Os reflexos da segurança na promoção do turismo

Os reflexos da segurança na promoção do turismo (Foto: Freepik)

Há uma relação intrínseca do turismo e economia, haja vista uma constatação fática da importância da atividade na geração de dividendos ao país. Segundo dados oficiais, 8% do PIB está ligado à indústria do turismo. Conforme o Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) o setor foi responsável pela criação de 214.086 vagas de empregos formais no ano de 2023.

Nesse mesmo período, pelos dados do Banco Central (Bacen) e do Ministério do Turismo, só os turistas internacionais trouxeram um aporte financeiro de aproximadamente 35 bilhões de Reais no ano de 2023. Esse quantitativo financeiro se configura, na entrada de cerca de 5,91 milhões de turistas estrangeiros que estiveram em território nacional no ano citado. Os dados da entrada de estrangeiros são certificados pela Polícia Federal.

A Embratur, na sua função de promoção internacional do turismo, afirma que o circuito ligado às atividades turísticas, tais como transporte aéreo, hotelaria, gastronomia, agências de viagens, dentre outros tiveram um crescimento de 7,5% no ano de 2023.

Os voos ofertados em 2023 foi cerca de 40% a mais que no ano anterior, redundando na oferta de 32,47% a mais no número de assentos disponibilizados.

Os dados disponibilizados apresentam a importância e grandeza da atividade turística no contexto da economia nacional.

Panorama da segurança no turismo

Notadamente, sem a necessidade de uma pesquisa censitária, o quesito segurança é primordial para a realização de quaisquer atividades econômicas. O tema é presente e compõe todos os discursos, políticos ou não, na obtenção de recursos e investimentos.

Tendo como referência a imensa indústria do turismo e, consequentemente, os diversos setores e pessoas que estão atrelados a todas as atividades, torna-se imprescindível uma rede de segurança e apoio para a realização dos diversos circuitos turísticos e atividades inerentes ao turismo.

Não há nenhuma dúvida, mesmo que por percepção empírica, que o fator segurança tem grande influência na atração de investimentos e recursos. Além, de ser determinante na escolha de destinos uma grande parcela de viajantes.

Em todos os segmentos envolvidos para a estruturação da atividade turística o fator segurança está permeado. As questões de infraestrutura relativas ao transporte, hospedagem e serviços de toda natureza devem estar contempladas por esses preceitos daquela natureza.

Turismo e segurança pública

O Brasil, por suas dimensões continentais, possui uma geografia extremamente diversificada, um dos fatores de atração de uma gama de viajantes. Lindas praias, biomas maravilhosos, uma rica biodiversidade, cartões postais conhecidos mundialmente, além de um povo gentil e acolhedor em sua grande maioria.

Cada ambiente apresenta padrões e comportamentos distintos que necessitam de medidas próprias do poder público através das ferramentas estatais para a proteção e segurança da coletividade.

Podemos citar a segurança em seu conceito mais amplo, o relativo à atividade estatal, ou seja, a segurança pública, como presente e necessária, cooperando em todos os ambientes e cadeias produtivas do turismo.

A garantia da estabilidade necessária para a execução de todos os elementos constitutivos das diversas atividades dessa imensa indústria do turismo. Não podemos deixar de assinalar a estrutura estatal de apoio ao turista, em especial ao internacional, através de entes especializados no atendimento e socorrimento desses viajantes.

Certamente, a segurança no turismo faz parte desse sistema complexo, interligado e, por vezes independente, que compõe a atividade. A estruturação física e social deve ser implementada nos espaços destinados ao turismo, compondo uma equação adequada ao propósito, ou seja, a segurança dos envolvidos.

Por esta abordagem, todas as ações no âmbito do turismo, devem ser pautadas numa perspectiva ampla que inclua os usuários, a infraestrutura e as políticas de segurança, necessárias para o bem-estar de todos.

Reflexos da segurança em ambientes turísticos

Turistas não estão isentos de possíveis ações humanas, por intermédio da criminalidade, ou do acontecimento de acidentes ou fenômenos naturais que possam colocar em risco sua integridade.

No entanto, a sensação de segurança deve ser explorada e transmitida para que os turistas se sintam confortáveis em visitar determinado destino. O ambiente ideal deve ser aquele em que o público local e o turista tenham a mesma percepção de tranquilidade.

A diferença, no entanto, está no sentimento daquele que está em férias ou desfrutando do lazer em outro ambiente. Pois, sem dúvida, está buscando o entretenimento, por vezes desconsiderando quesitos formais de segurança. Por essa circunstância o turista tende a estar mais vulnerável pela condição de explorar ao máximo a experiência.

Por essas questões peculiares, os destinos turísticos tendem a receber maior atenção no que diz respeito às questões de proteção.

A inobservância dessa percepção e a ausência de medidas protetivas podem comprometer grandemente as atividades turísticas, e por consequência as questões econômicas.

Acidentes e prevenção no turismo

Eventos naturais ou provocados pelo homem podem impactar economicamente ambientes com grande potencial turístico. Contratempos e intempéries podem ocorrer, em sua maioria, quando quesitos de segurança não são observados ou são deixados de lado.

Neste cenário, um grande desafio é a prevenção de acidentes e fenômenos de toda natureza. Há uma necessidade premente de conscientização das pessoas, em especial os turistas, das peculiaridades ambientais, das restrições de segurança e das limitações técnicas de profissionais envolvidos nas incontáveis atividades turísticas presentes no país.

Segundo literatura especializada na atividade turística cerca de 90% dos acidentes ocorrem por falta de comunicação dos riscos. Foram elencadas as principais causas dessas situações:

Não há dúvida que um turismo seguro atrai e garante a manutenção da atividade laboral e econômica.

Não podemos deixar de trazer aquelas tradicionais dicas. Assim, tenha a condição de segurança como fator preponderante para a escolha dos ambientes de suas aventuras. Sua segurança, sempre em primeiro lugar.

Não caia em furadas e divirta-se em suas viagens. No mais busque atividades que transmitam um sentimento de segurança, mesmo nas aventuras mais radicais. Caso queira compartilhar suas experiências, de forma que a coluna possa contribuir para a segurança dos demais turistas, envie sua sugestão no nosso Instagram @portaluaiturismo.

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Apex Brasil dá início a encontros nos EUA para ampliar negócios

Washington – Estados Unidos e Canadá são países estratégicos para as relações comerciais do Brasil e, a fim de alavancar negócios com esses dois países, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) deu início, nesta terça-feira (12/3), ao encontro de quatro dias com representantes de Setores de Promoção Comercial (Secoms) e com secretários de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectecs) e de Agricultura com os países da América do Norte, em Washington.

Como os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China, o presidente da Apex, Jorge Viana, é pragmático em relação à maior economia do planeta e prefere deixar a preferência política de lado na hora de fazer negócio. “Eu tenho falado, o Brasil tem que aprender a fazer negócio. Agora, os chineses fazem isso, os Estados Unidos, fazem isso. O Brasil precisa fazer isso, não por conta de preferências ou por conta de problemas circunstanciais. A gente tem que valorizar as empresas, a geração de emprego e a presença do nosso país no mundo”, destacou ele em pronunciamento. O encontro tem como objetivo ouvir os empresários sobre as dificuldades nesses mercados e buscar aproximar mais as empresas e o governo brasileiro e com a Apex.

Viana ainda lembrou que a Apex já realizou, no ano passado, eventos parecidos na África, no Panamá e na Colômbia, e, em breve, deverá ir para a Ásia com o mesmo objetivo. Ele contou que, antes de chegar em Washington, deu uma passada em Boston (Massachusetts, EUA), para participar de um evento do setor de pescados e destacou que o Brasil não pode ter apenas 0,2% da participação do mercado global dessa proteína. “O Brasil tem que entrar forte nesse setor e ampliar também o mercado de frutas, porque temos boas empresas e podemos exportar mais”, disse ele, lembrando que o governo brasileiro abriu, por exemplo, o mercado de abacate na Índia, agora o país mais populoso do planeta. “Parece pouca coisa, mas não é”, pontuou.

Antes da fala de Viana, na abertura do evento, a embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti, destacou que há inúmeras oportunidades de negócios entre os dois países, especialmente nas áreas de tecnologia, da transição energética e da Saúde. “Parecem especialmente alvissareiras as perspectivas nas áreas de transição energética e de fortalecimento do mercado de hidrogênio verde, assim como na esfera da economia digital. Como sabem, nós temos um mecanismo muito interessante de coordenação entre o Brasil e os Estados Unidos, que envolve o governo e o setor privado”, afirmou. Segundo ela, no fim do ano passado, houve uma discussão muito interessante sobre essas novas oportunidades, em Brasília, e os dois países têm o interesse em dar seguimento a essas conversações em Washington, provavelmente, em abril, para apresentar não só o bom momento da economia brasileira, mas os diversos programas lançados para a promoção de investimentos, para transição ecológica, e dar mais detalhes sobre a reforma tributária e o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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De acordo com a embaixadora, a proposta feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao governo dos EUA, no ano passado, para uma nova parceria para a transição energética focada no hidrogênio de baixo carbono e em combustíveis sustentáveis de aviação (SAFs) com o objetivo de aproveitar e potencializar as vantagens dos dois países nesses setores. “Essa iniciativa trará importantes benefícios para nossos produtores e impactos em matéria de qualificação de mão de obra”, afirmou Viotti. Segundo ela, os dois países também têm realizado conversas para o desenvolvimento de cadeias na área de tecnologia, como a da produção de semicondutores.

“Naturalmente, os Estados Unidos têm grande interesse nos esforços que vínhamos desenvolvendo de preservação da Floresta Amazônica. Por isso, é muito importante que haja uma atenção grande de nossa parte nessas questões, ao mesmo tempo que isso também abre mercados potenciais em setores associado à bioeconomia e à agricultura sustentável e oferece também maiores oportunidades de associação de produtos com a marca Brasil no mercado, que, embora amplo e dinâmico, é caracterizado por forte concorrência de uma presença consolidada de empresas e marcas domésticas e importadas”, ressaltou a embaixadora.

De acordo com integrantes do governo brasileiro, o interesse de investidores norte-americanos pelo Brasil cresceu após a troca de governo, tanto que o país foi o segundo maior destino global de investimento estrangeiro direto em 2023, atrás apenas dos Estados Unidos. O fato da corrida eleitoral deste ano, a agenda bilateral de transição energética não deverá ser ameaçada, porque é uma pauta que está na prioridade da maioria das empresas.

A expectativa deles, inclusive, é que o interesse pelo país tende a crescer devido ao grande número de eventos que devem ser realizados no Brasil, como a Cúpula do G20 — grupo das 19 maiores economias desenvolvidas e emergentes do planeta mas a União Europeia —, no fim deste ano, no Rio de Janeiro, e a 30ª conferência sobre mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (COP 30), em 2025, no Pará.

“Essa é uma conjunção de fatores que contribui para perspectivas muito positivas para este ano e 2025, com o Brasil presidindo o G20 e o país sediando a COP 30, em 2025. Portanto, eu penso que as nossas discussões de hoje e nos próximos dias contribuirão para encontrarmos maneiras de tornar tão boas oportunidades uma realidade muito melhor”, afirmou Maria Luiza Viotti.

Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), lembrou que o Brasil é um país que se desindustrializou precocemente e, portanto, é necessário uma política industrial que mostre um rumo para que o investidor brasileiro e estrangeiro volte a apostar no país. E, por conta disso, a nova política industrial que prevê alavancar R$ 300 bilhões até 2026 está focada em áreas como o complexo industrial da Saúde, a agroindústria, a defesa, a infraestrutura e a mobilidade. “Essas são as missões estratégicas da nova indústria e os investimentos podem chegar a US$ 300 bilhões somados ao PAC, mas ainda é um volume pequeno se comparado ao dos EUA nesse segmento, de US$ 1,9 trilhão”, comparou.

Rosa destacou que há um consenso no Congresso para a aprovação do combustível do futuro, que poderá regulamentar a produção do SAF e do biometano, além de ampliar a mistura do etanol na gasolina para até 35%. “Com isso, abre-se um novo mercado e o Brasil precisa deixar claro para o mundo qual é o rumo que ele vai seguir”, apontou.

Conforme dados levantados pela Apex, em 2023, o Brasil exportou US$ 36,9 bilhões para os EUA, volume com crescimento médio de quase 5,5% ao ano desde 2019. Em 2021 o estoque de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) dos EUA no Brasil cresceu 48% em comparação a 2020, fechando o ano em US$ 206,2 bilhões – o maior valor anual investido pelos EUA no Brasil entre 2012 e 2021.

De acordo com dados do MDIC, existem mais de 3,6 mil empresas estadunidenses presentes no Brasil, e a maior parte é concentrada na indústria de transformação. O Canadá foi o 10º destino das exportações brasileiras e o 14º com maior fluxo de comércio com o Brasil em 2023. O estoque de investimentos canadenses no país é de US$ 20 bilhões, relativos a setores como serviços, engenharia, transformação, máquinas industriais, peças automotivas e componentes eletrônicos e de mineração.

Criada como agência autônoma, em 2023, no governo Lula, a Apex, com origem no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), atualmente, apoia mais de 17 mil empresas, das quais 43% são de micro e pequeno porte. Rosa, do Mdic, lembrou que investimentos em promoção comercial são multiplicadores. “Cerca de US$ 60 mil em promoção comercial pode atrair US$ 5 milhões. O mundo todo faz esse trabalho”, disse.

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Concurso Unificado terá emprego da Força Nacional para garantir transporte de provas e segurança da banca

Para assegurar que o Concurso Nacional Unificado (CNU) corra dentro dos conformes, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) incluiu o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em pontos-chave da operação. A medida visa proteger tanto o processo de elaboração quanto o transporte e armazenamento das provas. As provas estão agendadas para serem realizadas no dia 5 de maio em 220 cidades, localizadas em todas as Unidades da Federação.

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Em reuniões recentes do governo, autoridades do sistema de segurança pública federal, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, se uniram para discutir o planejamento da operação de reforço na segurança do certame.

A presença da Força Nacional é considerada essencial em duas situações específicas:

Garantir a segurança nas instalações da Fundação Cesgranrio, localizadas na cidade do Rio de Janeiro, onde serão elaboradas, impressas e armazenadas as provas, no período de 11 de março a 18 de junho de 2024 Assegurar a segurança nos locais de guarda e armazenagem das provas nos municípios brasileiros participantes do certame, no período de 3 a 6 de maio de 2024

A ministra do MGI, Esther Dweck, enfatizou a importância da iniciativa.

– Esse é o maior concurso público que o Brasil já fez. Dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 15 não têm inscritos no CNU. Precisamos zelar para que esse certame ocorra bem. Queremos que a única preocupação dos candidatos seja estudar – defendeu.

‘Raio-X’ do concurso

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos traçou, em fevereiro, um perfil dos candidatos ao Concurso Nacional Unificado, que oferece 6.642 vagas em 21 órgãos públicos federais, com salários de até R$ 23 mil. Ainda que tenham sido feitas 2,6 milhões de inscrições, o certame teve 2,1 milhões de cadastros confirmados: 1,5 milhão de pagantes e 600 mil isentos.

Dentre os concorrentes, as mulheres são maioria. Foram cadastradas 1,2 milhão de pessoas do sexo feminino, ao passo que o concurso computou 938 mil inscrições do sexo masculino. O processo seletivo contará ainda com 475 mil participantes cotistas; sendo 420 mil negros, 45 mil pessoas com deficiência (PcDs) e dez mil indígenas.

Com as inscrições, o governo arrecadou R$ 126 milhões, valor suficiente para a cobertura dos custos. Dos 1,5 milhão de pagamentos feitos, a maioria das inscrições foi voltada para os blocos que exigem nível superior, com 1,113 milhão de candidatos.

Na divisão por blocos, porém, o que terá mais concorrentes é o que exige apenas nível intermediário.

Veja lista, com número de vagas e candidatos para cada bloco:

Infraestrutura, Exatas e Engenharias (727 vagas) – 121.838 inscritos Tecnologia, Dados e Informação (597 vagas) – 77.943 inscritos Ambiental, Agrário e Biológicas (530 vagas) – 102.922 inscritos Trabalho e Saúde do Servidor (971 vagas) – 336.284 inscritos Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (1.016 vagas) – 300.766 inscritos Setores Econômicos e Regulação (359 vagas) – 74.283 inscritos Gestão Governamental e Administração Pública (1.748 vagas) – 429.370 inscritos Nível Intermediário (692 vagas) – 701.029 inscritos

Perfil socioeconômico

A maior parte dos inscritos (20,5%) recebe entre R$ 2.825 e R$ 4.236.

Na sequência, estão pessoas que ganham entre R$ 1.413 e R$ 2.824 e as que recebem entre R$ 4.237 e R$ 7.060, ambos grupos com 20,3%.

Outros 16,5% têm renda mensal de até R$ 1.412, e 16% tem provimentos entre R$ 7.061 e R$ 14.120.

Apenas 6,3% dos participantes recebem acima de R$ 14.120.

Estado do Rio tem mais de 127 mil inscritos

De acordo com informações do MGI, o Estado do Rio de Janeiro registrou 127 mil inscritos no Concurso Nacional Unificado. A unidade da federação ficou atrás apenas do Distrito Federal, que conta com 220 mil candidatos.

As oportunidades no Rio de Janeiro incluem as carreiras de:

Médico Psicólogo Arquivista Bibliotecário Contador Antropólogo Assistente social Economista Engenheiro especialista em ciência e tecnologia Analista em reforma agrária

No Rio de Janeiro, o Concurso Nacional Unificado terá 11 cidades nas quais as provas serão aplicadas. São elas:

Rio de Janeiro Cabo Frio Campos dos Goytacazes Belford Roxo Duque de Caxias Niterói Nova Iguaçu São Gonçalo São João de Meriti Volta Redonda Petrópolis

Datas importantes

Divulgação dos cartões de confirmação: a partir de 25 de abril Aplicação das provas objetivas e discursiva: 5 de maio Divulgação preliminar dos gabaritos das provas objetivas: 7 de maio Divulgação das notas finais das provas objetivas e da nota preliminar das provas discursivas: 21 de junho Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas da prova discursiva: 29 de junho Envio dos títulos: 29 de junho a 1º de julho Resultado preliminar da avaliação de títulos: 16 de julho Previsão de divulgação dos resultados finais: 30 de julho Início da convocação de candidatos aprovados para posse ou cursos de formação: 5 de agosto

Concurso Nacional Unificado: qual a melhor estratégia de estudos, agora que o carnaval passou?

Passado o carnaval, os foliões começaram a deixar as fantasias de lado, voltando à rotina de trabalho e estudos. Com a prova do Concurso Nacional Unificado (CNU) batendo à porta — no dia 5 de maio —, é preciso estar atento para garantir uma das vagas de ingresso no serviço público. Portanto, é preciso estar com o aprendizado em dia para não ficar de fora do maior certame da história.

Desde o lançamento dos editais, os cursinhos preparatórios começaram a reorganizar as aulas para abordar os temas previstos e o novo modelo de aplicação das provas. O conteúdo voltado ao nível superior surpreendeu diretores e professores pela ausência de matérias que tradicionalmente fazem parte de concursos.

No bloco voltado às carreiras de nível médio, a principal novidade é a exigência de conhecimentos de realidade brasileira, que envolvem temas como políticas públicas, direitos humanos, diversidade, inclusão e meio ambiente. Diretor e professor da Central de Concursos, Gabriel Henrique Pinto salienta que, para quem deixou os estudos de lado durante a folia, é preciso fazer uma boa revisão nos conteúdos.

— A recapitulação pode ser feita por meio de exercícios de fixação, bem como também pela leitura de resumos e mapas mentais. Depois disso, é fundamental focar os estudos nos demais tópicos do conteúdo programático de cada disciplina. No entanto, não basta só ler a teoria. É fundamental também praticar. É indispensável realizar exercícios de fixação e, sobretudo, provas anteriores da Cesgranrio, que é a organizadora do concurso — aconselha.

Além das provas objetivas, serão aplicadas questões discursivas aos candidatos. Aos de nível superior, a depender do bloco temático escolhido, a avaliação discursiva terá somente uma questão. Metade da nota será voltada à análise do conteúdo, e a outra metade, ao correto uso da língua portuguesa.

Conforme as semanas passam e a prova fica cada vez mais perto, o tempo de estudo deve ser dedicado mais à resolução de questões do que à teoria, aponta Gabriel Henrique Pinto.

— Sugiro também que, sobretudo faltando cerca de 45 dias para as provas, os candidatos passem a realizar, se possível todas as semanas, um simulado. Além de ser uma forma de mensurar os conhecimentos sobre todas as disciplinas que serão cobradas nas provas, ele também estará treinando ‘gestão de tempo’ (para responder às questões e preencher o cartão-resposta) e se preparando psicologicamente para tudo o que envolve o dia do concurso — complementa.

Divisão em blocos

O novo modelo de seleção adotado pelo Concurso Nacional Unificado permite que os participantes concorram a mais de um cargo dentro de uma área escolhida. As vagas foram divididas em oito blocos, sendo sete destinados a cargos de nível superior e um para nível médio.

Cada um desses blocos terá cinco eixos temáticos. Cada órgão definiu pesos diferentes para cada eixo temático. Ou seja, mesmo com as vagas agrupadas em um mesmo bloco, os conteúdos cobrados terão pesos diferentes, dependendo do cargo selecionado.

Victor Dalton, fundador e diretor do Direção Concursos, dá um conselho para quem está determinado a participar do processo seletivo:

— Como o conteúdo programático é radicalmente diferente do que vimos nos concursos na última década, o ideal é ter uma rotina de estudos de modo a passar por todas as matérias ao longo de uma semana. Desta forma, o candidato sempre estará em contato com todo o conteúdo do concurso. Assim, ele diminui as chances de esquecer a matéria à medida que avança nos estudos.

Análise de títulos

Além da prova, diversos cargos preveem uma fase de análise de títulos. Essa etapa será classificatória somente. Por isso, é importante que os candidatos tenham todos os documentos que comprovem suas titulações.

Victor Tanaka, especialista em Concursos Públicos do Estratégia Concursos, detalha que a preparação deve ser muito focada no estudo de modelo de prova aplicado pela banca. Uma outra dica é trabalhar muito a atenção nas matérias que são inéditas, conteúdos que o aluno nunca viu e que têm um peso maior, diz:

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— A tendência é a de que a banca, inevitavelmente, acabe repetindo formas de cobrança de conteúdos prévios, nem que seja a maneira interpretativa da questão. Então, é fundamental a resolução de muitas questões da banca Cesgranrio. E, ao mesmo tempo, aliar com revisões periódicas. Numa reta final, eu recomendo menos aquela revisão do dia seguinte e mais aquela revisão semanal ou por blocos.

Filipe Chagas, professor da ZeroHum Concursos, destaca a necessidade dos alunos ingressarem em cursos preparatórios.

– Embora pareça uma propaganda, essas escolas já têm conteúdos organizados e focados para a prova, o que poupa tempo de organização dos alunos — afirma.

Tire suas dúvidas

Quando serão aplicadas as provas?

Em 5 de maio. O resultado final será anunciado em 30 de julho, e o início das convocações ocorrerá em 5 de agosto.

Como ser aprovado e continuar no meu estado?

Não foi possível escolher preferência geográfica no ato da inscrição, apenas de vagas. Para permanecer no mesmo estado, o candidato tinha que observar se as vagas dentro do bloco escolhido eram, majoritariamente, voltadas para sua região.

Qual será a validade da seleção?

A validade do certame, que estava prevista para dois anos, foi modificada para um ano, podendo ser prorrogada por mesmo período, caso o governo federal avalie a necessidade. A ideia é que a realização do “Enem dos Concursos” seja mais frequente, informam fontes no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Onde serão aplicados os testes?

As provas serão aplicadas em 220 cidades, em 5.141 locais. Serão alocados 46 candidatos por sala. Cerca de 350 mil pessoas atuarão na aplicação das provas.

Qual a novidade no cadastro de reserva?

O governo federal informou que as pessoas no cadastro de reserva do Concurso Nacional Unificado poderão ser convocadas para contratações temporárias em ministérios e órgãos. Ainda assim, o candidato será mantido no cadastro.

Como será o dia de provas?

Aos candidatos de nível superior, no bloco matutino, com duração de 2h30, serão aplicadas as provas objetivas de conhecimentos gerais, com 20 questões. Junto, será entregue uma prova discursiva de conhecimento específico do bloco. No bloco vespertino, com duração de 3h30 e 50 questões, serão cobrados conhecimentos específicos, em questões objetivas.

Aos candidatos de nível médio, no bloco matutino, com duração de 2h30, serão aplicadas as provas objetivas de conhecimentos gerais, com 20 questões. Junto, será entregue uma redação a ser escrita. O bloco vespertino terá duração de 3h30 e 40 questões objetivas.

Blocos temáticos

As vagas estão distribuídas em oito blocos temáticos. No ato da inscrição, os candidatos podiam se inscrever para mais de um cargo, desde que estivessem no mesmo bloco. Veja:

Infraestrutura, Exatas e Engenharias (727 vagas) Tecnologia, Dados e Informação (597 vagas) Ambiental, Agrário e Biológicas (530 vagas) Trabalho e Saúde do Servidor (971 vagas) Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (1.016 vagas) Setores Econômicos e Regulação (359 vagas) Gestão Governamental e Administração Pública (1.748 vagas) Nível Intermediário (692 vagas)

Como se planejar para alcançar a carreira dos sonhos?

É preciso partir do pressuposto: “Qual cargo almejado?”. Diante das ambições do candidato, é necessário montar um planejamento condizente com a recompensa, alerta Marco Brito, diretor pedagógico do Degrau Cultural:

— Se a pessoa quer o cargo com maior salário, precisa estar estudando há um tempo. É preciso construir conhecimento com o passar dos dias de estudo.

Qual o perfil da banca?

De acordo com especialistas ouvidos pelo EXTRA, a Cesgranrio costuma focar na interpretação de texto dos candidatos e cobrar menos conteúdos que exigem “decoreba”.

Quais foram as retificações realizadas nos editais?

O governo federal fez alterações nos editais do Concurso Público Nacional Unificado, conforme publicado no Diário Oficial da União. As alterações incluíram atualizações na formação exigida, detalhes sobre as remunerações de alguns cargos e adição de tabelas de titulação. As mudanças foram específicas para determinados cargos, e os candidatos foram aconselhados a lerem atentamente o edital de retificação.

Uma das principais alterações foi referente à inclusão de formação em Engenharia Geológica ou Geologia para o cargo de analista de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatística. Também foram atualizadas tabelas de atribuição de pontos por avaliação de títulos e quadros de retribuição por titulação para diversos cargos.

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Os órgãos que retificaram os editais foram: Advocacia-Geral da União (AGU), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A União já tinha realizado mudanças que abrangeram uma variedade de aspectos, incluindo requisitos de formação, locais de trabalho, remuneração, remanejamento de vagas e critérios de pontuação na fase de avaliação de documentos.

Um ajuste relevante dizia respeito às vagas de auditor-fiscal do trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), onde a exigência inicial de os candidatos serem “especialistas em auditoria e fiscalização” foi modificada para permitir a inscrição de candidatos de qualquer área do conhecimento.

Outra alteração notável ocorreu no Edital 5, relacionado à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), especificamente para o cargo de técnico de assuntos educacionais, que originalmente aceitava formação em qualquer área, mas foi corrigido para exigir um diploma em Pedagogia.

Em resposta às modificações, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) classificou as retificações como “formais” e assegurou que não causarão prejuízos aos candidatos.

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O ministério defendeu a natureza das retificações como uma medida preventiva para evitar interpretações equivocadas do edital, “visando a garantir a integridade e imparcialidade no processo de seleção dos futuros servidores públicos”.

Também foram adicionadas informações sobre a intensificação dos procedimentos de segurança durante a realização das provas, proibindo determinados comportamentos, como permanecer na sala após o fechamento dos portões, registrar ou divulgar a prova por meio de imagem, vídeo ou som, e o consumo de substâncias proibidas no local de aplicação.

“Será proibido levar ou ingerir bebidas alcoólicas ou utilizar drogas ilícitas ou cigarro e outros produtos derivados do tabaco no local de provas”, complementou o MGI.

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BID aprova aumentos de capital para ampliar desembolsos anuais em 50%

Como parte do objetivo de ampliar em 50% a média anual de desembolsos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Assembleia de Governadores da instituição multilateral aprovou neste domingo, em reunião anual realizada em Punta Cana, balneário caribenho na República Dominicana, um aumento de capital de US$ 3,5 bilhões no BID Invest, braço que financia empresas e projetos privados.

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A ampliação será feita num prazo de até sete anos, período ao fim do qual o capital do BID Invest, hoje em US$ 3,2 bilhões, mais do que duplicará.

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A Assembleia de Governadores também aprovou um aumento de capital de até US$ 400 milhões no BID Lab, o braço de inovação do organismos multilateral, que hoje apoia em torno de 100 fundos de capital empreendedor e já financiou cerca de 850 startups. Em sete anos, o BID Lab poderá ampliar sua capacidade de financiamento em US$ 1,2 bilhão.

As medidas fazem parte dos esforços para aumentar a média anual de desembolsos de todo o grupo BID em mais US$ 11,2 bilhões por ano num prazo de dez anos, salto de 50% ante a média anual atual, conforme estimativas anunciadas pelo presidente da instituição, o economista brasileiro Ilan Goldfajn, na quinta-feira.

2 de 3 Presidente do BID, Ilan Goldfajn, durante reunião do organismo em Punta Cana, na República Dominicana — Foto: Divulgação Presidente do BID, Ilan Goldfajn, durante reunião do organismo em Punta Cana, na República Dominicana — Foto: Divulgação

Alterações nas políticas operacionais, também aprovadas neste domingo, para permitir ao BID, ao BID Invest e ao BID Lab correrem mais risco nas operações financeiras, possibilitarão que a capacidade de financiar cresça numa proporção ainda maior do que o dobro.

Com mais financiamentos, especialmente para empresas, via o BID Invest, a expectativa é que o apoio do banco multilateral também atraia mais fontes de investimento privado.

Assim como a IFC, do Banco Mundial, o BID Invest financia concessões de infraestrutura e projetos de investimento de empresas que sejam estratégicos. Em outubro do ano passado, o BID Invest aprovou um empréstimo de longo prazo de R$ 1,5 bilhão para a Águas do Rio, concessionária de água e esgoto controlada pela Aegea, que opera duas das áreas antes sob gestão da Cedae.

– Esse aumento de capital é a melhor forma de mobilizar capital privado – afirmou Goldfajn, em discurso na sessão de encerramento da Assembleia de Governadores.

Brasil aportará US$ 434 milhões em 7 parcelas anuais

Assim como outros bancos multilaterais, tipo o Banco Mundial, o capital do BID é formado por aportes dos países participantes. Portanto, o aumento aprovado neste domingo exigirá investimentos de cada país, em valores proporcionais à sua participação no capital.

O Brasil, com participação de 11,35%, aportará US$ 434 milhões, em sete parcelas anuais de US$ 62 milhões, informou, na semana passada, a secretária de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento do Ministério do Planejamento e Orçamento, Renata Amaral.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que é governadora do Brasil no BID, defendeu, ao deixar uma série de reuniões bilaterais paralelas que manteve com ministros de países participantes do evento do BID em Punta Cana:

– São US$ 3,5 bilhões, divididos por todos os países e não é de uma vez só, é parcelado a partir de 2025.

3 de 3 Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participa de encontro durante a reunião anual da Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Punta Cana, República Dominicana — Foto: Divulgação/Ministério do Planejamento e Orçamento Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participa de encontro durante a reunião anual da Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Punta Cana, República Dominicana — Foto: Divulgação/Ministério do Planejamento e Orçamento

Segundo a ministra, a ampliação da capacidade de emprestar do grupo BID como um todo interessa a todos os países da região.

– No caso do BID Invest, é o braço de financiamento para empreendimentos privados, como micro, pequenos e médio empreendedores. Para todos os países isso interessa. São mais empréstimos, é mais investimento no país, é mais geração de emprego, de renda e de crescimento da economia.

Mais voz para o Brasil

Questionada se o BID precisaria passar por reformas de governança para dar mais voz aos países emergentes e menores, como reivindica o governo Lula em sua política externa, Simone destacou que o Brasil já vem ampliando sua influência no banco regional.

– O Brasil conseguiu mudar a agenda do BID, graças ao fato de termos um presidente brasileiro, que, portanto, com as portas abertas para o Brasil, incluiu nos sete focos estratégicos, três agendas muito por influência do Brasil – afirmou a ministra.

As três agendas mencionadas por Simone são ampliar a “transversalidade” dos esforços para ampliar a igualdade de gênero, o apoio do BID ao projeto de construção de infraestrutura logística intrarregional lançado pelo Ministério do Planejamento em dezembro passado e o programa Amazônia para Sempre, no qual o banco regional concentrou seu apoio a projetos na região amazônica.

* O repórter viajou a convite do BID

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Missão empresarial busca investimentos nos Emirados Árabes

Dubai, Emirados Árabes — A contar pelas exposições de árabes e brasileiros na Brazil Emirates Conference, promovida pelo Lide (líderes empresariais), Brasil e Emirados Árabes têm tudo para promover a parceria perfeita na área do agro e infraestrutura. Na segunda etapa da visita de empresários brasileiros ao Oriente Médio, nesta quinta-feira (7), o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues foi incisivo ao dizer aos árabes que, sem recursos e financiamentos, o Brasil não atingirá a previsão da OCDE a respeito do crescimento de alimentos no mundo — que calcula a necessidade de, em 10 anos, ampliar em 40% a produção brasileira para que a oferta mundial cresça 20%. “Temos terra, mas não temos recursos”, afirmou.

Se os brasileiros precisam de financiamento, os Emirados pretendem ser o entreposto para a região onde vivem. “A maior parte dos países da região importa alimentos. Portanto, vislumbramos um papel estratégico para os Emirados se tornarem um corredor, um porto ideal para a região”, disse o presidente do Grupo de Indústria de Alimentos dos Emirados Árabes, Saleh Lootah. A entidade equivale, na organização da indústria brasileira, à Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNC).

Lootah já esteve algumas vezes no Brasil e dá um conselho aos empresários e ao governo brasileiro: “Gostaria de ver o Brasil fazendo mais marketing e uma abordagem mais agressiva. Segurança alimentar é um problema para nós. Quando fomos atingidos pela covid foi um desafio, porque a maior parte dos países importa alimentos. Importamos proteínas, carnes, frango, soja, olhamos para frutas, café e outros, porque pode ter grande potencial. É preciso explorar mercado”.

O que vale para os agricultores, em termos de exportação, pode valer para os empresários da área de infraestrutura. Porém, em vez de abastecer o mercado brasileiro, o interesse é de grandes fundos de investimentos explorar o mercado na América do Sul. “O Brasil está entrando num superciclo de investimentos.

A área de Transporte e mobilidade apresenta uma oportunidade gigantesca. Precisamos da ajuda do investimento que vem desta região do planeta”, diz Miguel Seta, CEO da CCR, empresa que detém a concessão de 17 aeroportos no Brasil, além de rodovias. Seta começou esta semana um road show no Oriente Médio a fim de levar investidores para esse segmento de infraestrutura.

O Brasil hoje tem poucos recursos para investir nessa área. Em 2023, os investimentos foram de 1,79% do PIB, perto de R$ 200 bilhões, sendo R$ 47 bilhões do setor público. Para este ano, espera-se 1,87% do PIB. “O Brasil poderia estar rodando com 4% do seu PIB em investimento em infraestrutura. Há potencial para isso, mas é preciso parcerias”, disse Seta, durante sua palestra no Lide Brazil Emirates Conference.

Esses investimentos podem, inclusive, servir para fortalecer o agro. Francisco Matturo, secretário de Agricultura de São Paulo durante o governo Doria, está preocupado com as mudanças climáticas e lembra que o país hoje depende muito de caminhões para o escoamento da produção. “Transporte e armazenagem é o que mais precisamos”, diz.

A repórter viajou a convite do grupo Lide

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Missão empresarial busca investimentos nos Emirados Árabes

Dubai, Emirados Árabes — A contar pelas exposições de árabes e brasileiros na Brazil Emirates Conference, promovida pelo Lide (líderes empresariais), Brasil e Emirados Árabes têm tudo para promover a parceria perfeita na área do agro e infraestrutura. Na segunda etapa da visita de empresários brasileiros ao Oriente Médio, nesta quinta-feira (7), o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues foi incisivo ao dizer aos árabes que, sem recursos e financiamentos, o Brasil não atingirá a previsão da OCDE a respeito do crescimento de alimentos no mundo — que calcula a necessidade de, em 10 anos, ampliar em 40% a produção brasileira para que a oferta mundial cresça 20%. “Temos terra, mas não temos recursos”, afirmou.

Se os brasileiros precisam de financiamento, os Emirados pretendem ser o entreposto para a região onde vivem. “A maior parte dos países da região importa alimentos. Portanto, vislumbramos um papel estratégico para os Emirados se tornarem um corredor, um porto ideal para a região”, disse o presidente do Grupo de Indústria de Alimentos dos Emirados Árabes, Saleh Lootah. A entidade equivale, na organização da indústria brasileira, à Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNC).

Lootah já esteve algumas vezes no Brasil e dá um conselho aos empresários e ao governo brasileiro: “Gostaria de ver o Brasil fazendo mais marketing e uma abordagem mais agressiva. Segurança alimentar é um problema para nós. Quando fomos atingidos pela covid foi um desafio, porque a maior parte dos países importa alimentos. Importamos proteínas, carnes, frango, soja, olhamos para frutas, café e outros, porque pode ter grande potencial. É preciso explorar mercado”.

O que vale para os agricultores, em termos de exportação, pode valer para os empresários da área de infraestrutura. Porém, em vez de abastecer o mercado brasileiro, o interesse é de grandes fundos de investimentos explorar o mercado na América do Sul. “O Brasil está entrando num superciclo de investimentos.

A área de Transporte e mobilidade apresenta uma oportunidade gigantesca. Precisamos da ajuda do investimento que vem desta região do planeta”, diz Miguel Seta, CEO da CCR, empresa que detém a concessão de 17 aeroportos no Brasil, além de rodovias. Seta começou esta semana um road show no Oriente Médio a fim de levar investidores para esse segmento de infraestrutura.

O Brasil hoje tem poucos recursos para investir nessa área. Em 2023, os investimentos foram de 1,79% do PIB, perto de R$ 200 bilhões, sendo R$ 47 bilhões do setor público. Para este ano, espera-se 1,87% do PIB. “O Brasil poderia estar rodando com 4% do seu PIB em investimento em infraestrutura. Há potencial para isso, mas é preciso parcerias”, disse Seta, durante sua palestra no Lide Brazil Emirates Conference.

Esses investimentos podem, inclusive, servir para fortalecer o agro. Francisco Matturo, secretário de Agricultura de São Paulo durante o governo Doria, está preocupado com as mudanças climáticas e lembra que o país hoje depende muito de caminhões para o escoamento da produção. “Transporte e armazenagem é o que mais precisamos”, diz.

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Missão empresarial busca investimentos nos Emirados Árabes

Dubai, Emirados Árabes — A contar pelas exposições de árabes e brasileiros na Brazil Emirates Conference, promovida pelo Lide (líderes empresariais), Brasil e Emirados Árabes têm tudo para promover a parceria perfeita na área do agro e infraestrutura. Na segunda etapa da visita de empresários brasileiros ao Oriente Médio, nesta quinta-feira (7), o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues foi incisivo ao dizer aos árabes que, sem recursos e financiamentos, o Brasil não atingirá a previsão da OCDE a respeito do crescimento de alimentos no mundo — que calcula a necessidade de, em 10 anos, ampliar em 40% a produção brasileira para que a oferta mundial cresça 20%. “Temos terra, mas não temos recursos”, afirmou.

Se os brasileiros precisam de financiamento, os Emirados pretendem ser o entreposto para a região onde vivem. “A maior parte dos países da região importa alimentos. Portanto, vislumbramos um papel estratégico para os Emirados se tornarem um corredor, um porto ideal para a região”, disse o presidente do Grupo de Indústria de Alimentos dos Emirados Árabes, Saleh Lootah. A entidade equivale, na organização da indústria brasileira, à Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNC).

Lootah já esteve algumas vezes no Brasil e dá um conselho aos empresários e ao governo brasileiro: “Gostaria de ver o Brasil fazendo mais marketing e uma abordagem mais agressiva. Segurança alimentar é um problema para nós. Quando fomos atingidos pela covid foi um desafio, porque a maior parte dos países importa alimentos. Importamos proteínas, carnes, frango, soja, olhamos para frutas, café e outros, porque pode ter grande potencial. É preciso explorar mercado”.

O que vale para os agricultores, em termos de exportação, pode valer para os empresários da área de infraestrutura. Porém, em vez de abastecer o mercado brasileiro, o interesse é de grandes fundos de investimentos explorar o mercado na América do Sul. “O Brasil está entrando num superciclo de investimentos.

A área de Transporte e mobilidade apresenta uma oportunidade gigantesca. Precisamos da ajuda do investimento que vem desta região do planeta”, diz Miguel Seta, CEO da CCR, empresa que detém a concessão de 17 aeroportos no Brasil, além de rodovias. Seta começou esta semana um road show no Oriente Médio a fim de levar investidores para esse segmento de infraestrutura.

O Brasil hoje tem poucos recursos para investir nessa área. Em 2023, os investimentos foram de 1,79% do PIB, perto de R$ 200 bilhões, sendo R$ 47 bilhões do setor público. Para este ano, espera-se 1,87% do PIB. “O Brasil poderia estar rodando com 4% do seu PIB em investimento em infraestrutura. Há potencial para isso, mas é preciso parcerias”, disse Seta, durante sua palestra no Lide Brazil Emirates Conference.

Esses investimentos podem, inclusive, servir para fortalecer o agro. Francisco Matturo, secretário de Agricultura de São Paulo durante o governo Doria, está preocupado com as mudanças climáticas e lembra que o país hoje depende muito de caminhões para o escoamento da produção. “Transporte e armazenagem é o que mais precisamos”, diz.

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Homenagem: Booking.com indica seis destinos pelo mundo que carregam nomes de mulheres

Homenagem: Booking.com indica seis destinos pelo mundo que carregam nomes de mulheres (Foto: Freepik)

O dia 8 de março é uma data que ninguém mais esquece. É nesse dia que se celebra o Dia Internacional da Mulher, uma efeméride chancelada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 70 e que simboliza a luta histórica de mulheres pela igualdade na sociedade. Para homenageá-las, a Booking.com destacou seis destinos pelo mundo que carregam nomes de mulheres e traz dicas para quem deseja conhecê-los.

Carolina (Maranhão, Brasil)

A cidade de Carolina, que fica no estado do Maranhão, leva esse nome devido a uma homenagem à primeira imperatriz do Brasil, Carolina Leopoldina, esposa de D. Pedro I. A localidade conta com cerca de 25 mil habitantes e está perto da divisa com o estado do Tocantins. O que chama a atenção em Carolina é a beleza natural do local, que conta com cachoeiras e sítios ecológicos e arqueológicos. Carolina também é uma escolha de ponto de partida para a Chapada das Mesas, um dos mais novos parques nacionais do Brasil, criado em 2005. Parte da infraestrutura que chama turistas para o local, o Ventanas Hotel Boutique é uma acomodação na região que ganhou nota 8,8 para viagem a dois na Booking.com e elogios ao café da manhã com mesa posta.

Ventanas Hotel Boutique, Carolina, Maranhão (Foto: Divulgação)

Atenas (Grécia)

A capital da Grécia ganhou o nome de Atenas em homenagem à deusa Atena, uma divindade da mitologia grega conhecida como a deusa da sabedoria. Uma curiosidade sobre a história e os mitos do país é que a Grécia antiga vivia um regime de regras patriarcais estritas e rígidas, no entanto, as mulheres dessa parte da história são figuras do mais alto escalão de religiosidade e hierarquia, que enfrentavam qualquer tipo de opressão. Hoje, a cidade é bastante conhecida por abrigar a Acrópole e o Partenon, duas construções antigas e icônicas da cultura e da história da região. Inclusive, o Athens Cypria Hotel é uma acomodação que dispõe de um bar na cobertura com vista da Acrópole e está a 10 minutos a pé do Novo Museu da Acrópole.

Athens Cypria Hotel, Atenas, Grécia (Foto: divulgação)

Charlotte (Estados Unidos)

A cidade de Charlotte é a mais populosa da Carolina do Norte e está localizada no Condado de Mecklenburg – um dos 100 condados do estado. Sua localização explica a origem de seu nome, já que tanto o condado, quanto a cidade foram nomeados em homenagem ao povo alemão por meio da Princesa Carlota – o que também justifica o apelido de “Queen City” (Cidade Rainha). A refinada metrópole cosmopolita é famosa por ser o epicentro das corridas da NASCAR e por abrigar a sede da modalidade, mas, por lá, também dá para curtir outro tipo de aventura no parque de diversões Carowinds ou conhecer mais sobre ciência e natureza no museu Discovery Place Science and Nature. Uma acomodação que chama a atenção na localidade é The Ivey’s Hotel, uma hospedagem que mistura o clássico com o moderno e cujas camas se destacam pelo conforto na avaliação dos hóspedes na Booking.com.

The Ivey’s Hotel, Charlotte, EUA (Foto: Divulgação)

Siena (Itália)

O nome dessa cidade não faz menção a personagens mulheres históricas, no entanto, é inspiração para diversas mães da modernidade que dão à luz filhas meninas. Acredita-se que a origem do nome Siena para essa cidade italiana veio de uma palavra em inglês que significa “vermelho-alaranjado”. O local, que faz parte da região da Toscana, é uma das cidades medievais mais conhecidas e visitadas da Itália. Conhecida por sua incrível arquitetura, Siena possui um centro histórico declarado Patrimônio Mundial da UNESCO e um complexo que integra alguns dos principais pontos turísticos: a Catedral de Siena, a Biblioteca Piccolomini e o Museo dell’Opera del Duomo. A apenas 2 km do centro histórico, a acomodação Borgo Grondaie é uma propriedade construída em uma antiga quinta toscana com clima bucólico e relaxante, de onde dá para ir à cidade a pé.

Borgo Grondaie, Siena, Itália (Foto: Divulgação)

Vitória (Austrália)

O estado de Vitória, na Austrália, leva o nome da rainha que governou o Reino Unido e a Irlanda entre os anos de 1819 e 1901. O local é majoritariamente colonizado pelos ingleses e até mesmo sua bandeira faz referência ao país. O local é considerado a segunda maior economia da Austrália, logo atrás de Nova Gales do Sul, onde fica a cidade de Sydney. A capital de Vitória é a cidade de Melbourne, considerada desde 2023 a área urbana mais populosa do país, e é um dos pontos por onde passa a Great Ocean Road, uma estrada na beira do litoral com cerca de 240 km de extensão que constitui uma das rotas de viagem mais famosas do país. Ali em Melbourne, a 5 minutos de carro do Queen Victoria Market – outro lugar imperdível na cidade –, está o Larwill Studio, uma acomodação moderna e descolada que possui a certificação Travel Proud da Booking.com, ou seja, reconhecida por ter concluído o treinamento de hospitalidade da plataforma e por seu compromisso contínuo de oferecer estadias acolhedoras a todas as pessoas.

Larwill Studio, Melbourne, Austrália (Foto: Divulgação)

Rosário (Argentina)

A cidade de Rosário fica a aproximadamente 3 horas de carro de Buenos Aires e 4 horas, também de automóvel, de Córdoba, o que permite que o destino seja uma das paradas em uma road trip pela Argentina. A localidade leva esse nome como homenagem à Virgem do Rosário, uma figura religiosa cuja imagem permanece na Catedral Basílica Nossa Senhora do Rosário – um dos pontos turísticos do local. Rosário mistura vibrações jovens, por ser universitária, com um clima de interior e fica às margens do Rio Paraná. O Balneário La Florida é outro ponto turístico imperdível no destino: se trata de uma praia de água doce com infraestrutura completa. Para ficar em um lugar confortável e com mais privacidade, o Departamento Fabuloso é um apartamento com todas as facilidades necessárias para passar os dias e que fica a aproximadamente duas quadras do Boulevard Oroño, um passeio público bonito e agradável para uma caminhada.

Departamento Fabuloso, Rosário, Argentina (Foto: Divulgação)

Siga o @portaluaiturismo no Instagram.

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Mossoró: “Responsabilidade pela fuga é do governo federal”, diz Fátima Bezerra

Lisboa — A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), fez um périplo nos últimos dias por Portugal com uma missão clara: mostrar para os turistas estrangeiros, em especial, os portugueses, que é seguro viajar para o estado. O trabalho de convencimento, que ocupou boa parte da agenda dela na Bolsa de Turismo de Lisboa, coincidiu com a fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró, no interior potiguar. Sempre que questionada sobre assunto, recorria a números para mostrar que os índices locais de violência despencaram, resultado de um trabalho de gestão, que passou pela criação de uma secretaria só para cuidar do sistema prisional. Mais: o controle da cadeia de Mossoró é de responsabilidade exclusiva do governo federal.

“Em 2018, o Rio Grande do Norte era o estado mais violento do Brasil. No ano passado, segundo dados do Ministério da Justiça, foi a unidade da Federação que mais reduziu as mortes violentas. Nossos índices caíram 15,6% contra menos de 4% de média nacional”, diz a governadora. Ela reconhece, porém, que há muito ainda por ser feito na área de segurança, sobretudo, na reposição de pessoal nas polícias e na renovação de equipamentos. “Desde 2019, foram realizados nove concursos. Estamos repondo as vagas gradualmente, dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Havia áreas que ficaram sem concursos por 20 anos. Portanto, o deficit é grande”, acrescenta.

Durante a feira de turismo em Lisboa, uma das maiores do mundo no setor, Fátima Bezerra apresentou o Rio Grande do Norte como o estado mais verde do Brasil, por ser campeão nacional em produção de energia renovável. Também exaltou as belezas dos 400 quilômetros de costa litorânea. Ela reconhece, porém, que é preciso muito mais para atrair os viajantes estrangeiros, que, além de segurança, querem passagens mais baratas, boa infraestrutura hoteleira e de restaurantes. No ano passado, mais de 70 mil estrangeiros aterrissaram em território potiguar. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Correio.

É claro que um episódio como esse, que é muito delicado, impacta. Infelizmente, há dificuldade, inclusive, de recaptura desses fugitivos. Agora, me permite aqui, de uma forma muito séria, separar as coisas. Isso aconteceu em uma prisão federal, sob gestão do governo federal. É evidente que o governo do estado fez e continua fazendo o seu papel, chegando junto. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, desde o primeiro momento, entrou em contato conosco, que se mantém permanente. Há um trabalho integrado em toda a operação, sob a coordenação do secretário Nacional de Política Penal e da Polícia Federal, com o governo estadual apoiando, como é o nosso dever, disponibilizando efetivo e equipamentos. Então, estamos todos empenhados. Ao mesmo tempo, vale destacar que, em decorrência desse incidente, as medidas corretivas já estão em curso, porque não basta só recapturar esses fugitivos, o mais importante é corrigir todas as falhas que permitiram esse tipo de coisa. O governo federal realmente está muito atento, muito empenhado na correção dessas falhas.

O que eu posso dizer é que isso faz para da política de gestão do sistema prisional federal. De tempos em tempos, o Ministério da Justiça faz esse rodízio por questão de segurança.

O nosso sistema prisional está sob controle, está seguro. Se olharmos os rankings de 2023 sobre fugas de presídios, no Rio Grande do Norte foi zero. Desde que nós assumimos, a partir de 2019, a curva se inverteu, com redução da violência. Até 2018, o Rio Grande do Norte aparecia como o estado mais violento do Brasil. O mais recente anuário da segurança pública, do Ministério da Justiça, aponta que, em 2023, entre os 26 estados e o Distrito Federal, o Rio Grande do Norte aparece em primeiro lugar, como o que mais reduziu os índices de criminalidade, no item mortes violentas. De 2022 para 2023, houve redução de 15,6%, queda muito maior do que a média nacional, que foi abaixo de 4%. Também estamos reduzindo os crimes contra o patrimônio e os assaltos. O carnaval deste ano, quando houve a fuga de Mossoró, foi o mais seguro da história. Em 2022, houve 14 mortes violentas, neste ano, foram seis, com um detalhe, nenhuma relacionada com o polo carnavalesco. É preciso que se ressalte isso. São dados concretos, nada está sendo inventado.

Trabalho, gestão. Mesmo pegando um estado desmantelado como eu peguei, em 2019, foi possível superar as dificuldades. Estamos investindo muito na área de segurança. Fizemos nove concursos para as polícias penal, civil, militar e bombeiros. Estamos repondo as vagas de forma gradativa, dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pois o deficit de pessoal é muito grande. Em algumas áreas, foram quase 20 anos sem concursos. Outro ponto: o Rio Grande do Norte passou 30 anos com cinco delegacias de atendimento a mulher. Em quatro anos, abri sete. Assim, na segurança pública, os dados são de queda, não de aumento da violência.

Sim. No meu primeiro mandato, foi criada a Secretaria de Administração Penitenciária, o que se comprovou, aliás, extremamente necessário, sem dúvida nenhuma. Os especialistas realmente recomendam que haja uma estrutura direcionada para cuidar do sistema prisional. Evidentemente, há uma conexão com todo o sistema de segurança. Isso fez uma diferença grande. Não há como não ter uma estrutura direcionada para uma área tão complexa, como o sistema prisional no Brasil. A secretaria, por sinal, está sob o comando de pessoas muito preparadas.

O turismo tem crescido muito, sobretudo de estrangeiros. Tanto que o número de voos ligando Lisboa a Natal passou de três para sete durante a semana. Em 2023, foram 70.912 passageiros internacionais. O ano passado começou com três voos, que passaram para cinco e, agora, são sete. Comparando apenas o segundo semestre em relação ao primeiro, houve aumento de 30% no número de turistas.

Com certeza, o espaço é enorme. Para isso, temos feito e vamos intensificar a promoção das belezas do estado, capacitar ainda mais todos os setores envolvidos e ampliar a nossa acessibilidade.

Primeiro, temos o estado mais verde do Brasil e do mundo. Isso porque nós fizemos o dever de casa e temos 95% da energia que produzimos de fontes renováveis. Praticamente tudo vem de energia eólica, do vento. O Brasil ocupa espaço de destaque mundial nesse quesito de energia limpa graças à produção advinda do Nordeste, que está no centro da agenda da mudança climática, da transição energética. O país tem hoje 937 parques eólicos, dos quais 827 estão no Nordeste e, desses, mais de 250 estão no Rio Grande do Norte. Neste exato momento, o nosso estado está completando uma década como maior produtor de energia eólica do Brasil. Produzimos 7,4 gigawatts de energia e consumimos apenas 2,2 gigawatts. O restante abastece o sistema interligado nacional. E já estamos nos preparando para a nova fase, de eólica offshore (no mar) e de hidrogênio verde, inclusive, com várias empresas europeias.

Queremos avançar cada vez mais no turismo sustentável. As pessoas que chegam no Rio Grande do Norte pisam no chão do estado mais verde do Brasil. Temos nossas belezas naturais. São mais de 400 km de costa, com belos destinos, como os de Pipa e São Miguel do Gostoso, conhecidos mundo afora. Há, também, a Rota das Serras, o turismo religioso. Agora, estamos avançando em outra pauta muito importante, que é o turismo de aventura, o turismo histórico, através do geoparque reconhecido pela Unesco. O Brasil tem cinco geoparques listados pela entidade, e um deles fica no Rio Grande do Norte, na região do Seridó, em Currais Novos. São seis municípios envolvidos. Eu havia lançado, em 2023, na Bolsa de Turismo de Lisboa, a proposta de fazermos um fórum, começando por reunir os geoparques da Unesco dos países da língua portuguesa para a troca de experiência, de intercâmbio. E essa proposta prosperou. O primeiro fórum será entre 25 e 28 de março, em Currais Novos.

Sempre é desejável o barateamento das passagens aéreas, tanto as nacionais, quanto as internacionais. Mas essa carestia não é de agora.

Com certeza. Estamos nesse processo de aumentar o fluxo de voos internacionais. E temos de ressaltar um passo importante nesse sentido: a conclusão do processo de relicitação do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante. Infelizmente, esse processo teve início em 2019 e não andava. Passamos três anos com um grande prejuízo. Um aeroporto espetacular, que estava abandonado. Lutei muito para que a relicitação saísse, mas só andou agora, com o governo Lula.

Assim que saiu o parecer do TCU, houve o leilão de concessão em maio do ano passado, na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Quem ganhou a disputa foi a Zurich Airport, uma empresa conceituada, que já atua em Santa Catarina e no Espírito Santo. Então, o aeroporto tem um novo operador. Isso agrega muito e nos abre perspectivas de atração de mais voos nacionais e internacionais.

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Mossoró: “Responsabilidade pela fuga é do governo federal”, diz Fátima Bezerra

Lisboa — A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), fez um périplo nos últimos dias por Portugal com uma missão clara: mostrar para os turistas estrangeiros, em especial, os portugueses, que é seguro viajar para o estado. O trabalho de convencimento, que ocupou boa parte da agenda dela na Bolsa de Turismo de Lisboa, coincidiu com a fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró, no interior potiguar. Sempre que questionada sobre assunto, recorria a números para mostrar que os índices locais de violência despencaram, resultado de um trabalho de gestão, que passou pela criação de uma secretaria só para cuidar do sistema prisional. Mais: o controle da cadeia de Mossoró é de responsabilidade exclusiva do governo federal.

“Em 2018, o Rio Grande do Norte era o estado mais violento do Brasil. No ano passado, segundo dados do Ministério da Justiça, foi a unidade da Federação que mais reduziu as mortes violentas. Nossos índices caíram 15,6% contra menos de 4% de média nacional”, diz a governadora. Ela reconhece, porém, que há muito ainda por ser feito na área de segurança, sobretudo, na reposição de pessoal nas polícias e na renovação de equipamentos. “Desde 2019, foram realizados nove concursos. Estamos repondo as vagas gradualmente, dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Havia áreas que ficaram sem concursos por 20 anos. Portanto, o deficit é grande”, acrescenta.

Durante a feira de turismo em Lisboa, uma das maiores do mundo no setor, Fátima Bezerra apresentou o Rio Grande do Norte como o estado mais verde do Brasil, por ser campeão nacional em produção de energia renovável. Também exaltou as belezas dos 400 quilômetros de costa litorânea. Ela reconhece, porém, que é preciso muito mais para atrair os viajantes estrangeiros, que, além de segurança, querem passagens mais baratas, boa infraestrutura hoteleira e de restaurantes. No ano passado, mais de 70 mil estrangeiros aterrissaram em território potiguar. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Correio.

É claro que um episódio como esse, que é muito delicado, impacta. Infelizmente, há dificuldade, inclusive, de recaptura desses fugitivos. Agora, me permite aqui, de uma forma muito séria, separar as coisas. Isso aconteceu em uma prisão federal, sob gestão do governo federal. É evidente que o governo do estado fez e continua fazendo o seu papel, chegando junto. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, desde o primeiro momento, entrou em contato conosco, que se mantém permanente. Há um trabalho integrado em toda a operação, sob a coordenação do secretário Nacional de Política Penal e da Polícia Federal, com o governo estadual apoiando, como é o nosso dever, disponibilizando efetivo e equipamentos. Então, estamos todos empenhados. Ao mesmo tempo, vale destacar que, em decorrência desse incidente, as medidas corretivas já estão em curso, porque não basta só recapturar esses fugitivos, o mais importante é corrigir todas as falhas que permitiram esse tipo de coisa. O governo federal realmente está muito atento, muito empenhado na correção dessas falhas.

O que eu posso dizer é que isso faz para da política de gestão do sistema prisional federal. De tempos em tempos, o Ministério da Justiça faz esse rodízio por questão de segurança.

O nosso sistema prisional está sob controle, está seguro. Se olharmos os rankings de 2023 sobre fugas de presídios, no Rio Grande do Norte foi zero. Desde que nós assumimos, a partir de 2019, a curva se inverteu, com redução da violência. Até 2018, o Rio Grande do Norte aparecia como o estado mais violento do Brasil. O mais recente anuário da segurança pública, do Ministério da Justiça, aponta que, em 2023, entre os 26 estados e o Distrito Federal, o Rio Grande do Norte aparece em primeiro lugar, como o que mais reduziu os índices de criminalidade, no item mortes violentas. De 2022 para 2023, houve redução de 15,6%, queda muito maior do que a média nacional, que foi abaixo de 4%. Também estamos reduzindo os crimes contra o patrimônio e os assaltos. O carnaval deste ano, quando houve a fuga de Mossoró, foi o mais seguro da história. Em 2022, houve 14 mortes violentas, neste ano, foram seis, com um detalhe, nenhuma relacionada com o polo carnavalesco. É preciso que se ressalte isso. São dados concretos, nada está sendo inventado.

Trabalho, gestão. Mesmo pegando um estado desmantelado como eu peguei, em 2019, foi possível superar as dificuldades. Estamos investindo muito na área de segurança. Fizemos nove concursos para as polícias penal, civil, militar e bombeiros. Estamos repondo as vagas de forma gradativa, dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pois o deficit de pessoal é muito grande. Em algumas áreas, foram quase 20 anos sem concursos. Outro ponto: o Rio Grande do Norte passou 30 anos com cinco delegacias de atendimento a mulher. Em quatro anos, abri sete. Assim, na segurança pública, os dados são de queda, não de aumento da violência.

Sim. No meu primeiro mandato, foi criada a Secretaria de Administração Penitenciária, o que se comprovou, aliás, extremamente necessário, sem dúvida nenhuma. Os especialistas realmente recomendam que haja uma estrutura direcionada para cuidar do sistema prisional. Evidentemente, há uma conexão com todo o sistema de segurança. Isso fez uma diferença grande. Não há como não ter uma estrutura direcionada para uma área tão complexa, como o sistema prisional no Brasil. A secretaria, por sinal, está sob o comando de pessoas muito preparadas.

O turismo tem crescido muito, sobretudo de estrangeiros. Tanto que o número de voos ligando Lisboa a Natal passou de três para sete durante a semana. Em 2023, foram 70.912 passageiros internacionais. O ano passado começou com três voos, que passaram para cinco e, agora, são sete. Comparando apenas o segundo semestre em relação ao primeiro, houve aumento de 30% no número de turistas.

Com certeza, o espaço é enorme. Para isso, temos feito e vamos intensificar a promoção das belezas do estado, capacitar ainda mais todos os setores envolvidos e ampliar a nossa acessibilidade.

Primeiro, temos o estado mais verde do Brasil e do mundo. Isso porque nós fizemos o dever de casa e temos 95% da energia que produzimos de fontes renováveis. Praticamente tudo vem de energia eólica, do vento. O Brasil ocupa espaço de destaque mundial nesse quesito de energia limpa graças à produção advinda do Nordeste, que está no centro da agenda da mudança climática, da transição energética. O país tem hoje 937 parques eólicos, dos quais 827 estão no Nordeste e, desses, mais de 250 estão no Rio Grande do Norte. Neste exato momento, o nosso estado está completando uma década como maior produtor de energia eólica do Brasil. Produzimos 7,4 gigawatts de energia e consumimos apenas 2,2 gigawatts. O restante abastece o sistema interligado nacional. E já estamos nos preparando para a nova fase, de eólica offshore (no mar) e de hidrogênio verde, inclusive, com várias empresas europeias.

Queremos avançar cada vez mais no turismo sustentável. As pessoas que chegam no Rio Grande do Norte pisam no chão do estado mais verde do Brasil. Temos nossas belezas naturais. São mais de 400 km de costa, com belos destinos, como os de Pipa e São Miguel do Gostoso, conhecidos mundo afora. Há, também, a Rota das Serras, o turismo religioso. Agora, estamos avançando em outra pauta muito importante, que é o turismo de aventura, o turismo histórico, através do geoparque reconhecido pela Unesco. O Brasil tem cinco geoparques listados pela entidade, e um deles fica no Rio Grande do Norte, na região do Seridó, em Currais Novos. São seis municípios envolvidos. Eu havia lançado, em 2023, na Bolsa de Turismo de Lisboa, a proposta de fazermos um fórum, começando por reunir os geoparques da Unesco dos países da língua portuguesa para a troca de experiência, de intercâmbio. E essa proposta prosperou. O primeiro fórum será entre 25 e 28 de março, em Currais Novos.

Sempre é desejável o barateamento das passagens aéreas, tanto as nacionais, quanto as internacionais. Mas essa carestia não é de agora.

Com certeza. Estamos nesse processo de aumentar o fluxo de voos internacionais. E temos de ressaltar um passo importante nesse sentido: a conclusão do processo de relicitação do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante. Infelizmente, esse processo teve início em 2019 e não andava. Passamos três anos com um grande prejuízo. Um aeroporto espetacular, que estava abandonado. Lutei muito para que a relicitação saísse, mas só andou agora, com o governo Lula.

Assim que saiu o parecer do TCU, houve o leilão de concessão em maio do ano passado, na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Quem ganhou a disputa foi a Zurich Airport, uma empresa conceituada, que já atua em Santa Catarina e no Espírito Santo. Então, o aeroporto tem um novo operador. Isso agrega muito e nos abre perspectivas de atração de mais voos nacionais e internacionais.

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