Eleitor que decidiu na última hora reavalia voto para presidente no 2º turno

Eleitores que só decidiram na última hora seu voto no primeiro turno da eleição presidencial foram às urnas frustrados com a radicalização política dos últimos anos e continuam reavaliando as escolhas que fizeram no último dia 2.

É o que sugerem pesquisas qualitativas realizadas pelo Datafolha na segunda (10) e na terça-feira (11) desta semana com dois grupos de eleitores que só definiram o voto para presidente na última semana da campanha do primeiro turno.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) votando no primeiro turno da eleição – Mariana Greif/Reuters e Eduardo Anizelli/Folhapress

O objetivo desse tipo de estudo, em que as pessoas discutem suas preferências com ajuda de um moderador, é entender melhor suas escolhas. Os encontros foram realizados remotamente. Participaram 16 eleitores de diferentes regiões do país.

Os institutos de pesquisa mostraram que a maioria das pessoas definiu seu voto para presidente desta vez muito mais cedo do que em eleições anteriores, mas um número significativo de eleitores deixou a decisão para as últimas horas.

Segundo pesquisa feita pelo Datafolha na semana passada, 7% dos eleitores definiram o voto para presidente somente no dia da votação, 3% decidiram na véspera e outros 4% só fizeram sua escolha na última semana antes da eleição.

Analistas que examinaram os números das pesquisas afirmam que a definição tardia do voto e mudanças de última hora podem explicar a discrepância entre as pesquisas de intenção de voto da véspera da eleição e o resultado das urnas.

Os relatos dos eleitores confirmam essa hipótese. Alguns dos que cogitavam votar em Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno afirmaram que os abandonaram para votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Todos os eleitores desses grupos se disseram cansados das tensões criadas pelas disputas políticas dos últimos anos e criticaram Lula e Bolsonaro por terem se atacado nos debates da campanha, em vez de apresentarem planos de governo.

“Está muito estressante”, disse uma mulher de 34 anos de idade. “É um enfiando o dedo na cara do outro por causa de política. A gente fica com vergonha de falar o que pensa, porque o outro já vem com sete pedras na mão.”

Eleitora de Bolsonaro em 2018, ela gostou do desempenho de Tebet nos debates e cogitou votar nela. Na última semana, porém, decidiu reeleger o presidente por achar que ele teria mais força para impedir a volta de Lula ao poder.

Um eleitor de Lula, de 30 anos, flertou com Ciro, mas no fim achou melhor votar mais uma vez no petista, na esperança de que derrotasse Bolsonaro no primeiro turno. “Queria um nome novo, mas tive medo de tudo acabar nas mãos do outro”, disse.

Eleitores que votaram em Tebet e Ciro disseram que agora não sabem o que fazer. “Uma amiga me disse que é como voltar para um namorado que batia nela porque o de agora quer matá-la”, afirmou um dos que votaram em Ciro. “Também me sinto assim.”Segundo a pesquisa mais recente do Datafolha, Lula tinha 49% das intenções de voto para o segundo turno no fim da semana passada e Bolsonaro estava com 41%. Um novo levantamento será divulgado pelo instituto na noite desta sexta (14).

Os números sugerem que ambos ganharam votos desde o fim do primeiro turno, mas mostram que parte relevante do eleitorado ainda não se definiu. Na semana passada, 6% diziam querer votar em branco ou nulo e 2% estavam indecisos.

Como a diferença entre os dois candidatos se estreitou, pequenas oscilações podem fazer diferença. Segundo o Datafolha, 5% dos eleitores de Lula e 6% dos que preferem Bolsonaro dizem que ainda podem mudar até a votação, no dia 30.

Como os dois candidatos têm altas taxas de rejeição, suas campanhas têm investido em ataques pessoais para desgastar a imagem do adversário. Conforme o Datafolha, 51% dizem que não votam em Bolsonaro de jeito nenhum e 46% repudiam Lula.

Os eleitores ouvidos nesta semana sugerem, porém, que a estratégia pode ser ineficaz. “Um foi preso, o outro está sendo acusado disso e daquilo”, disse uma mulher de 55 anos, ex-eleitora do PT que cogita anular o voto. “A vida deles a gente já sabe.”

Eleitores críticos do PT, para os quais a anulação das ações da Operação Lava Jato contra Lula não livraram o ex-presidente de responsabilidade pela prática de corrupção nos governos petistas, disseram que votarão nele mesmo assim.

“Não vou dizer que não teve culpa, mas a prisão dele foi política”, afirmou um deles, uma mulher. “Não existe político que não faça essas coisas, ou deixe outros fazerem, mas não é contra a corrupção que o povo está votando.”

Outros não perdoam os erros cometidos pelo governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia de Covid-19 e a falta de empatia do presidente com as vítimas do coronavírus, e por isso rejeitam sua candidatura à reeleição.

“Minha mãe estava internada, à beira da morte, e doía ver o presidente fazendo piadinhas na televisão”, disse um homem que cogitou votar em Ciro, mas optou por Lula no primeiro turno. “Vou fazer tudo para Bolsonaro não ser mais o presidente.”

Alguns dos eleitores que participaram do grupo e ainda não sabem como votarão no dia 30 disseram que ficaram mais confortáveis para apoiar Lula depois de analisar o avanço da direita bolsonarista nas eleições para Câmara dos Deputados e o Senado.

“A gente está vendo novas alianças políticas, e não sei se eu quero todo mundo do mesmo partido mandando”, disse uma mulher de 28 anos, ex-eleitora de Bolsonaro que votou em Tebet. “Talvez seja melhor votar agora por alguém que tenha um contrapeso do outro lado.”

Para outro eleitor, que pensa em anular o voto no segundo turno, a eleição para o Congresso mudou o cenário. “Se Lula ganhar, vai ter que convencer esse pessoal a ajudá-lo a governar”, disse. “Pode ser que no dia da eleição eu mude e vote para desempatar.”

Fonte: Uol

Brasil investe 1% do PIB em infraestrutura de transportes

O transporte rodoviário representa cerca de 70% de todo o escoamento de cargas que circulam pelo país. Há, portanto, uma dependência deste modal, que carece de investimentos. De acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Brasil aporta apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura de transportes. Sem dinheiro e sem alternativas, cidades e estados têm crescimento e desenvolvimento limitados.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), em grupos de trabalho, encontros regionais e congressos de profissionais, vem discutindo e elaborando proposições a fim de contribuir para o desenvolvimento sustentável. Resultado dessa mobilização, o Conselho elaborou uma Carta aberta aos candidatos às eleições de 2022. O coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Crea-MG, engenheiro civil Gabriel Faria Nogueira, reforça que é preciso investir em soluções que privilegiem a integração dos diferentes modais de transporte. “É impossível a gente falar sobre transporte, trânsito, mobilidade e logística sem pensar no Sistema Confea/Crea. Os nossos profissionais que estão à frente, são as cabeças pensantes para a elaboração de um bom projeto, que conhecem as normas e as leis relacionadas a essas atividades. Então essa é a importância de eles estarem participando de um projeto relacionado a isso”, destaca Gabriel.

Mesmo sendo prioridade, o modal rodoviário carece de recursos. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por exemplo, teve orçamento encolhido em 57% entre 2010 e 2020. O DNIT é o executor das políticas do Ministério da Infraestrutura. Gabriel entende que os candidatos devem se comprometer com a pauta da mobilidade e dos transportes de forma mais ampla. Para ele, o transporte ferroviário deveria ter mais atenção e investimentos. “Existe esse gargalo. Todo nosso transporte, a maior parte dele, é feito com malha rodoviária. A melhor alternativa que existe hoje para a gente é, principalmente, o transporte ferroviário, onde vai ter uma interação entre engenharia civil, mecânica, ambiental, elétrica. É essa aglutinação de todas as engenharias para um bem comum que buscamos, que é o bem da sociedade, e o que o nosso Conselho mais preza”, pontua o coordenador.

A Carta do Crea-MG contém uma síntese da Agenda Legislativa Prioritária do Sistema Confea/Crea e Mútua 2022, os projetos que tramitam na esfera estadual e têm relação direta com a agenda nacional. Na Câmara e no Senado, há projetos que pretendem atualizar a Política Nacional de Mobilidade Urbana e precisam de ampla discussão com a sociedade. Em Minas, é necessário debater as políticas estaduais de mobilidade, presentes no Projeto de Lei 53, de 2019 e no PL 2605, de 2021. Conselheiro Titular da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Crea-MG, o engenheiro civil José Marques Souza Santos reforça que os candidatos devem assumir compromissos com o interesse público, com as contribuições da área tecnológica. “Tudo na vida passa pela engenharia. Se os candidatos, se as autoridades, como um todo, perceberem a importância de ter um documento técnico com embasamento, fundamentação, isso dá pra ele um direcionamento, uma luz. Quando tem informações fidedignas, como o Crea, ele só tem a ganhar”, reforça o engenheiro.

Fonte: Portal G37

ANTT define requisitos e procedimentos para novos pontos de fronteira

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a Resolução nº 5.991/2022, que estabelece os requisitos e procedimentos para habilitação de pontos de fronteira ao tráfego internacional terrestre, que são os locais destinados à entrada e saída de veículos, pessoas, bens e mercadorias, procedentes do exterior ou a ele destinados.

O documento determina que é necessária a existência de acordo bilateral entre os países fronteiriços ou acordo multilateral de transporte internacional terrestre em que ambos os países sejam signatários. O local precisa ter potencial fluxo de veículos e condições adequadas da infraestrutura rodoviária de acesso entre as localidades fronteiriças e existência de instalações para abrigar as autoridades fronteiriças, entre outros requisitos.

A ANTT disponibilizará no seu Portal a atualização dos pontos de fronteiras habilitados, bem como as principais informações pertinentes.

Fonte: https://www.gov.br/

Ministério da Economia eleva estimativa do PIB de 2022 para 2,7%

Alta foi motivada pelo crescimento do mercado de trabalho, bom desempenho do setor de serviços e ampliação dos investimentos

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME) elevou, nesta quinta-feira (15/9), a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022 de 2% para 2,7%. No curto prazo, para o terceiro trimestre, a SPE estima um PIB de 0,4%. Para 2023, a estimativa permanece em 2,5%.

A atualização da Grade de Parâmetros Macroeconômicos foi apresentada em entrevista coletiva, pelo chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos, Rogério Boueri, e pelo secretário de Política Econômica do ME, Pedro Calhman. Na ocasião, a SPE divulgou também a edição de setembro do Boletim Macrofiscal e a versão atualizada do Panorama Macroeconômico.

De acordo com os documentos, a expectativa para a taxa de inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo/IPCA) em 2022 recuou de 7,2% para 6,3%. A previsão considera a inflação abaixo das estimativas nos últimos meses, que reflete a redução dos preços dos itens monitorados – como os combustíveis – e uma estabilização da inflação de serviços e de alimentos.

Para 2023, a projeção do IPCA se manteve em 4,5%. A SPE espera convergência do índice para a meta de 3% a partir de 2024. Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a previsão para 2022 baixou de 7,4% para 6,54%.

Fatores de crescimento

Segundo a SPE, a revisão de alta para a atividade econômica se deve principalmente ao resultado do PIB do segundo trimestre deste ano, que apresentou crescimento de 1,2% na margem e foi superior ao estimado anteriormente, além da tendência positiva dos indicadores já divulgados para o terceiro trimestre.

A Secretaria avalia que esse crescimento da atividade é reflexo da melhora do mercado de trabalho, com a criação de novos empregos; do desempenho do setor de serviços, que manteve a tendência de crescimento verificada a partir do arrefecimento da pandemia; e da elevação da taxa de investimento, que subiu para 18,7% do PIB no segundo trimestre.

Confiança e riscos globais

A SPE também espera que a atividade econômica continue crescendo no segundo semestre, já que as primeiras divulgações para o mês de julho sugerem que indústria, serviços e mercado de trabalho seguem em alta. Da mesma forma, a Secretaria nota um aumento dos indicadores de confiança dos empresários e consumidores.

No entanto, ainda há riscos a serem monitorados, entre eles, a desaceleração do crescimento global e os impactos do conflito no Leste Europeu. As quebras de cadeias globais de produção e distribuição, afetando a oferta e reduzindo o comércio internacional, estão entre os desdobramentos do conflito.

Fonte: Gov Br

Tempo médio de abertura de empresas cai para 23 horas no país

O prazo médio para a abertura de uma empresa no Brasil caiu para 23 horas ao final do segundo quadrimestre deste ano – ou seja, em agosto. É o menor tempo médio já registrado. O patamar atual representa queda de 17 horas (42,5%) em relação ao final do primeiro quadrimestre do ano, encerrado em abril; e de um dia e 17 horas (64,1%) em comparação com o final do segundo quadrimestre de 2021. Os dados são do Painel Mapa de Empresas, divulgados nesta sexta-feira (9/9) pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia.

Em julho deste ano, o tempo médio de abertura de empresas no Brasil já havia sido reduzido para um dia e duas horas, retração de cinco horas em relação a junho, quando foi registrado um dia e sete horas.

A queda no tempo médio necessário para a abertura de uma empresa é ainda mais acentuada quando observada a evolução da série histórica. Em relação ao início de 2019, a queda foi de quatro dias e 10 horas (82,2%). Ou seja, atualmente é preciso menos de um quinto do tempo em relação ao início dos registros sobre esse indicador. Os dados sobre o prazo médio contemplam o tempo médio de consulta prévia de viabilidade e o tempo médio de registro da empresa.

Além disso, o atual tempo médio alcança meta prevista para ser atingida somente em dezembro deste ano.

O material da Sepec mostra também que o país registrou 1.379.163 empresas abertas no segundo quadrimestre de 2022 – aumento de 2% em relação ao primeiro quadrimestre do ano. O país encerrou o mês de agosto com 20.144.767 empresas ativas.

Fonte: Gov Br

Saiba quais cidades concluíram seus Planos de Mobilidade Urbana

No início desta semana, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) divulgou em seu site uma atualização do levantamento que o governo tem feito de tempos em tempos sobre a situação dos Planos de Mobilidade Urbana nos municípios brasileiros que devem ter esse documento. 

Esse levantamento foi realizado pelo Departamento de Projetos de Mobilidade e Serviços Urbanos (Demob), ligado à Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, com base nas informações solicitadas às prefeituras de cada um desses municípios. 

Vale lembrar que a elaboração do Plano é uma exigência da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) para o recebimento de recursos da União para projetos de mobilidade urbana nas cidades. O prazo para municipíos com mais de 250 mil habitantes apresentarem seus planos venceu no último dia 12 de abril; já aqueles com população até 250 mil, têm até 12 de abril de 2023 para concluir este documento.

Resultados

Segundo os critérios elencados pelo § 1º do art. 24 da PNMU e conforme dados publicados pelo IBGE, são ao menos 2.024 municípios obrigados a elaborar e a aprovar Plano de Mobilidade Urbana.

Até o momento, há 1.390 municípios (69% do total de obrigados a elaborar Plano de Mobilidade Urbana) que já prestaram informações ao Demob. Já o número de municípios no país que declararam ter elaborado o Plano chega a 352, sendo 331 entre os obrigados a aprovar o Plano de Mobilidade Urbana (ou 16% do total de obrigados a elaborar o plano). Entre os municípios com mais de 250 mil habitantes, a taxa de conclusão do plano é maior: são 81 municípios (70%) que declararam ter elaborado o plano.

Considerando todos os municípios do país, 262 declararam ter aprovado o Plano Local de Mobilidade Urbana em algum instrumento normativo (lei ou decreto). Já entre os obrigados a elaborar o plano, são 246 (12% dos que são obrigados a elaborar o plano de mobilidade urbana). Nos municípios com mais de 250 mil habitantes, o número de planos aprovados em lei ou algum ato normativo chega a 53 (46% do total).

Veja a seguir como andam os Planos de Mobilidade Urbana pelos municípios brasileiros:  

Status de elaboração dos planos de mobilidade urbana em municípios com mais de 250 mil habitantes

Status de elaboração dos planos de mobilidade urbana em municípios com até 250 mil habitantes 

Relação de municípios obrigados à elaboração do plano de mobilidade urbana

Status de elaboração dos planos de mobilidade urbana (todos municípios)

Fonte: Mobilize Brasil

Saiba como a mobilidade urbana altera perfil de lançamentos imobiliários na cidade de São Paulo

O mercado imobiliário é um dos setores econômicos que apresentam retomada positiva neste ano, com o avanço da vacinação no País e o retorno das atividades presenciais. Segundo dados do Secovi-SP, de janeiro a maio de 2022, foram entregues 22.685 novas unidades, 12,4% a mais que o mesmo período de 2021, com 20.174 lançamentos. Imóveis comercializados somam 26.620 vendas, 15,2% a mais se comparados a 2021, com 23.098.

Novos projetos nascem com a ideia de otimizar a estrutura e o compartilhamento dos espaços coletivos, oferecer comércios em prédios de vocação mista ou abrigar coworking para trabalhadores em regime de home office. Além da sustentabilidade, produtos imobiliários inovadores consideram condições de trânsito, infraestrutura da região e aparelhos que incentivam a mobilidade compartilhada, como espaço para carros de aplicativo e recarga para bicicletas elétricas.

Novas regras para construções em São Paulo

Desde 30 de março de 2020, a Lei n° 17.336 tornou obrigatório que edifícios residenciais ofereçam sistema de recarga para veículos elétricos. Mas, mesmo antes disso, a partir de 2014, a construtora e incorporadora SKR Arquitetura Viva disponobiliza o ponto em seus empreendimentos, mirando a sustentabilidade nos projetos da empresa.

“Desde o lançamento do Nomad, em 2017, a SKR já tinha a preocupação de adicionar pontos de carregamento para a demanda futura”, explica João Castro, diretor de desenvolvimento e gestão de produtos da SKR. Os oito projetos entregues ou em fase de construção desde 2018 oferecem ao menos um ponto de recarga na área comum dos moradores. “No próximo lançamento, localizado nos Jardins, no cruzamento entre a Rua da Consolação e a Alameda Franca, as vagas terão pontos com carregadores para 100% das unidades.”

Plano Diretor

Há sete anos, o Plano Diretor trouxe mudanças às regras para construções na cidade. Edifícios altos só podem ser erguidos em áreas próximas do transporte público, como estações de metrô, trens e terminais de ônibus. Fora desse raio, existe um limite de oito andares.

Por isso, faz parte das estratégias das construtoras e incorporadoras mirar o entorno dessas áreas para ter mais flexibilidade em suas construções. É o caso da You,Inc, que lança projetos premium nos terrenos próximos a eixos de mobilidade urbana. “O Moema Signature e o Art Vila Mariana, que são os mais recentes, estão em localizações privilegiadas, perto de estações de metrô e pontos de ônibus”, diz Tatiana Muszkat, diretora institucional e de marketing da companhia.

Ambos os projetos contam com garagem para carregamento tanto de carros quanto de bicicletas elétricas, que se tornou um meio de locomoção dos paulistanos e uma forma de renda para entregadores de aplicativo. A possibilidade virou alvo das construtoras também como um atrativo para quem busca uma vida com novos hábitos de transporte.

A You,Inc possui três empreendimentos próximos a ciclofaixas muito movimentadas da cidade: o Core Pinheiros, com acesso à ciclofaixa da Avenida Rebouças, o Alto by You, que conecta moradores à da Av. Paulista, e o B.side, próximo à ciclofaixa da Av. Faria Lima.

Mobilidade na Cidade Maravilhosa

O recém-lançado de alto padrão Marias, da construtora Mozak, é um exemplo de empreendimento que não tem vagas para todos os moradores. O projeto possui 33 unidades e apenas 13 vagas para carros, dispõe de um totem de recarga para elétricos na garagem e pontos para recarga de bicicletas, localizados a dois quarteirões do metrô de Ipanema. “O empreendimento é voltado para pessoas que desejam viver o lifestyle do Rio e que gostam de fazer tudo a pé, de estar perto do metrô”, analisa Maria Carolina de Oliveira, coordenadora de marketing da construtora.

Carros compartilhados nos condomínios

A Turbi, empresa de mobilidade que oferece serviço de locação de carros, por aplicativo por horas, dias, semanas ou meses, começou suas atividades, na cidade de São Paulo, com 15 veículos e, hoje, possui uma frota de quase 2 mil. Dispõe de 99 carros para reservas e locação em 15 prédios residenciais, em São Paulo. “Um exemplo é o Residencial V House, na Faria Lima, onde temos um ponto da Turbi dentro do edifício”, conta Luiz Bonini, chief growth officer & partner da Turbi.

Em alguns casos, os carros podem ser reservados por moradores de outros condomínios. “Eles ocupam vagas de visitantes, na área externa – qualquer pessoa pode reservar e usar. Ainda temos 199 automóveis disponíveis, em 99 prédios comerciais, na Grande São Paulo”, completa.

Condomínios oferecem recarga para carros e bicicletas, recuo para veículos de aluguel e menos vagas de garagem
Fonte: Secovi-SP

Fonte: Mobilidade Estadão

Voltz terá centro de tecnologia para mobilidade urbana em Pernambuco

Voltz, empresa de tecnologia para a mobilidade urbana, anunciou a formação de um consórcio tecnológico, financiado pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), com o objetivo de viabilizar a construção de um centro de inovação para a mobilidade elétrica. A ação prevê, ainda, o desenvolvimento de um sistema de apoio ao planejamento logístico da empresa.

Agora, a Voltz passa a contar com uma nova estrutura para distribuição e operacionalização das estações de troca de baterias. Com isso, serão propostos modelos de consumo de energia dos veículos da empresa, para o suporte ao desenvolvimento de produtos e planejamento de rotas de transporte.

Tecnologia para mobilidade urbana desenvolvida em Pernambuco

Imagem ilustrativa (Foto: Divulgação/Voltz)

O projeto “Pesquisa e Desenvolvimento Para Viabilização da Mobilidade Urbana Baseada em Motocicletas Elétricas” envolve uma parceria entre a Voltz e pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE,) da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape) e do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). O professor Paulo Maciel (UFPE) será o coordenador geral do projeto, e a coordenação institucional será dos professores Daliton da Silva (Ufape) e Renata Braga (IFPE).

“O consórcio chega em um momento em que cresce a necessidade de estar ainda mais à frente da demanda por transporte urbano moderno e alinhado às diretrizes sócio-ambientais no Brasil”, afirma Renato Villar, CEO da Voltz.

“As tecnologias a serem desenvolvidas no escopo deste projeto serão base para a mobilidade em duas rodas baseada nas estações de troca de bateria, perpassando o principal entrave que existe hoje na adoção dos veículos elétricos no País”, avalia.

O consórcio tecnológico também tem como objetivo incentivar a formação dos consórcios setoriais de inovação – com a criação ou fortalecimento de Centros de Inovação para o desenvolvimento das Tecnologias do Futuro no âmbito das Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) no Estado de Pernambuco.

“Este é um momento importante na nossa história e que nos deixa muito orgulhosos e felizes em ter um centro de pesquisa na Universidade de Pernambuco. Estamos desenvolvendo tecnologia, a próxima geração de engenharia e vamos levar a tecnologia de Pernambuco para o mundo”, afirma Villar.

Estações de trocas de baterias 

Baterias de motos da Voltz são intercambiàveis (Foto: Divulgação)

Para redefinir a mobilidade de veículos elétricos no Brasil, a Voltz criou o programa de estações de troca de baterias. Elas tornam o produto mais acessível e acabam com a limitação de autonomia, considerada um desafio para acelerar a transição dos modelos à combustão.

Atualmente, o programa está em funcionamento na cidade de São Paulo, que conta hoje com 55 estações. Esse número deve chegar a 100 até o final deste ano. 

Atualmente são realizadas 1.400 operações semanais, com um acumulado de 14.159 ações desde abril, quando o projeto começou. Com apoio da Rede Ipiranga, o programa está sendo testado por entregadores da plataforma de entregas Ifood.

A partir de 2023, o projeto chega para o público em geral na capital paulista. Ou seja, quem comprar um modelo da Voltz, poderá escolher não levar a bateria junto. Nesse caso, será disponibilizado um plano de assinatura que possibilita a troca dessas células. 

Cada moto da Voltz comporta até duas baterias. E, quando uma fica sem energia, o usuário pode se deslocar até uma das estações para fazer a troca.

Fonte: Garagem 360

Voluntários se unem ao aplicativo Moovit para mapear transporte público

Cinco horas e meia era o tempo que o jornalista Cristiano Martins gastava todos os dias no trânsito durante os três anos que morou em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. Ele deslocava-se 40 km para estudar em São Leopoldo e outros 40 km para trabalhar na capital. As viagens, sempre realizadas em transporte público, até poderiam ser mais rápidas, mas não havia informações sobre a rede de transporte público no Estado que permitissem que ele planejasse seus trajetos com mais eficiência.

A rotina difícil começou a mudar quando o aplicativo de transporte público Moovit chegou à cidade, em 2014. Ele permitiu que Martins e outras pessoas que dependem de ônibus e metrô pudessem traçar rotas para se deslocar pela cidade, considerando o caminho mais rápido. O problema é que o aplicativo ainda tinha poucas informações. Martins se dispôs a ajudar: ele passou a pedir dados de trajetos e pontos de ônibus à prefeitura de Porto Alegre e adicioná-las aos mapas do Moovit. “Queria contribuir não só com a minha rotina, mas com a de milhões de pessoas que dependem de transporte público.”

Martins é um dos integrantes da rede de global de editores de mapas do Moovit, que hoje reúne uma comunidade de 75 mil pessoas em todo o mundo. Esse grupo é formado por pessoas como Martins, que se dispõem a trabalhar de graça para a empresa israelense. Essas pessoas têm o objetivo comum de melhorar a mobilidade urbana em vários países.

Peso brasileiro

O aplicativo é considerado o “Waze do transporte público”, em referência ao aplicativo de mapas que ajuda motoristas de carros a escaparem do trânsito em grandes cidades. O Moovit oferece em tempo real informações sobre rotas e horários de ônibus, trem e metrô. De acordo com a startup israelense, mais de 40 milhões de pessoas utilizam o aplicativo – 13 milhões só no Brasil. O serviço está presente em mais de cem cidades do País.

“É difícil manter dados atualizados sobre o organismo vivo que são as cidades”, diz Pedro Palhares, diretor de operações do Moovit no Brasil. “Elas mudam o tempo todo.” É por isso que, pouco depois da fundação, a empresa resolveu recorrer aos usuários, numa estratégia similar à da Wikipédia, maior enciclopédia online do mundo.

Deu resultado. Hoje, os editores são responsáveis por 65% dos dados usados pelo Moovit. Além disso, em cerca de 66% da cidades onde o serviço atua, todos os dados sobre a malha de transporte local são administrados por editores, sem intervenção da empresa.

O assistente administrativo Vitor Rodrigo Dias é um dos dez editores da Moovit na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Desde criança, Dias sempre se interessou por mobilidade urbana. “Eu gostava de ler catálogos telefônicos antigos que mostravam as linhas de ônibus”, conta. Nas redes sociais, ele viu um anúncio da Moovit recrutando novos editores. Desde 2014, ajudou a levar o serviço da Moovit para 44 municípios e, atualmente, está prestes a concluir mapas de outras quatro cidades em Minas Gerais. Todos os dias ele dedica entre duas e três horas para ligar para as secretarias de transporte da região e vasculhar sites do governo em busca de dados.

Motivação

Para o diretor executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio), Fabro Steibel, modelos de negócios colaborativos funcionam a partir de uma lógica quase altruísta. “O que a pessoa ganha ao participar deste sistema não é dinheiro, mas um coletivo melhor”, explica.

Na avaliação de Steibel, o Moovit, ainda que seja uma empresa privada, mobilizou uma comunidade ativa, porque as pessoas veem nos mapas um bem coletivo, não um produto. O aplicativo – que é gratuito e não exibe anúncios – ainda testa modalidades para gerar receita. No total, a startup já levantou US$ 83 milhões em investimentos.

Engajar uma comunidade em torno de uma causa não é fácil. “A empresa que consegue fazer rodar essa engrenagem tem um poder absurdo”, diz o professor de comunicação digital da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Eduardo Pellanda. 

É o caso da Wikipédia, que só se tornou a maior enciclopédia online do mundo por causa do poder de sua comunidade global de editores. No total, mais de 300 mil pessoas em todo o mundo dedicam algumas horas de seu tempo livre todo mês para ajudar a construir a base de conhecimento, sem receber nada em troca. “O que fortalece a Wikipédia é a abertura e o poder na mão da comunidade de editores”, diz o coordenador de projetos do Grupo Wikimedia no Brasil, Rodrigo Padula.

Secretaria de Mobilidade Urbana de Belford Roxo capacita orientadores de trânsito

Os orientadores estão tendo aulas teóricas e, nos próximos dias, será a parte prática.

A Secretaria de Mobilidade Urbana de Belford Roxo está promovendo esta semana um curso de capacitação para 28 novos orientadores de trânsito, que irão atuar em diversos bairros ajudando na fluidez do trânsito. Eles estão tendo aulas teóricas e, nos próximos dias, será a parte prática.

Na avaliação do secretário municipal de Mobilidade Urbana, Marcelo Machado, a capacitação é fundamental para que os orientadores dominem as noções de trânsito para que possam prestar um serviço de qualidade à população. “Nossa demanda é muito grande, pois o município tem cerca de 80 km2. Os orientadores se juntarão aos agentes para darmos fluidez ao trânsito. Trabalhamos em várias frentes, como porta de escolas, travessias, entre outros pontos. Outro ponto a se destacar é que quero pedir aos motoristas que evitem colocar carros em cima de calçadas, pois é infração (além da multa, perda de 5 pontos na carteira) e impede o ir e vir das pessoas com pouca mobilidade.

Secretário Marcelo Machado (ao centro), agente de trânsito Anderson Peixoto (à direita) e novos orientadores de trânsito - Rafael Barreto / PMBR
Secretário Marcelo Machado (ao centro), agente de trânsito Anderson Peixoto (à direita) e novos orientadores de trânsitoRafael Barreto / PMBR

Durante as aulas, ministradas pelo agente de trânsito Anderson Peixoto, os alunos terão noções sobre o Código Brasileiro de Trânsito; como se comportar em um acidente e como funciona o seguro DPVAT, entre outros temas. “Nossa preocupação é capacitar bem esses agentes para que eles possam trabalhar pela fluidez do trânsito, dando sempre atenção ao pedestre em uma travessia, por exemplo. Essa semana são aulas teóricas, mas nos próximos dias iremos para as ruas fazer o que chamamos de laboratório, que é a prática dos agentes no trânsito”, destacou Anderson Peixoto, acrescentando que há um projeto-piloto para a Secretaria de Mobilidade Urbana capacitar os motoristas que se interessarem em conhecer a legislação.

Fonte: O Dia