos (OMT, 2001)”.

A movimentação turística, consolida-se como atividade geradora de emprego, renda e desenvolvimento econômico, principalmente, em territórios, que apostam nesse ramo de atividade e realizam investimentos de todas as ordens, agregando capacitações profissionais, revitalizações tanto de áreas públicas quanto privadas, além da oferta de novas experiências.

A atividade turística é uma das mais importantes no setor econômico e da geração de emprego e renda, assim como a criação de novos negócios e aumento da produção de bens e serviços, uma vez que traz com ela, desenvolvimento às localidades, e possíveis melhorias na infraestrutura, trazendo benefícios aos turistas e promovendo a qualidade de vida das comunidades!

É inegável, que a atividade turística ordenada e bem planejada, tem uma oferta “democrática” de empregos, gera renda e oportunidades e fomenta o senso de pertencimento local e o desenvolvimento intelectual e econômico das comunidades!

Ainda é precoce falarmos de maneira mais profunda sobre este novo produto turístico, mas de fato, as decisões vêm sendo tomadas por lá!

Um relato consciente da empresária Iraídes

Vejam o que diz a empresária Iraídes Campos, que também é a atual Presidente da Associação Comercial de Curionópolis: “Como Presidente da Associação Comercial e Agroindustrial de Curionópolis (ACAC), vejo a criação da Câmara Empresarial de Turismo dentro da nossa estrutura como um passo estratégico e visionário.

Este movimento não é apenas uma aposta no turismo como vetor de desenvolvimento econômico, mas também um reconhecimento do potencial inexplorado de nossa região. A qualificação da cadeia produtiva local, em sintonia com a valorização das nossas potencialidades turísticas, reflete nosso compromisso com a sustentabilidade e a geração de oportunidades. Estamos diante de uma possibilidade real de transformar Curionópolis em um destino reconhecido pela sua oferta turística diferenciada e responsável, fomentando assim, não só o crescimento econômico, mas também a inclusão social e a preservação ambiental.

Cava principal de Serra Pelada (Foto: Ubiraney Figueiredo)

Além disso, não podemos esquecer o papel fundamental que a história e a cultura do garimpo desempenham em nosso município, especialmente em Serra Pelada. O legado econômico e social dessa era marcada pela força e determinação de nossos antepassados, constitui uma rica herança que pretendemos valorizar e compartilhar com o mundo.

Ao integrar a narrativa do garimpo à nossa proposta de turismo, reafirmamos a identidade única de Curionópolis e criamos uma conexão autêntica com visitantes em busca de experiências significativas. A ACAC está comprometida em liderar esse movimento, visando não apenas o engrandecimento econômico, mas também a preservação da nossa história e a promoção de um futuro mais próspero e sustentável para todos.”

Fantástico, concordam? Fico maravilhado, depois de tantos anos militando nos processos de desenvolvimento responsável do turismo no Brasil, ouvir o segmento empresarial ter tamanha clareza do seu fundamental papel neste processo.

Planejamento turístico é essencial

Dentre outras questões, essa percepção traz à tona a importância do planejamento turístico. Nada se transforma “da noite pro dia”, como se diz no bom mineirês!

Trata-se de um exercício de alinhar o trabalho dos diferentes atores ligados ao turismo, de forma a obter um conjunto integrado de ações que contribuam como o desenvolvimento e melhoria dos produtos e serviços turísticos e, consequentemente, melhore a qualidade de vida e aquece a economia local;

Por isso criar uma Câmara Empresarial de Turismo na estrutura da Associação Comercial de Curionópolis, foi uma tacada de mestre, uma vez que a própria entidade cuidou de se instrumentalizar para o desenvolvimento de uma nova matriz econômica, promovendo a gradativa diversificação na economia local.

O ponto positivo para a Câmara Empresarial de Turismo é que o Brasil só teve uma aventura social chamada Serra Pelada e ela está em Curionópolis. Já o contraponto está no fato de que a mesma Câmara Empresarial de Turismo não pode e não vai errar!

Entenda as Câmaras Empresariais

As Câmaras Empresariais são órgãos colegiados, consultivos, de apoio e intermediários nas representações, promoções e defesa dos interesses do desenvolvimento econômico local. Com estas ferramentas implementadas no meio comercial, ganham o setor dos meios de hospedagem, alimentos e bebidas, transporte, gastronomia típica, artesanato, setor cultural, dentre outros tantos.

Uma Câmara Empresarial de Turismo bem gerida é uma importante instituição que cumpre o objetivo de promover o turismo local e garantir o desenvolvimento sustentável do setor, contribuindo para a geração de emprego e renda e para a valorização da cultura e dos recursos naturais da região, que aliás são inúmeros.

O fato de a Associação Comercial instituir um foro de discussão, em nível de integração, entre o mercado e a atuação dos agentes econômicos privados e os trabalhadores no município, cria um canal significativo para que se promova um desenvolvimento local e este, alinhado com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, que são um forte apelo à ação para acabar com a pobreza, proteger o planeta e assegurar que todas as pessoas tenham paz e prosperidade.

Não menos importante é o fato de que se torna primordial que a Câmara Empresarial de Turismo em Curionópolis atue como agente intermediário nas representações, promoções e defesa dos interesses do desenvolvimento sustentável da cidade, incentivando a qualificação de mão de obra, gerando fóruns de discussões, que estreitarão diálogos com empresários da cadeia produtiva e a sociedade local.

Daniel Soares, empresário e gestor da entidade

Um dos entusiastas e pessoa que cumpriu um papel importante na decisão de se implantar a Câmara Empresarial de Turismo na estrutura da Associação Comercial e Agropastoril de Curionópolis, o empresário e gestor da entidade, Daniel Soares comenta, “Vislumbramos no turismo não apenas uma fonte de renda adicional, mas uma poderosa ferramenta para qualificar a cadeia produtiva local. Através do desenvolvimento de serviços turísticos de qualidade, capacitando os empreendedores locais e promovendo a preservação dos recursos naturais, podemos impulsionar o crescimento econômico de forma sustentável. Além disso, reconhecemos as potencialidades únicas de nosso município como um destino turístico sustentável.

Monumento ao garimpo (Foto: Ubiraney Figueiredo)

Curionópolis possui uma rica história e paisagens deslumbrantes, que podem atrair visitantes em busca de experiências autênticas e contato com a natureza. Através da promoção e valorização desses atrativos, podemos diversificar nossa economia e criar oportunidades para a comunidade local.

É impossível falar sobre o potencial turístico de Curionópolis sem mencionar a força histórica e social do movimento do garimpo em nosso distrito de Serra Pelada. Essa trajetória única deixou um legado econômico e cultural que ainda ressoa em nossa comunidade. Ao reconhecer e preservar essa herança, podemos não apenas atrair visitantes interessados em conhecer nossa história, mas também gerar oportunidades de emprego e desenvolvimento para nossos cidadãos.

Portanto, vemos na implantação da Câmara Empresarial de Turismo uma oportunidade de unir esforços e recursos em prol do desenvolvimento sustentável de Curionópolis. Ao trabalharmos juntos para promover nosso destino e qualificar nossa oferta turística, estamos construindo um futuro mais próspero e inclusivo para todos os envolvidos.”

Pois é, preciso caminhar para o fechamento desse texto, mas antes, é necessário ressaltar que mesmo repetindo insistentemente a força propulsora na economia, que pode ser impulsionada por meio da atividade turística, todas as vezes, que me deparar com tomadas de decisões assertivas em favor do desenvolvimento de territórios lançando mão deste segmento que prezo tanto, como foi o caso da Associação Comercial de Curionópolis, implantando um colegiado específico para discutir o tema turismo, farei questão de trazer ao destaque.

Acompanhem o município de Curionópolis daqui pra frente e observem a transformação, que está só começando!

Viva a Região Norte e viva o Brasil!

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Serra Pelada: Um destino sustentável com visão de futuro, inovação e desenvolvimento!

Em abril de 2023, a Associação Empresarial e Agropastoril de Curionópolis, onde se encontra o distrito de Serra Pelada, no estado do Pará, implantou de forma corajosa e futurista, a Câmara Empresarial de Turismo – CETUC em sua estrutura administrativa, com uma composição, que pinça associados advindos da cadeia produtiva de serviços, que abastecem a movimentação turística no município.

Esta iniciativa se deu em parceria com uma empresa mineradora que atua no território e que disponibilizou uma consultoria técnica para assessorar o empresariado local, no que tange às discussões necessárias a diversificação econômica naquele pequeno município, que por hora respira os benefícios da atividade mineradora, mas que tem um empresariado atento à necessidade de se planejar o futuro econômico!

De olho no turismo

De lá para cá, mensalmente tenho acompanhado presencialmente a evolução das discussões da Câmara Empresarial de Turismo da Associação Comercial de Curionópolis e fica nítida a compreensão de todos sobre o que tem representado a movimentação em torno da atividade turística nas últimas décadas, sendo o turismo visto como uma das mais promissoras atividades econômicas mundiais, geradora de postos de trabalho e de divisas.

Reunião Câmara Empresarial (Foto: CETUC)

O turismo gera atividades indiretas que atingem os mais variados setores da economia, desde a indústria até a agricultura. O setor de turismo é muito reconhecido por gerar empregos em variados segmentos e por demandar mão de obra intensivamente, sendo muitas vezes a porta de entrada de muitos trabalhadores para o mercado de trabalho, portanto, a atividade turística, é pauta para o setor empresarial.

É notório, que a atividade turística tem impactos econômicos positivos de fácil avaliação e mensuração. Provoca um aumento das receitas para quase todos os tipos de serviços, com um incremento direto na renda dos moradores.

Sobre Curionópolis e Serra Pelada

Curionópolis, hoje tem uma população de aproximadamente 19 mil habitantes e está localizado a 753 quilômetros da capital do Pará, Belém e está localizada bem ao lado da progressista Parauapebas na região de Carajás.

Hoje a economia local se consolida na geração de emprego dos projetos de mineração em implantação e de uma boa fatia do comercio local, onde é real uma significativa geração de empregos. O comercio se configura principalmente nos gêneros alimentícios, de vestuários, hotelaria, combustíveis e serviços diversos.

Ou seja, Curionópolis é uma cidade pacata, com um quotidiano rotineiro e que vê na atividade turística uma oportunidade de fomento, que contribui com a autoestima e com sentimento de pertencimento de suas belezas naturais, suas tradições e de seu ímpeto empreendedor, afinal por lá já é consenso, que o turismo “Resgata tradições culturais e identidade locais e valoriza o saber fazer”, de acordo com opiniões de moradores.

Cava principal de Serra Pelada, hoje inundada (Foto: Ubiraney Figueiredo)

Curionópolis percebe como seu maior atributo, o distrito de Serra Pelada, local, que foi palco da mais fascinante passagem sobre o garimpo no Brasil, onde uma legião de garimpeiros se arriscavam, com esforços dos mais rudimentares para tentar lucrar com uma pequena parte, das toneladas de ouro, que eram garimpadas na grande cava. Há relatos de que em 1983 a exploração alcançou uma produção estimada de mais de 17 toneladas de ouro, considerado o recorde da exploração em Serra Pelada.

Enfim, uma passagem intrigante, alarmante, emocional, desafiadora e muito instigante do desenvolvimento social e econômico daquela região, que merece ser revista, em um capítulo especial por aqui.

Vou tentar, em algum momento, resgatar essa passagem importante da história contemporânea do Brasil.

Um novo produto turístico

Por hora, voltemos ao brilhantismo da iniciativa da implantação da Câmara Empresarial de Turismo da Associação Comercial de Curionópolis, porque já se aproximando o primeiro aniversário de sua implantação, caminha a passos largos, firmando parcerias consistentes, que incluem, dentre outros atores o SEBRAE, vislumbrando apresentar em breve, o seu primeiro produto turístico para o mercado,

Este novo produto chegará com uma pegada socialmente responsável e confirmando que Serra Pelada, com todo o seu arcabouço histórico, social, econômico e emocional, será mostrado como um destino sustentável, no estado do Pará, que colaborará com a conservação ambiental, contribuindo com o acesso aos recursos naturais dentre outros atributos e vocações locais a futuras gerações.

Já dizia a Organização Mundial do Turismo, que “Os impactos socioculturais do turismo nas cidades de destino e na vida dos residentes são o resultado das relações sociais cultivadas durante a permanência dos turistas, cuja intensidade e duração dependem de fatores espaciais e temporais restritos (OMT, 2001)”.

A movimentação turística, consolida-se como atividade geradora de emprego, renda e desenvolvimento econômico, principalmente, em territórios, que apostam nesse ramo de atividade e realizam investimentos de todas as ordens, agregando capacitações profissionais, revitalizações tanto de áreas públicas quanto privadas, além da oferta de novas experiências.

A atividade turística é uma das mais importantes no setor econômico e da geração de emprego e renda, assim como a criação de novos negócios e aumento da produção de bens e serviços, uma vez que traz com ela, desenvolvimento às localidades, e possíveis melhorias na infraestrutura, trazendo benefícios aos turistas e promovendo a qualidade de vida das comunidades!

É inegável, que a atividade turística ordenada e bem planejada, tem uma oferta “democrática” de empregos, gera renda e oportunidades e fomenta o senso de pertencimento local e o desenvolvimento intelectual e econômico das comunidades!

Ainda é precoce falarmos de maneira mais profunda sobre este novo produto turístico, mas de fato, as decisões vêm sendo tomadas por lá!

Um relato consciente da empresária Iraídes

Vejam o que diz a empresária Iraídes Campos, que também é a atual Presidente da Associação Comercial de Curionópolis: “Como Presidente da Associação Comercial e Agroindustrial de Curionópolis (ACAC), vejo a criação da Câmara Empresarial de Turismo dentro da nossa estrutura como um passo estratégico e visionário.

Este movimento não é apenas uma aposta no turismo como vetor de desenvolvimento econômico, mas também um reconhecimento do potencial inexplorado de nossa região. A qualificação da cadeia produtiva local, em sintonia com a valorização das nossas potencialidades turísticas, reflete nosso compromisso com a sustentabilidade e a geração de oportunidades. Estamos diante de uma possibilidade real de transformar Curionópolis em um destino reconhecido pela sua oferta turística diferenciada e responsável, fomentando assim, não só o crescimento econômico, mas também a inclusão social e a preservação ambiental.

Cava principal de Serra Pelada (Foto: Ubiraney Figueiredo)

Além disso, não podemos esquecer o papel fundamental que a história e a cultura do garimpo desempenham em nosso município, especialmente em Serra Pelada. O legado econômico e social dessa era marcada pela força e determinação de nossos antepassados, constitui uma rica herança que pretendemos valorizar e compartilhar com o mundo.

Ao integrar a narrativa do garimpo à nossa proposta de turismo, reafirmamos a identidade única de Curionópolis e criamos uma conexão autêntica com visitantes em busca de experiências significativas. A ACAC está comprometida em liderar esse movimento, visando não apenas o engrandecimento econômico, mas também a preservação da nossa história e a promoção de um futuro mais próspero e sustentável para todos.”

Fantástico, concordam? Fico maravilhado, depois de tantos anos militando nos processos de desenvolvimento responsável do turismo no Brasil, ouvir o segmento empresarial ter tamanha clareza do seu fundamental papel neste processo.

Planejamento turístico é essencial

Dentre outras questões, essa percepção traz à tona a importância do planejamento turístico. Nada se transforma “da noite pro dia”, como se diz no bom mineirês!

Trata-se de um exercício de alinhar o trabalho dos diferentes atores ligados ao turismo, de forma a obter um conjunto integrado de ações que contribuam como o desenvolvimento e melhoria dos produtos e serviços turísticos e, consequentemente, melhore a qualidade de vida e aquece a economia local;

Por isso criar uma Câmara Empresarial de Turismo na estrutura da Associação Comercial de Curionópolis, foi uma tacada de mestre, uma vez que a própria entidade cuidou de se instrumentalizar para o desenvolvimento de uma nova matriz econômica, promovendo a gradativa diversificação na economia local.

O ponto positivo para a Câmara Empresarial de Turismo é que o Brasil só teve uma aventura social chamada Serra Pelada e ela está em Curionópolis. Já o contraponto está no fato de que a mesma Câmara Empresarial de Turismo não pode e não vai errar!

Entenda as Câmaras Empresariais

As Câmaras Empresariais são órgãos colegiados, consultivos, de apoio e intermediários nas representações, promoções e defesa dos interesses do desenvolvimento econômico local. Com estas ferramentas implementadas no meio comercial, ganham o setor dos meios de hospedagem, alimentos e bebidas, transporte, gastronomia típica, artesanato, setor cultural, dentre outros tantos.

Uma Câmara Empresarial de Turismo bem gerida é uma importante instituição que cumpre o objetivo de promover o turismo local e garantir o desenvolvimento sustentável do setor, contribuindo para a geração de emprego e renda e para a valorização da cultura e dos recursos naturais da região, que aliás são inúmeros.

O fato de a Associação Comercial instituir um foro de discussão, em nível de integração, entre o mercado e a atuação dos agentes econômicos privados e os trabalhadores no município, cria um canal significativo para que se promova um desenvolvimento local e este, alinhado com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, que são um forte apelo à ação para acabar com a pobreza, proteger o planeta e assegurar que todas as pessoas tenham paz e prosperidade.

Não menos importante é o fato de que se torna primordial que a Câmara Empresarial de Turismo em Curionópolis atue como agente intermediário nas representações, promoções e defesa dos interesses do desenvolvimento sustentável da cidade, incentivando a qualificação de mão de obra, gerando fóruns de discussões, que estreitarão diálogos com empresários da cadeia produtiva e a sociedade local.

Daniel Soares, empresário e gestor da entidade

Um dos entusiastas e pessoa que cumpriu um papel importante na decisão de se implantar a Câmara Empresarial de Turismo na estrutura da Associação Comercial e Agropastoril de Curionópolis, o empresário e gestor da entidade, Daniel Soares comenta, “Vislumbramos no turismo não apenas uma fonte de renda adicional, mas uma poderosa ferramenta para qualificar a cadeia produtiva local. Através do desenvolvimento de serviços turísticos de qualidade, capacitando os empreendedores locais e promovendo a preservação dos recursos naturais, podemos impulsionar o crescimento econômico de forma sustentável. Além disso, reconhecemos as potencialidades únicas de nosso município como um destino turístico sustentável.

Monumento ao garimpo (Foto: Ubiraney Figueiredo)

Curionópolis possui uma rica história e paisagens deslumbrantes, que podem atrair visitantes em busca de experiências autênticas e contato com a natureza. Através da promoção e valorização desses atrativos, podemos diversificar nossa economia e criar oportunidades para a comunidade local.

É impossível falar sobre o potencial turístico de Curionópolis sem mencionar a força histórica e social do movimento do garimpo em nosso distrito de Serra Pelada. Essa trajetória única deixou um legado econômico e cultural que ainda ressoa em nossa comunidade. Ao reconhecer e preservar essa herança, podemos não apenas atrair visitantes interessados em conhecer nossa história, mas também gerar oportunidades de emprego e desenvolvimento para nossos cidadãos.

Portanto, vemos na implantação da Câmara Empresarial de Turismo uma oportunidade de unir esforços e recursos em prol do desenvolvimento sustentável de Curionópolis. Ao trabalharmos juntos para promover nosso destino e qualificar nossa oferta turística, estamos construindo um futuro mais próspero e inclusivo para todos os envolvidos.”

Pois é, preciso caminhar para o fechamento desse texto, mas antes, é necessário ressaltar que mesmo repetindo insistentemente a força propulsora na economia, que pode ser impulsionada por meio da atividade turística, todas as vezes, que me deparar com tomadas de decisões assertivas em favor do desenvolvimento de territórios lançando mão deste segmento que prezo tanto, como foi o caso da Associação Comercial de Curionópolis, implantando um colegiado específico para discutir o tema turismo, farei questão de trazer ao destaque.

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Diversa, Brasília quer se tornar um dos principais destinos turísticos do país

Lisboa — Brasília quer ser muito mais do que a capital da arquitetura brasileira aos olhos dos turistas estrangeiros. Por isso, adotou uma estratégia agressiva para se promover na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), um dos principais eventos de turismo do mundo. A meta, segundo Bruno Tempesta, subsecretário de Produtos e Política de Turismo do Distrito Federal, é mostrar todas as faces da sede da República, reconhecidamente um museu a céu aberto, com uma gastronomia riquíssima, cercada por belezas naturais e recheada de eventos o ano inteiro.

“Todos sabem que a arquitetura de Brasília é icônica, mas há muitos outros atrativos oferecidos pela cidade. Temos a vertente religiosa, a vertente esportiva, a vertente rural. Além disso, a cidade respira vida, respira festivais. Acabamos de retomar o Rali dos Sertões, que estava fora do nosso calendário havia anos”, afirma Tempesta. “É esse potencial que precisa ser explorado juntos aos turistas estrangeiros, que, cada vez mais, estão desembarcando na cidade”, complementa. “Não podemos esquecer que Brasília é o único destino turístico do Brasil listado pelo New York Times para este ano.”

Segundo o subsecretário, toda a promoção das belezas de Brasília estão casadas com a atração de mais voos internacionais. Há, hoje, uma rota diária ligando a capital a Lisboa, o que tem facilitado a atração de viajantes europeus. Recentemente, a cidade passou a ser conectada com Lima, no Peru, e, em julho, terá uma rota direta com Santiago, no Chile. “Nós conseguimos ainda, com as grandes companhias aéreas, a possibilidade do stopover em Brasília. Ou seja, os turistas podem parar alguns dias na cidade sem custo adicional nas passagens, antes de se deslocarem para outras localidades”, conta.

Essa parada estratégica é um diferencial dentro de um mercado cada vez mais competitivo. “Promovemos Brasília como um destino turístico diferente dos tradicionais, como Rio de Janeiro, Bahia e outras cidades do Nordeste. Não podemos negar que o Brasil é um país maravilhoso, com muita coisa para visitar, mas Brasília tem todo um diferencial “, reforça Tempesta. “Além disso, temos toda a segurança e a mobilidade que o turista exige, inclusive com um aeroporto que é o segundo hub do país.”

Outra vantagem para os visitantes é a oportunidade de conhecerem cidades históricas que ficam no entorno de Brasília, como Pirenópolis, e de desfrutar da beleza natural da Chapada dos Veadeiros, com todas as suas cachoeiras. Não só: como única cidade moderna considerada patrimônio da humanidade, a capital do país tem um céu espetacular e uma cena musical de fazer inveja. “Ou seja, Brasília é um destino completo”, frisa o subsecretário.

Ele reconhece que são muitos os desafios para colocar Brasília no roteiro definitivo dos turistas, inclusive dos estrangeiros. “Mas estamos dispostos a fazer um trabalho de excelência. Estamos negociando mais voos internacionais, melhorando a infraestrutura da cidade, reforçando a segurança e participando de feiras no exterior. Já estivemos na Argentina e na Espanha, e a receptividade foi muito boa”, relata.

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No Caribe, Lula diz que não discutirá Essequibo com Guiana e Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (29/2) não ter conversado com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, sobre o conflito com a Venezuela envolvendo a região de Essequibo. O petista afirmou ainda que não irá tratar do tema com Nicolás Maduro, com quem deve se reunir amanhã (1º/3).

De acordo com o brasileiro, o tema não foi tratado por não estar na pauta da reunião com Ali, que discutiu especialmente investimentos e projetos de desenvolvimento e infraestrutura na região. Lula destacou, porém, que o Brasil defende uma saída pacífica e que está disponível para participar das negociações.

“Não era o momento de discutirmos (Essequibo), era uma reunião bilateral para discutir desenvolvimento, para discutir investimentos. Mas o presidente Irfaan sabe, como sabe o presidente Maduro, que o Brasil está disposto a conversar com eles a hora que for necessário, quando for necessário, porque nós queremos convencer as pessoas que é possível, através de muito diálogo, encontrar a manutenção da paz”, respondeu Lula ao ser questionado por jornalistas após a reunião.

O encontro não foi a portas fechadas, e contou com ministros brasileiros e guianenses. Entre os presentes estavam Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Desenvolvimento Regional (Waldez Góes) e Renan Filho (Transportes).

“Da mesma forma, eu não foi discutir com o presidente Maduro essa questão, porque a reuniao não é para isso. Vou discutir a Celac [Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos]. Vou encontrar o Maduro lá. Não pretendo discutir [Essequibo]”, disse ainda Lula. Em sua visão, a disputa não se resolverá tão cedo, já que perdura há mais de um século.

O governo de Maduro quer anexar Essequibo, região pertencente à Guiana. A disputa não é recente e já foi arbitrada pela Corte Internacional de Justiça, que decidiu a favor da Guiana. Porém, o contencioso se acirrou após a descoberta de grandes reservas de óleo e gás na região, o que impulsionou a economia guianense.

No ano passado, Maduro chegou a ameaçar uma invasão militar. O Brasil agiu para intermediar a crise, assim como outros países da região, incluindo São Vicente e Granadinas. Desde então, não houve escalada.

“O Brasil tem uma decisão de que o mundo não comporta mais atrito. O mundo precisa encontrar paz, para a gente poder construir um mundo mais humanitário, mais solidário, com menos sofrimento”, destacou o presidente Lula.

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Rafael Brito é empossado presidente da Frente Parlamentar da Educação

O deputado Rafael Brito (MDB-AL) tomou posse nesta quarta-feira (28/2) como novo presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação da Câmara dos Deputados. O ministro Camilo Santana esteve presente na ocasião.

“Temos uma série de novos desafios para 2024. O novo ensino médio está batendo na nossa porta. Precisamos de uma vez por todas amarrar os laços para que a gente possa entregar ao Brasil o que ele merece, um novo ensino médio para que a gente vire a página”, afirmou Brito durante discurso.

Ele ainda comentou “assuntos latentes na educação”, como a alimentação escolar e a valorização dos professores. “A alimentação justa (e) uma infraestrutura adequada é um desafio que escutamos há muito tempo, mas que tenho uma confiança muito grande nessa legislatura, neste governo, nesta gestão do Ministério da Educação, para que a gente resolva”, complementou o parlamentar.

O ministro da Educação, Camilo Santana, deu boas vindas a Brito e falou de aproximação do ministério com o Congresso Nacional. “Quero que a gente possa criar sistemática de aproximar mais o MEC da Frente Parlamentar Mista da Educação para que a gente possa debater projetos importantes para a educação nacional”, afirmou Santana.

O senador Flávio Arns (PSB-PR) também tomou posse como vice-presidente durante a cerimônia. Deixa o posto da presidência a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP).

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Uma capital qualquer

Superquadras subdivididas em blocos, totens que orientam motoristas e pedestres em meio à paisagem repetitiva, arquitetura modernista, vias largas (cidade rodoviarista), arborização pesada. O temperamento frio e distante do brasiliense é outro aspecto evocado por aqueles que veem Brasília como uma cidade distante da realidade das outras grandes capitais brasileiras.

A renda significativamente mais alta do que qualquer outra unidade da federação também deslumbra. Em levantamento recente, o Lago Sul saiu como campeão entre os bairros mais ricos do país. A frota náutica, maior do que a de muitas metrópoles costeiras, beira o inacreditável.

De fato, a capital do país guarda muitas peculiaridades, o que faz com que muitos a achem pouco representativa daquilo que consideramos o arquétipo de cidade brasileira. No entanto, com olhos e ouvidos atentos, vemos que é exatamente o contrário: a capital da República é uma representação máxima do projeto de desenvolvimento do Brasil.

Como maior canteiro de obras do planeta no século passado, Brasília atraiu famílias de todas as regiões do país para que o sonho de Juscelino Kubitschek fosse, literalmente, concretizado. São pessoas que largaram tudo, casa, amigos, familiares, vizinhança, cultura, para tentar uma vida melhor na capital então em gestação. Quem já ouviu pioneiros contando as histórias da viagem de seus locais de origem até o Planalto Central sabe que a missão era nada fácil. Eram dias de pau-de-arara, famílias inteiras dividindo barracos minúsculos, jornadas extenuantes de trabalho, falta de infraestrutura e outros percalços que não foram suficientes para interromper a construção de Brasília.

No entanto, nem mesmo essas jornadas heroicas impediram que o Brasil continuasse sendo o Brasil, mesmo nas remotas e pouco habitadas terras da região central. No início dos anos 1970, milhares de famílias de operários foram removidas da Vila do IAPI, que era localizada onde hoje é o início da EPNB, para Ceilândia. “Peguem suas trouxas de roupas, utensílios e tábuas e vão para bem longe daqui”, imagino a ordem.

E foram para mais de 20 quilômetros do centro de Brasília, local onde não havia água tratada, luz elétrica, pavimentação e transporte público quase nulo. No caso da Vila Amaury, submersa pelo Lago Paranoá, o plano era manter um exército de operários para as construtoras até que a água do lago, que subia lentamente, se encarregasse de enxotar naturalmente todos dali. Nem parecia que se tratava de gente: homens, mulheres, crianças e idosos.

São histórias que poderiam ser de qualquer outra grande cidade brasileira. Não há novidades. Brasília é apenas a continuação do sonho daqueles que sempre comandaram o país: higienizada, apartada, cara e inacessível.

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Visita de Macron ao Brasil selará acordo no gás que pressiona Petrobras

A viagem oficial do presidente da França, Emmanuel Macron, ao Brasil em março prevê a assinatura de um acordo de cooperação na área de estocagem de gás natural entre os dois países. O primeiro projeto resultante do acordo será uma parceria entre a Origem Energia e Engie.

Para assessores do Planalto, o documento, que será assinado pelos dois presidentes, cria uma situação para a Petrobras, que resiste a ampliar a oferta do gás a preços competitivos.

Também colabora em favor do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na disputa de forças com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O gás tornou-se o novo pólo de atritos entre ambos, ainda segundo assessores.

Atualmente, a extração do gás natural é um problema para as petroleiras do mundo. O insumo é extraído dos campos junto com o petróleo, mas são separados e o gás é reinjetado.

Isso porque ainda não há infraestrutura suficiente para que o insumo seja distribuído pelo país –o que requer investimentos bilionários.

Hoje, a Petrobras afirma que o problema do gás é a falta de demanda, que faz o preço ser elevado.

Com a parceria, Silveira quer criar a demanda com os chamados Projetos de Estocagem Subterrânea. Com isso, criará um constrangimento na Petrobras, para que ela amplie a produção de gás na bacia de Sergipe, onde estará o primeiro projeto da parceria com a França.

Na avaliação da pasta, essa possibilidade vai baixar preços, garantir mais insumos para a indústria e cumprir as metas ambientais internacionais de redução de emissões de carbono. Ela dará também mais segurança energética, principalmente nos períodos de seca, que levam variações de oferta e demanda.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, já se pronunciou publicamente sobre a ampliação da oferta de gás.

Técnicos do governo afirmam que a indústria química opera com 70% de ociosidade por falta de gás. Eles também informam que a mineradora Vale já envia o minério para ser beneficiado em Omã e no golfo do México, porque o preço do gás é mais baixo do que no Brasil.

Painel S.A.

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Com os projetos que devem surgir com o acordo de cooperação, estima-se que o preço deve cair de US$ 14 para US$ 8 por MMBTU (milhão de BTU, unidade de energia necessária para elevar a temperatura da água em 17 graus Celsius).

O presidente da Petrobras já afirmou publicamente que a empresa não tem interesse em sonegar o gás para a sociedade.

Com Diego Felix

Athletico-PR muda nome do seu estádio para Mario Celso Petraglia

Na noite desta segunda-feira (26), em Curitiba, o Conselho Deliberativo do Athletico aprovou, em uma reunião extraordinária, a mudança do nome oficial da Ligga Arena. O estádio Joaquim Américo Guimarães agora passa a se chamar Estádio Mario Celso Petraglia. A decisão ocorreu por unanimidade.

Para efetivar a alteração, os conselheiros votaram pela modificação do artigo 99 do estatuto, que trata das questões relacionadas à nomenclatura do estádio.

Mario Celso Petraglia é considerado um ícone de uma nova era no Athletico. Sob sua gestão, o clube conquistou títulos importantes, como o Campeonato Brasileiro (2001), a Copa do Brasil (2019) e a Copa Sul-Americana (2018 e 2021).

Além disso, foi responsável por importantes projetos de infraestrutura. Dentre eles, a construção do moderno Centro de Treinamento do Caju e a reforma da Arena da Baixada. Desde então, o estádio é o único na América Latina com teto retrátil.

“A mudança para o nome institucional homenageia aquele que acreditou em um sonho, reconstruiu o estádio duas vezes e levou o nome do Athletico Paranaense a uma Copa do Mundo: Mario Celso Petraglia”, afirmou o clube em comunicado oficial.

Contudo, a decisão gerou indignação na família de Joaquim Américo Guimarães, que dava nome ao estádio. Carlos Eduardo de Athayde Guimarães, bisneto de Joaquim Américo e torcedor do Athletico, expressou sua decepção com a mudança, argumentando que homenagear Petraglia não deveria implicar “des-homenagear” seu bisavô.

Na última sexta-feira, os familiares de Américo Guimarães estiveram em uma reunião com Aguinaldo Coelho de Farias, presidente do Conselho Deliberativo do clube, para discutir a decisão. Embora tenham expressado sua indignação, a família saiu do encontro com poucas esperanças de reverter a mudança.

Claro Américo Guimarães, neto de Joaquim Américo, afirmou que houve pressão por parte de uma parte significativa do conselho para a mudança.

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Descontos de até 25% na semana do consumidor para se hospedar em Olímpia (SP)

O Hot Beach Parques & Resorts vai conceder descontos entre 10% e 25% para reservas efetuadas durante a Semana do Consumidor, que compreende o período de 8 a 14 de março. Quanto maior o número de diárias, maior será o desconto, com faixas progressivas entre três e cinco ou mais. A promoção é válida para os quatro resorts da rede e podem ser usadas até 19 de dezembro de 2024.Inauguração do parque temático de realidade virtual de Olímpia (SP)

As melhores datas se esgotam rápido, por isso a dica é garantir a prioridade desbloqueando descontos com antecedência com um cadastro simples na landing page da campanha.

LEIA TAMBÉM: Inauguração do parque temático de realidade virtual de Olímpia (SP)

Os descontos também se estendem à compra de combos de ingressos para o parque aquático Hot Beach Olímpia. Os preços ficam entre R$ 258,00 para dois adultos; R$ 323,50 (2 adultos + meia entrada); e R$ 387 (dois adultos + 2 meia entradas).

Quatro opções de hospedagem

Inaugurado em 2003, e recentemente renovado, o Thermas Park é um resort boutique em formato de vila, com toda infraestrutura de lazer, incluindo um mini parque aquático, rio artificial com águas termais, brinquedoteca e espaço fitness. Em seus 48 apartamentos oferece exclusividade e atendimento diferenciado, com uma equipe treinada para proporcionar tranquilidade, bem-estar e total conforto. Já foi reconhecido pela International Travel Awards como melhor Resort & SPA e melhor Theme Park Resort (resort com parque temático) do Brasil.

Inaugurado em 2015, foi o primeiro resort pet friendly de Olímpia, e tem desde a concepção original, a sua estrutura voltada ao entretenimento de pais e filhos. São três piscinas – uma de borda infinita, outra com hidromassagem e uma exclusiva para crianças, todas aquecidas e com a melhor vista para o pôr-do-sol de Olímpia. Possui ainda fitness center Reebok, com os mais modernos aparelhos, sauna a vapor e spa, além de duas áreas que atendem a crianças de todas as idades – Espaço kids, com equipe de recreação, e Espaço Teen, com videogames de última geração. Ainda para o atendimento dessa faixa de público, o resort oferece Copinha da Mamãe com berçário, fraldário, duchinha quente, minipias e vasos sanitários adequados ao tamanho das crianças.

Aproveite os descontos também no Hot Beach Olímpia (Foto: Divulgação)

Inaugurado em 2018, é o “pé na areia” de Olímpia, com 464 apartamentos. Fica colado ao parque, tem apartamentos que podem acomodar até quatro pessoas, nas configurações duas camas de casal que podem se transformar em camas de solteiro; piscina, área fitness, loja de conveniência, bar e dois restaurantes, sendo um de comida japonesa. Dos andares superiores tem-se a melhor vista do parque aquático.

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Inaugurado em julho de 2021, está localizado ao lado do parque aquático Hot Beach, e é o primeiro do grupo operado no modelo multipropriedade. Com 442 apartamentos tem a configuração de 53m² para até seis pessoas, com quarto, banheiro, sala de estar que também funciona como dormitório, cozinha americana e varanda gourmet; já o modelo com 69m² conta com 1 quarto a mais, sendo uma suíte, e comporta até oito pessoas. Estilo sua casa fora de casa, tem estrutura para permanências mais longas e home office. A ideia é que a família tenha uma segunda casa completa, de forma muito mais acessível que um imóvel particular, e com o benefício de estar dentro de um resort, com estrutura de lazer (piscinas termais, área infantil, restaurantes, academia etc).

Hot Beach Parques & Resorts

Localizado em Olímpia, a apenas 500 km da capital paulista, o Hot Beach Parques & Resorts oferece uma combinação perfeita de entretenimento e hospedagem de qualidade. Com um parque aquático surpreendente, resorts confortáveis e espaço de lazer e gastronomia para os finais de tarde e noite, o complexo proporciona momentos de diversão, relaxamento e bem-estar para toda a família.

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