Programa de submarinos da Marinha do Brasil completa 15 anos

Lançado em dezembro de 2008, fruto de um acordo de parceria com o governo francês, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha (Prosub) completa 15 anos, no próximo sábado (23/12), com uma embarcação convencional (movida a diesel) entregue, outra prestes a ser incorporada à Marinha, e mais duas até 2025. Paralelamente, a Marinha desenvolve o primeiro submarino nuclear do Brasil, que deve ser concluído em 2034.

Esse é o maior investimento em curso na Marinha e um dos principais programas estratégicos de Defesa do país. Segundo o comando da Armada, as obras de infraestrutura industrial da Base de Submarinos do Complexo Naval de Itaguaí (CNI), no estado do Rio, estão praticamente concluídas. O primeiro submarino previsto — Riachuelo — já está em operação, enquanto o segundo — Humaitá, que deve ser entregue no início do ano que vem — iniciou os testes de aceitação no mar.

O principal objetivo do programa, que deve custar, no total, R$ 40 bilhões, é o desenvolvimento de um submarino à propulsão nuclear, que carregará armamento convencional. Por isso, o Prosub integra o Programa Nuclear Brasileiro, que investe no desenvolvimento de tecnologia nuclear de ponta e reúne indústrias e centros de pesquisa. O desenvolvimento e a produção dos submarinos possibilitam a geração de 60 mil empregos diretos e indiretos e envolvem diretamente 18 universidades, vários centros de pesquisa e cerca de 400 empresas.

A Marinha ressalta que as principais tecnologias de energia nuclear que estão sendo desenvolvidas serão usadas na atividade civil, em setores como medicina, agricultura e segurança alimentar. O programa também fortalece a Base Industrial de Defesa do país, com a prioridade de aquisição de componentes fabricados no Brasil, prestação de serviços por empresas nacionais e incentivo ao parque industrial instalado.

O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em agosto pelo governo federal, prevê R$ 52 bilhões em investimentos para a área da defesa. Em março, antes de completar três meses no cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a base de Itaguaí e defendeu os investimentos militares.

“Eu, quando enxerguei a necessidade de desenvolver uma indústria de defesa no Brasil, é porque, em todos os países, a indústria de defesa contribui com a economia como um todo, além de preparar de forma mais sofisticada, com muito conhecimento científico e tecnológico, as nossas Forças Armadas e o próprio país”, declarou o presidente, que estava, na ocasião, acompanhado do comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen.

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‘Cota’ de 25 milhões de bilhetes com teto de R$ 799 vai baratear viagens de avião? Especialistas respondem

O acordo entre o governo e as companhias aéreas para a oferta de uma cota de passagens de avião mais baratas pode não reduzir substancialmente o preço médio dos bilhetes nacionais. Especialistas ouvidos pelo GLOBO apontam que a medida pode ser apenas uma institucionalização de uma prática de mercado já existente no setor.

Às vésperas das festas de Natal e Ano Novo, que costumam lotar os aeroportos, o governo e as principais companhias aéreas do país anunciaram ontem um plano de redução dos preços de passagens para voos domésticos. As empresas se comprometeram a ofertar 25 milhões de bilhetes com valor de R$ 699 a R$ 799 por trecho, a depender da aérea, desde que comprados com antecedência mínima de 14 dias.

A iniciativa foi recebida com ceticismo por analistas, e o próprio governo afirma que o efeito só deve ser percebido ao longo do próximo ano. O valor promocional oferecido está, inclusive, acima da média atual do mercado. A tarifa média de janeiro a setembro deste ano, calculada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é de R$ 602,74.

Mas, só em setembro, o preço médio das passagens aéreas no Brasil atingiu R$ 747,66, o maior valor desde março de 2009, segundo os últimos números da Anac. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o preço dos bilhetes e disse que o governo e o Legislativo terão de “se debruçar” sobre o assunto:

— Não tem explicação o preço das passagens de avião nesse país.

O governo ainda planeja um programa para baratear preços de passagens aéreas, o Voa Brasil, com bilhetes por R$ 200. A medida era esperada para este ano, mas deve ficar para 2024. O programa está mantido.

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O pacote de medidas formaliza uma prática já adotada, que é a de oferecer preços mais em conta para quem consegue comprar passagem com certa antecedência da viagem, além de promoções relâmpagos para trechos selecionados. As empresas não quiseram informar quanto já é vendido com esses preços.

Pela lei da oferta e demanda, quem compra com antecedência já costuma conseguir preços mais atrativos, assim como quem viaja para destinos menos visados. Além disso, o plano do governo não obriga as empresas a oferecerem tarifas menores para todas as rotas operadas.

Nada impede que uma empresa concentre a oferta de bilhetes mais em conta em voos de menor demanda e compense com valores mais altos nos destinos mais procurados.

O economista Cleveland Prates, professor da FGV, diz que, invariavelmente, para que alguns paguem menos, outros terão que pagar mais caro, já que as empresas “precisam dar satisfação a seus acionistas” e não ficar no vermelho.

Na semana passada, durante a votação da Reforma Tributária, as companhias aéreas foram excluídas da lista de setores com tratamento diferenciado, o que, segundo analistas, reduz a margem de manobra no orçamento de cada uma no longo prazo para promoções mais significativas.

Além de melhoria nos indicadores econômicos, a avaliação de especialistas é de que o governo precisa trabalhar para aumentar a oferta de voos, reduzir o índice de judicialização e atrair novas empresas para reduzir preços.

Os principais pleitos levantados pelas empresas se referem ao nível de judicialização no país, diante do grande volume de processos na Justiça referentes à prestação do serviço, e ao preço do querosene de aviação.

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O professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Alessandro Oliveira, acrescenta que será difícil verificar se as promoções executadas pelas companhias serão realmente um esforço adicional para oferecer preços mais baixos ou algo que já planejavam fazer, independentemente do programa do governo. Ainda não está claro como vai funcionar a fiscalização do programa.

— Cada empresa tem sua informação estratégica. Então, até o governo fica às cegas. Não sabe se o que conseguiu mobilizar já não era o que seria oferecido de qualquer maneira, em se tratando de descontos. É até difícil comparar o que cada companhia aérea vai fazer e depois monitorar isso.

‘Não existe bala de prata’

Para ele, no entanto, a medida pode ter o efeito positivo de colocar o setor em evidência, atraindo investimentos de empresários e até novas companhias aéreas para o país.

Prates discorda, alegando que “preço é resultado do nível de competição e não é a causa”. Por isso, em sua avaliação o primeiro passo a ser adotado pelo governo deveria ser o maior investimento em infraestrutura, a fim de estimular a entrada e atuação de companhias low cost (de baixo custo e baixa tarifa) no Brasil, o que fomentaria a concorrência. Dessa forma, os preços poderiam ser reduzidos com a disputa entre as empresas por clientes.

— Não existe bala de prata, uma solução imediata. Não adianta olhar para o preço de hoje e comparar com seis meses atrás, porque a demanda é bem maior. É claro que o preço vai subir — observa. — Não adiantar querer lutar contra oferta e demanda, criando mais problemas no futuro. Bastaria permitir que outras companhias entrassem para que as que já estão aí passassem a cobrar preços menores.

Prates também avalia que o outro programa do governo para oferecer passagens aéreas a valores mais acessíveis a a determinados segmentos da sociedade, o Voa Brasil, funcionará como um “subsídio cruzado”, no qual algum grupo terá que pagar mais caro para garantir a saúde financeira das aéreas.

Oliveira opina que o lançamento dos dois programas é uma tentativa de o governo mostrar para a sociedade que está batalhando por uma solução para os altos preços das passagens aéreas após a pandemia.

O que dizem as empresas

As medidas são diferentes entre cada empresa. A Azul informou que vai oferecer 10 milhões de passagens ao preço de até de R$ 799 em 2024. Quem comprar o bilhete em cima da hora e com preço mais alto terá remarcação do bilhete e despacho da mala sem cobranças extras. O plano da empresa começa em março e vai até o fim de 2024.

A Gol Linhas Aéreas prometeu 15 milhões de assentos até R$ 699 em 2024. Além disso, a empresa anunciou que fará promoções especiais e, com mais de 21 dias de antecedência, ofertará trechos entre R$ 600 e R$ 800.

Já a Latam anunciou que vai ofertar 10 mil assentos a mais todos os dias — três milhões por ano além do que é ofertado atualmente. A empresa também fará uma campanha para orientar os passageiros como comprar passagens.

Além de promoções, a Latam prometeu bilhetes abaixo de R$ 199 a cada semana. A companhia fará ainda mudanças no programa de fidelidade, que deixará de ter validade — hoje os pontos perdem validade em dois anos.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) defendeu em nota a necessidade de ações estruturantes e de longo prazo para que os preços caiam: “As medidas anunciadas pelas empresas aéreas mostram a cooperação do setor aéreo com a agenda de democratização da aviação, mas é importante destacar que somente com ações estruturantes e de longo prazo o setor poderá efetivamente ter redução de custos, condição necessária para crescer e retomar suas condições de oferta”.

Ministro reconhece limitação

O plano foi apresentado ontem pelos presidentes das companhias Azul, Gol e Latam, ao lado do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. O próprio ministro reconheceu que o governo não pode intervir no mercado para forçar uma queda nos preços.

Para Silvio Costa, os consumidores brasileiros também precisam aprender a comprar passagem aérea com antecedência:

— A gente espera que possamos ter, nos próximos anos, uma sensibilização da sociedade no sentido de comprar as passagens com mais antecedência para ter custos menores.

O ministro afirmou que a redução no preço não ocorrerá do “dia para a noite” e que o efeito no valor médio será sentido ao longo de 2024.

— O pacote já vai atender mais a população — disse, acrescentando que só 6% dos usuários pagam tarifas acima de R$ 2 mil.

Presidente da Caixa diz que Lula pediu atenção à governança do banco

À frente da presidência da Caixa Econômica Federal desde novembro, Carlos Vieira afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe pediu cuidado e atenção à governança do banco público. Vieira afirmou que o banco está empenhado na criação de uma vice-presidência de Sustentabilidade e pontuou que a área de governança também abarca uma maior atenção a possíveis casos de corrupção na instituição. “Lula me pediu que eu cuidasse da governança do banco”, disse Vieira em entrevista ao programa Canal Livre exibido neste domingo, 17, na BandNews TV.

O presidente da Caixa admitiu que seu maior desafio na gestão do banco público é fazer uma virada tecnológica na Caixa, que recentemente iniciou uma leva de experimentos na área de inteligência artificial. Apesar do olhar voltado à tecnologia, Vieira defendeu uma ampliação de agências físicas em áreas rurais, indo assim na contramão do fechamento de unidades por parte de bancos privados. Segundo ele, é necessário revisar a infraestrutura do banco, reavaliando também os locais onde há um excesso de disponibilidade. “O Brasil rural, do interior, também está crescendo”, disse. “Belo Horizonte, por exemplo, tem muitas agências”, acrescentou.

Carlos Vieira, afirmou, ainda, que, pelo lado da criação de funding, o banco tem trabalhado no sentido da liberação de recursos de depósito compulsório para o setor de habitação. “É um pleito do sistema como um todo. A Caixa tem esse papel preponderante na construção civil. Ele o setor quer que a gente consiga porque a liberação do compulsório em 5% do depósito da poupança traz quase R$ 65 bilhões a mais de recursos para habitação”, disse, acrescentando que há no banco uma série de medidas sendo pensadas para aumentar a captação de recursos para aplicação no crédito imobiliário.

A fala de Vieira ocorreu em entrevista quando ele se referia à promessa que fez em sua posse de disponibilizar os rendimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o setor de construção. “O orçamento para o próximo ano do FGTS já está contemplado em algo em torno de R$ 105 bilhões, é um número expressivo”, afirmou.

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Após três anos, Torneio Arimatéia volta à cena esportiva do DF

Do início em 1979, quando o time campeão faturava uma garrafa de refrigerante e dois pães com mortadela, até os dias atuais, quando passou a reunir milhares de aficionados pelo esporte em uma mega estrutura montada no Taguaparque, o Torneio Arimatéia de Futsal trilhou um caminho digno de fortalecimento para se transformar em uma tradição no calendário esportivo do Distrito Federal. A edição de 2023, no entanto, tem tudo para ser especial. De volta após uma parada forçada de três anos pela pandemia de covid-19, o torneio xodó dos amantes do esporte da bola pesada promete emocionar e ser palco para o surgimento de novos craques entre hoje e 7 de janeiro.

Tudo começou na rua de casa, quando José de Lima Téia, o Arimatéia, organizou um campeonato com a ajuda dos pais. Na época, os quatro times participantes competiam pelo prêmio de dois pães com mortadela e uma garrafa de refrigerante, enquanto o vice ficava com um pão e um copo da bebida. Os uniformes eram panos pintados e as traves eram feitas com duas pedras. O importante, porém, era a diversão da garotada e dali virou um sucesso. A quantidade de participantes foi dobrando, aumentando e, agora, o campeonato vai reunir, ao todo, 104 equipes.

Os times serão disputar o torneio em 11 categorias, divididas desde o sub-9, voltado para crianças com menos de 9 anos, até o supermaster, restrita para aqueles acima dos 45. Entre as classes, a de maior destaque é a principal. Nela, atletas de todas as idades jogarão por 48 planteis inscritos, entre eles os tradicionais LocTrad, atual bicampeão; Juventus, presente desde as primeiras edições; e Creyssons, xodó da arquibancada.

A competição migrou para o Taguaparque há 13 anos e, novamente, promete fazer a festa para o público da região e de todo o Distrito Federal. A expectativa é de reunir mais de 2 mil pessoas na abertura e 150 mil ao longo dos 21 dias de evento, marcado para acabar no primeiro domingo do ano, com a final de todas as categorias. “É uma responsabilidade tocar isso tudo. Eu olho as arquibancadas e vejo pessoas de 70, 90 anos, vejo bebês, adolescentes, adultos. Ter as pessoas aqui me deixa muito emocionado. Temos estádios de primeira linha em Brasília que nem sempre estão com bola rolando ou que não traz o povo para ver, então poder dar esse tipo de espetáculo para a galera traz uma sensação de gratidão e felicidade”, conta Arimatéia, ao Correio.

“Meu pai chorava de alegria, porque ele nunca imaginava que o filho dele fosse chegar onde chegou. Do campeonatinho que fizemos lá atrás para o que se tornou hoje em dia. A gente veio da roça, de Dores do Turvo, em Minas Gerais, chegamos a Brasília em 1962 e conseguimos fazer algo marcante para a cidade. Uma vez o secretário de esportes do DF me disse: ‘seu Arimatéia, aqui só existem dois grandes eventos no final do ano, o Réveillon e seu futebol’. Então, fico feliz por deixar esse legado e pretendo continuar por quanto tempo for possível”, complementa.

Mesmo certo em todo final de ano na capital, a tradição do evento precisou ser interrompida por três anos, devido à pandemia de covid-19. O objetivo era ter voltado em 2022, mas o investimento não foi suficiente e precisou ficar para o ano seguinte. “Ano passado, meus patrocinadores não tinham verba. O comércio estava falido, eu saía batendo de porta em porta desde junho e escutava que não tinham dinheiro. Hoje, o torneio custa na casa de R$ 1 milhão, levando em conta a infraestrutura, água, energia, árbitro, vestiário, banheiros, prêmios. Esse ano, conseguimos alguns patrocínios de volta e tivemos a ajuda da senadora Leila, que nos deu uma emenda parlamentar. Então, tiramos os planos do papel”, relata.

Com tudo pronto para a bola rolar, o organizador deixa claro que as dores dos anos sem poder fazer o campeonato não foram esquecidas e quer que o retorno sirva como uma homenagem ao que aconteceu no período. “Depois de tantas perdas de amigos, anos tão difíceis, a alegria volta novamente no esporte amador. Quando entrar na quadra durante a abertura sei que o coração vai palpitar mais forte, lembrando de todas as pessoas que se foram, o apito inicial vai trazer a saudade de todas elas. É uma celebração por esses parceiros queridos que se foram. Então, espero o público aqui de braços abertos para sair com um sorriso no rosto e ter um momento legal nesse Natal e Ano Novo”, explica.

Além da diversão, o torneio serve como palco para o surgimento de novos craques do futebol brasileiro, como os candangos Endrick, do Palmeiras, e Reinier, ex-Flamengo. O atual campeão nacional jogou pelo time do Valparaíso, enquanto o rubro-negro vestia as cores do Guará. Para a atual edição, Arimatéia já antecipa que foi avisado sobre a presença de olheiros nas arquibancadas e torce pelos talentos locais.

“Eu fico muito emocionado em poder, mesmo que indiretamente, dar algum palanque para que essas crianças sejam vistas. Agradeço muito a Deus e Nossa Senhora Aparecida por trazer esses atletas aqui e eles terem oportunidade de crescer. O Endrick já me mandou mensagem agradecendo e são histórias como essa que fazem tudo valer a pena”, relata o devoto da Santa Padroeira do Brasil.

Pequenos craques do futsal apostam no Arimatéia para mostrar o talento com a bola pesada nos pés

Entre as 104 equipes garantidas na competição, a expectativa é por se destacar e utilizar a quadra montada no Taguaparque e, quem sabe, trilhar o mesmo caminho de tantos craques com passagem pelo Torneio Arimatéia. Nesse sentido, o maior foco de ansiedade fica concentrado nos pequenos jogadores, vivendo as primeiras experiências com a bola pesada.

Treinador do LocTrad, André de Oliveira Barros não esconde a expectativa para a competição e para ver os jogadores brilharem. Ele conta que a preparação se estende ao longo do ano, mas o torneio tem um aspecto especial por ser durante as férias. Então, alguns dos atletas estão viajando ou podem jogar apenas uma parte do campeonato. Mesmo assim, o plano é brigar pelo título e ajudar no desenvolvimento da garotada.

“Tem gente que vai passar o Natal em outro estado, aí entra só na fase de grupos, outros que desde o começo já sabemos que não vamos poder contar. Mas faz parte, o importante é disputar e fazer uma boa competição. O Arimatéia traz uma vitrine muito boa para ajudar no sonho desses meninos e meninas. Temos alguns que já foram chamados para times maiores, outros que, com certeza, serão em pouco tempo. Ainda soma o fato de ser uma experiência maior para eles, jogar com torcida, um grande evento, ajuda a criar casca e deixá-los mais preparados para os próximos passos”, detalha o técnico.

Entre os jogadores, a expectativa também está alta. “É um sonho poder jogar no mesmo lugar que outros craques também jogaram, principalmente nós, de pouca idade. Espero conseguir fazer um campeonato muito bom, tentar ser campeão e torcer por oportunidades de ir atrás do meu sonho”, compartilha o jovem Lucas, de 11 anos, ala-direita do LocTrad.

*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz

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Ranking da CNT mostra as 10 estradas mais perigosas do Brasil

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, nesta quarta-feira (13/12), o Guia CNT de Segurança nas Rodovias 2024, em que consta o ranking dos 10 trechos mais perigosos segundo o número de mortes a cada 10 km. Na análise, cerca de 60 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais, e em primeiro lugar entre as 10 mais perigosas está a BR-101, em Santa Catarina, com 529 acidentes e 16 mortes. Os números do estudo se referem a novembro de 2022 a outubro de 2023.

De acordo com a CNT, a imprudência ao dirigir e o desrespeito às regras de trânsito e sinalização associados a uma má infraestrutura das estradas resultam em estatísticas preocupantes. A cada dia ocorrem, em média, 182 acidentes e 15 mortes apenas nas rodovias federais do país.

Além de identificar os trechos rodoviários mais perigosos, a CNT apresentou os principais tipos e causas de acidentes. Reação tardia ou ineficiente do condutor soma um total de 9.548 acidentes (14,3% do total). Como a principal causa de mortes mais recentes, estão: transitar na contramão, com um total de 866 ocorrências (15,7% do total).

Essa análise é resultado da pesquisa CNT de rodovias em 2023 e dos dados mais recentes de ocorrência de acidentes disponibilizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Leia o estudo na íntegra neste link.

Veja o ranking das 10 estradas mais perigosas do Brasil divulgado pela CNT

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

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Ranking da CNT mostra as 10 estradas mais perigosas do Brasil

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, nesta quarta-feira (13/12), o Guia CNT de Segurança nas Rodovias 2024, em que consta o ranking dos 10 trechos mais perigosos segundo o número de mortes a cada 10 km. Na análise, cerca de 60 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais, e em primeiro lugar entre as 10 mais perigosas está a BR-101, em Santa Catarina, com 529 acidentes e 16 mortes. Os números do estudo se referem a novembro de 2022 a outubro de 2023.

De acordo com a CNT, a imprudência ao dirigir e o desrespeito às regras de trânsito e sinalização associados a uma má infraestrutura das estradas resultam em estatísticas preocupantes. A cada dia ocorrem, em média, 182 acidentes e 15 mortes apenas nas rodovias federais do país.

Além de identificar os trechos rodoviários mais perigosos, a CNT apresentou os principais tipos e causas de acidentes. Reação tardia ou ineficiente do condutor soma um total de 9.548 acidentes (14,3% do total). Como a principal causa de mortes mais recentes, estão: transitar na contramão, com um total de 866 ocorrências (15,7% do total).

Essa análise é resultado da pesquisa CNT de rodovias em 2023 e dos dados mais recentes de ocorrência de acidentes disponibilizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Leia o estudo na íntegra neste link.

Veja o ranking das 10 estradas mais perigosas do Brasil divulgado pela CNT

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

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Como a estrutura do CT Time Brasil no Rio potencializa conquistas

Rio de Janeiro — O que os olhos não veem, o coração do brasileiro sente. Se a delegação verde-amarela alcançou as 21 medalhas nas Olimpíadas de Tóquio — a melhor marca desde a estreia na Antuérpia-1920 — e deu um upgrade ao recorde de pódios em Jogos Pan-Americanos, com as 205 condecorações em Santiago, é porque existe uma estrutura talvez desconhecida pela maioria das pessoas. A 225 dias da abertura da disputa de Paris-2024, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) reabriu as portas do Centro de Treinamento localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense para o Correio e prestou contas perante os resultados expressivos do último ciclo para cá.

“O alcance desses resultados é reflexo da evolução contínua da gestão”. A frase é de quem um dia alcançou panteão de protagonistas olímpicos. Ouro em Barcelona-1992, o ex-judoca Rogério Sampaio agora está do outro lado do balcão. Diretor-geral do COB, hoje, ele é o braço-direito daquele que outrora foi o sensei dele nos tatames: Paulo Wanderley. Juntos, são responsáveis por apostar nas diferentes modalidades e contribuir para a lapidação de talentos. E tudo isso passa pela fantástica fábrica de medalhas.

O Centro de Treinamento do Time Brasil é uma espécie de legado das Olimpíadas Rio-2016. O foco está na área de saúde do atleta, preparação esportiva e ciência e tecnologia. Envolve médicos, fisioterapeutas, massoterapeutas, nutricionistas, profissionais da bioquímica, psicologia e análise de desempenho. Boa parte da estrutura utilizada para a maior festa do esporte mundial na Cidade Maravilhosa não foi apenas mantida, como aprimorada.

Isso significa um atendimento a 44 modalidades — a versão parisiense dos Jogos, por exemplo, terá 48 — sem contar com os serviços de prevenção e tratamento de lesões, além de análises clínicas, laboratoriais e suporte psicológico. A iniciativa lançada em 2017 leva a crer que o plano olímpico está coberto. Em 2023, foram 529 atletas, 156 comissões técnicas atendidas e 33 Confederações atendidas pelos serviços do CT Time Brasil.

Um dos espaços de reabilitação e regeneração à disposição dos atletas

A reportagem esteve no CT do Time Brasil, mesmo local no qual fica localizado o Parque Aquático Maria Lenk, em 2 de fevereiro. Trezentos e quinze dias se passaram desde a última visita. Se o cenário naquele período era considerado animador para quem anda pelos corredores do COB, atletas, comissões técnicas e demais envolvidos, agora é como se tivesse chegado um novo estoque da terceira dose de otimismo. Durante o tour pelas instalações na Barra da Tijuca, foram apresentadas melhorias.

Se antes a maioria dos ambientes separado, a menos de um ano do início da jornada na Cidade Luz, parte das instalações passaram por processo de integração. Ou seja, além de deixar espaços mais harmônicos, possibilita que os profissionais das diferentes achas interajam sobre desempenho e saúde dos atletas. Um dos cômodos novinhos em folha da casa do esporte olímpico é a academia. Esqueça as paredes e pilares que “engessavam” o ambiente. Agora, tudo está unificado e com mais cara de Brasil (confira o antes e depois nas imagens). Destaque para o espaço multi-uso para lutas. A arquitetura adotada pelo COB permite monta-desmonta tanto para judo quanto para taekwondo, por exemplo.

A piscina do Maria Lenk também não é exclusiva da natação e dos saltos ornamentais. As águas cariocas são as “pistas” de atletas da canoagem slalom. Para o diretor de desenvolvimento esportivo do COB, Kenji Saito, incentivar canoístas a treinar na piscina é comparado a corredores que trocam as esteiras pelas pistas. Mas as análises e constatações dos personagens do backstage do esporte brasileiro não são baseadas em achismos e, sim, em estudos. Para isso existe o Laboratório Olímpico.

Como era a academia do CT Time Brasil em fevereiro de 2023

Como está a academia do CT Time Brasil em dezembro de 2023

O objetivo dessa oficina do esporte é disponibilizar informações relevantes e precisas para treinadores e comissões e, consequentemente, agregar ao desenvolvimento do atleta, tanto em treinamento quanto em competições. Para o COB, o trunfo do projeto é atender às especificidades de cada modalidade e deslocar-se aos centros de treinamentos dos clubes dos atletas espalhados pelo Brasil, a partir do fornecimento de tecnologias portáteis.

Melhorias animas os atletas e os feedbacks positivos aumentam a confiança do COB por ciclos ainda mais vitoriosos. “Quando há planejamento, o dinheiro é mais bem gasto e o resultado aparece. Espero que Paris, como foi no Pan de Santiago em relação à Lima-2019, queremos mais do que foi em Tóquio”, ressalta Rogério Sampaio.

“A ideia é que a estrutura seja um pedaço auxiliar na performance. Às vezes passa despercebido e não entendemos porque aquele atleta performa melhor naquele lugar e não em outro. Identificamos espaços potenciais para transformá-los em áreas adequadas para treinamentos. O mesmo ambiente pode atender várias modalidades, fazemos com que haja rotação e a estrutura sempre utilizada”, comenta a ex-judoca e gerente de infraestrutura da entidade, Daniela Polzin.

Espaço exclusivo da ginástica é considerado um dos principais do mundo

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“O alcance desses resultados é reflexo da evolução contínua da gestão”. A frase é de quem um dia alcançou panteão de protagonistas olímpicos. Ouro em Barcelona-1992, o ex-judoca Rogério Sampaio agora está do outro lado do balcão. Diretor-geral do COB, hoje, ele é o braço-direito daquele que outrora foi o sensei dele nos tatames: Paulo Wanderley. Juntos, são responsáveis por apostar nas diferentes modalidades e contribuir para a lapidação de talentos. E tudo isso passa pela fantástica fábrica de medalhas.

O Centro de Treinamento do Time Brasil é uma espécie de legado das Olimpíadas Rio-2016. O foco está na área de saúde do atleta, preparação esportiva e ciência e tecnologia. Envolve médicos, fisioterapeutas, massoterapeutas, nutricionistas, profissionais da bioquímica, psicologia e análise de desempenho. Boa parte da estrutura utilizada para a maior festa do esporte mundial na Cidade Maravilhosa não foi apenas mantida, como aprimorada.

Isso significa um atendimento a 44 modalidades — a versão parisiense dos Jogos, por exemplo, terá 48 — sem contar com os serviços de prevenção e tratamento de lesões, além de análises clínicas, laboratoriais e suporte psicológico. A iniciativa lançada em 2017 leva a crer que o plano olímpico está coberto. Em 2023, foram 529 atletas, 156 comissões técnicas atendidas e 33 Confederações atendidas pelos serviços do CT Time Brasil.

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Se antes a maioria dos ambientes separado, a menos de um ano do início da jornada na Cidade Luz, parte das instalações passaram por processo de integração. Ou seja, além de deixar espaços mais harmônicos, possibilita que os profissionais das diferentes achas interajam sobre desempenho e saúde dos atletas. Um dos cômodos novinhos em folha da casa do esporte olímpico é a academia. Esqueça as paredes e pilares que “engessavam” o ambiente. Agora, tudo está unificado e com mais cara de Brasil (confira o antes e depois nas imagens). Destaque para o espaço multi-uso para lutas. A arquitetura adotada pelo COB permite monta-desmonta tanto para judo quanto para taekwondo, por exemplo.

A piscina do Maria Lenk também não é exclusiva da natação e dos saltos ornamentais. As águas cariocas são as “pistas” de atletas da canoagem slalom. Para o diretor de desenvolvimento esportivo do COB, Kenji Saito, incentivar canoístas a treinar na piscina é comparado a corredores que trocam as esteiras pelas pistas. Mas as análises e constatações dos personagens do backstage do esporte brasileiro não são baseadas em achismos e, sim, em estudos. Para isso existe o Laboratório Olímpico.

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O objetivo dessa oficina do esporte é disponibilizar informações relevantes e precisas para treinadores e comissões e, consequentemente, agregar ao desenvolvimento do atleta, tanto em treinamento quanto em competições. Para o COB, o trunfo do projeto é atender às especificidades de cada modalidade e deslocar-se aos centros de treinamentos dos clubes dos atletas espalhados pelo Brasil, a partir do fornecimento de tecnologias portáteis.

Melhorias animas os atletas e os feedbacks positivos aumentam a confiança do COB por ciclos ainda mais vitoriosos. “Quando há planejamento, o dinheiro é mais bem gasto e o resultado aparece. Espero que Paris, como foi no Pan de Santiago em relação à Lima-2019, queremos mais do que foi em Tóquio”, ressalta Rogério Sampaio.

“A ideia é que a estrutura seja um pedaço auxiliar na performance. Às vezes passa despercebido e não entendemos porque aquele atleta performa melhor naquele lugar e não em outro. Identificamos espaços potenciais para transformá-los em áreas adequadas para treinamentos. O mesmo ambiente pode atender várias modalidades, fazemos com que haja rotação e a estrutura sempre utilizada”, comenta a ex-judoca e gerente de infraestrutura da entidade, Daniela Polzin.

Espaço exclusivo da ginástica é considerado um dos principais do mundo

Turismo quer fortalecer atividades ecológicas e internacionalizar Brasília

O setor turístico de Brasília passou por uma retomada e teve saldo positivo ao final de 2023. A avaliação é do secretário do Turismo, Cristiano Araújo, que detalhou ao CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — os esforços feitos para ampliar a internacionalização das rotas aéreas e também melhorar a infraestrutura para o ecoturismo em trilhas e cachoeiras, atividades que foram mais procuradas a partir da pandemia. Em entrevista aos jornalistas Sibele Negromonte e Samuel Calado, o representante da secretaria também comenta sobre a reabertura do Salão Nacional do Turismo, evento para toda população que chega ao DF pela primeira vez na próxima sexta-feira.

Cristiano Araújo conclui que, neste ano, Brasília se fortaleceu como cidade turística. “Foi um ano extremamente positivo para a secretaria de turismo e para Brasília. Isso não sou eu quem diz, mas sim os números de arrecadação de impostos e de geração de empregos. Toda essa base que sofreu muito na pandemia, está se recuperando e revestindo”, explicita.

Dentre as áreas de maior interesse do público, o secretário destaca o ecoturismo, com práticas esportivas e de lazer ao ar livre, aproveitando os espaços verdes e cachoeiras. “De uma maneira geral, o ecoturismo em Brasília cresce demais. Temos empresas especializadas em fazer essas caminhadas em cachoeiras. Nós temos as vinícolas. Então, é grande a riqueza”. Mesmo assim, ressalta, a área ainda precisa de cuidados, “nossa ideia é justamente criar infraestrutura para receber esse turismo, não adianta o turista ir numa cachoeira se ela não está sinalizada. Hoje estamos caminhando em relação a isso”, acrescenta.

A secretaria de Turismo também almeja angariar o público que passa pelo Aeroporto Internacional de Brasília, que hoje tem conexões com todos os estados do Brasil, além de regiões fora do país. “Na parte internacional, nós conseguimos alguns voos para Lima, no Peru, para Argentina, na semana passada, mais voos diários para Miami e estamos negociando para trazer algum voo para parte do Chile, pensando na alta temporada”, planeja.

*Estagiário sob supervisão de Márcia Machado

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