Indefinição na concessão da BR-040 gera apreensão com relação ao atendimento de acidentes

Risco de aumento de demanda para Bombeiros e Samu é motivo de preocupação

A indefinição no destino da Rio-Juiz de Fora gera um cenário de incertezas, causando apreensão entre motoristas e autoridades de cidades atravessadas pela BR-040. No momento, está nas mãos da Justiça a decisão que pode prorrogar o contrato de concessão da via, previsto originalmente para terminar no final de fevereiro. Contudo, serviços como o atendimento médico a acidentados, por exemplo, correm o risco de ficar comprometidos caso o poder público assuma, de fato, o controle da rodovia, a partir de março, como tem anunciado o Ministério da Infraestrutura.

Com informações vagas sobre as eventuais mudanças na BR-040, o Ministério adianta apenas que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) assumirá a gestão da Rio-Juiz de Fora, ficando responsável por uma operação parcial da rodovia, que abrangeria a realização de obras e o uso de reboques para o socorro mecânico de veículos. A reestatização da BR-040, no entanto, não prevê serviço de atendimento aos acidentados. Em declarações recentes, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, informou que tal demanda ficaria a cargo do Samu, em eventual parceria com o estado do Rio de Janeiro, sem definir como ficaria o atendimento médico no trecho mineiro da rodovia.

O temor de autoridades é que, em meio ao recrudescimento da pandemia de Covid-19, o Samu e o Corpo de Bombeiros sejam obrigados a assumir um aumento de demanda além da capacidade dos serviços, em especial em trechos pelo interior do estado. A preocupação se justifica pelas estatísticas da rodovia. Só em 2020, na região de Petrópolis e Três Rios, a Concer, concessionária responsável pela Rio-Juiz de Fora, atendeu 1.867 ocorrências de acidentes. O total é quase quatro vezes maior que o registrado pelo 15º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Petrópolis nos seis primeiros meses do ano passado (486 ocorrências de acidentes).

Comandante do 15º GBM, o tenente-coronel Luiz Diogo é cauteloso ao tratar da possibilidade, mas acredita que, para não haver impacto no trabalho da unidade que comanda, será preciso haver uma estrutura similar a que existe na atual gestão da rodovia.

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Segundo o militar, agilidade e eficiência em atividades corriqueiras que se consolidaram em 25 anos de atuação da iniciativa privada na BR-040 − como o rápido atendimento a acidentados, bem como a realização da devida sinalização na via − evitam que os acidentes cresçam. “O trabalho de socorro rápido e a sinalização eficiente evitam que, após um acidente, ocorram o que chamamos de acidentes secundários. Caso esse tipo de acidente secundário crescesse, teríamos, então, uma sobrecarga em nossas atividades”, explica o militar, cujo grupamento já atua na rodovia.

Outras ações da administração que, de acordo com o tenente-coronel Luiz Diogo, evitam inúmeros acidentes são a sinalização rápida quando acontecem quedas de encostas e o trabalho na área ambiental, com a retirada adequada de animais da pista.

Além dos acidentes de trânsito, a concessionária em 2020 atuou ainda em 88 quedas de árvores, 35 deslizamentos, 33 incêndios na rodovia e 26 incêndios em veículos. As bases operacionais onde ficam as equipes de socorro médico também prestaram 562 atendimentos a moradores de localidades próximas, em casos sem relação direta com a via.

Outros fatores também preocupam a população local. Um deles é a possibilidade de o DNIT assumir a rodovia em março, no auge das chuvas na região, que sofre com constantes deslizamentos, combinado ainda com o número elevado de ocorrências que exigem o uso de reboques para veículos enguiçados (foram quase 20 mil panes mecânicas nessa região da BR-040 em 2020).

Questionada sobre os impactos do fim da concessão da Concer nos atendimentos feitos pelo Samu de Petrópolis, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que o órgão é responsável pelos atendimentos nas localidades de Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro, Carmo, Cantagalo, Guapimirim e Cachoeiras de Macacu. No entanto, não deu outras informações sobre os eventuais impactos nos serviços prestados aos moradores da região.

2 comentários em “Indefinição na concessão da BR-040 gera apreensão com relação ao atendimento de acidentes”

  1. É triste, ver o descaso do governo em organizar e admitir falhas para tal situação, em várias reportagens, vi este Sr. Tarcísio de Freitas, ser citado como a frente e porta voz que vai “acabar”. Em momento algum, vi este senhor, conversar ao povo as possíveis baixas que podem acontecer. Faltava uma reportagem como está, mostrando números, para começar alertar pelo caos que vem aí . É muito bom as pessoas encherem a boca que não querem pagar o pedágio, mas estas mesmas pessoas, pensam nas chances que vão ter de morrer ou viver em um acidente ali, na BR 040 em Juiz de Fora – RIO? Digo mais, ainda que seja provado que mortes ocorreram, muito optaram em acabar. Por isso SR. Tarcísio de Freitas, use seu cargo e conhecimento, para analisar pela razão e não pela política ou lado mesquinho de nossa sociedade. Volto a repetir Sr. Tarcísio de Freitas, venha pessoalmente conhecer a Rodovia, as bases, conversar com os milhares de possíveis DESEMPREGADOS que está para ordenar no próximo mês. Acredito que você seja um ser humano, acredito que nas mãos da justiça, terá um Juiz IMPARCIAL, mas também ser humano. Acredito que vão manter a CONCER, pelo menos até licitar uma nova e em hipótese alguma deixar umas das RODOVIAS mais conhecidas do BRASIL, desamparadas e a cargo de órgãos públicos tão sobrecarregados e falhos.

    Igor Uchôa – Bacharel em Direito e Resgatista da BR-040!!

  2. Se for ao pensar nas coisas ruins , o Brasil para. Vamos pensar nas coisas boas . Sem o pedágio , Petrópolis vai ser mais visitada , a receita vai aumentar , podendo inclusive equipar e criar mais vagas no SAMU e Bombeiros. Pagar 33 pedágios do Rio até Brasília e Brasília Rio e dose pra leão. 👍🏽

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